Divaldo Franco na
Argentina
O orador esteve no
início de outubro em
Buenos Aires, onde
falou
aos espiritistas de
várias regiões do país e
do exterior
Extremamente afetuoso e
reconhecidamente amigo,
Divaldo Franco, como de
hábito quando se
encontra em Buenos
Aires, visita dois
corações amigos, duas
senhoras que fundaram a
Institución Espírita
Juana de Ángelis, que
está completando 50 anos
de profícua existência,
consolando e
esclarecendo. As
senhoras Julia e Alicia
Ferraro, anfitriãs,
juntamente com o Sr.
Francisco Condoleo, que
também visitava o lar
abençoado, são os três
fundadores que ainda se
encontram reencarnados.
As duas irmãs recebem
Divaldo há 50 anos.
Durante a visita, que
ocorreu no dia 6 de
outubro, em clima amável
e de grande felicidade,
todos unidos, estudaram
uma bela página de O
Evangelho segundo o
Espiritismo. Logo
após, Divaldo recordou
fatos vividos nestes 50
anos e deixou evidentes
os sacrifícios, a imensa
abnegação destes, que
são exemplos vivos de
trabalho na causa do
Cristo. Foram momentos
inolvidáveis. Em
agradecimento, oraram ao
Senhor da vida pela
bênção de conhecer o
Espiritismo.
Institución Espírita
Juana de Ángelis, 50
anos de fundação
No dia seguinte, 7 de
outubro, Divaldo Franco,
atento aos seus
compromissos evangélicos
e de amor, participou de
reunião íntima para
trabalhadores da
Institución Espírita
Juana de Ángelis, com
sede na Rua Ruy Díaz de
Guzmán 174, Departamento
"2" del barrio de
Barracas, Ciudad
Autónoma de Buenos
Aires, em comemoração
dos cinquenta anos de
fundação. Participaram,
também, como convidados,
amigos espíritas da
região.
Divaldo externou a sua
emoção de estar nessa
Instituição, que visita
desde a sua fundação.
Cinquenta anos foram
decorridos, sempre com a
presença do amor.
Educador por excelência,
Divaldo Franco falou
sobre as recentes
dificuldades de saúde
que experimentou e de
outras tantas,
agradecendo a Deus a
oportunidade de
vivenciá-las.
Passando em revista o
pensamento sobre o que
dizer, qual mensagem a
trazer, lembrou o
historiador Heródoto de
Halicarnasso, que narra
a existência de um Ser
supremo, que é a causa
única do Universo. A
criatura humana tem, no
entanto, optado pelo
materialismo. Logrou as
maiores conquistas
tecnológicas, mas ainda
segue inquieta em busca
da felicidade real.
Citando Sócrates,
destacou a necessidade
de a criatura humana
desenvolver o
autoconhecimento, de
buscar o Deus interno.
Sobre a mediunidade,
apresentou vários casos
de visões à distância,
narrou que após a morte
de Dante Alighieri seu
filho teve um sonho e
nele escutou seu pai
detalhar onde se
encontravam os 13 cantos
da Divina Comédia,
completando a obra com
os versos que falam
sobre o Paraíso. Os
fenômenos mediúnicos
fazem parte da vida, e
graças a eles a
Institución Espírita
Juana de Ángelis existe.
Narrou etapas de sua
vida de forma alegre e
jovial, provocando risos
que sempre nos trazem o
bem-estar, que desarmam
o ser que se arma diante
dos desafios do
quotidiano.
Discorreu sobre como a
vida passa rápido.
Nestes 50 anos, 53 de
Argentina, viu passar
por estes caminhos
homens e mulheres de
caráter incomum.
Era, pois, disse ele,
uma verdadeira honra
estar nesta casa hoje,
com amigos especiais.
Destacou, em seguida, a
excelência do
Espiritismo, da alegria
de viver, dessa doutrina
que liberta.
A meta da vida, disse,
não é ter, mas ser; é
encontrar o estado
numinoso, de
consciência. Citando
Victor Frankl, disse que
toda a vida deve ter uma
meta, uma meta de
imortalidade. É
necessário que os
espíritas tenham por
meta a iluminação, que
possam voltar a olhar
uma flor, a encontrar
beleza no amanhecer, o
amor que não exige, mas
doa, pois que o
verdadeiro sentido da
vida é amar!
Jesus foi o primeiro ser
psicológico da
humanidade, pois centrou
seus ensinos no amor, na
vivência do amor. O
espírita é alegre. Boas
novas não se aplicam com
carranca, mas com
alegria, bom ânimo;
afinal trata-se de uma
doutrina de liberdade e
conforto moral.
Deixando seu otimismo e
a certeza na
imortalidade e na
reencarnação, disse que
no próximo
cinquentenário estará de
volta, em uma nova
roupagem física, para
comemorar o centenário
da Institución Espírita
Juana de Ángelis.
Na Confederación
Espiritista Argentina
No dia 8 de outubro, o
incansável e abnegado
trabalhador da vinha do
Senhor, Divaldo Pereira
Franco foi recebido na
Confederação Espírita
Argentina, localizada na
Rua Sánchez Bustamante,
463 – Ciudad Autónoma de
Buenos Aires, com muito
carinho. Estava sendo
ansiosamente aguardado
por todos. Presentes
irmãos de diversas
regiões da Argentina,
como do Ushuaia, no
extremo sul da
argentina, de Córdoba,
Rosário, Baia Blanca,
Mar del Plata, Mendonça,
La Plata, e também do
Uruguai, do Paraguai e
do Brasil.
Em homenagem aos 50 anos
de fundação da
Institución Espírita
Juana de Ángelis,
representando os
fundadores, o Sr.
Francisco Condoleo
recebeu o carinho de
todos. O atual
presidente, Sr. Gustavo
Martinez, ao fazer uso
da palavra, fez
referências a Jesus, aos
fundadores que se
encontram na Pátria
Espiritual, à mentora
Joanna de Ângelis e ao
querido Divaldo Franco,
emocionando a todos os
presentes.
Divaldo Franco, o
Semeador de Estrelas,
relembrando os corações
amigos que passaram
nestes últimos 50 anos,
relatou a presença dos
amigos que agora, do
além-túmulo, na vida que
prossegue em outra faixa
vibratória, vieram
trazer até ali, neste
momento especial, as
vibrações do seu
carinho.
No século XVII, três
filósofos que afirmavam
que não poderiam crer
naquilo que não
conseguiam ver
destacaram que também
não poderiam crer em
Deus, que de fato não
existia para eles. O
atomismo era, segundo
eles, o deus a ser
aceito. Tudo que há na
matéria é uma evolução
dos átomos. Tudo se
encaminha para o caos e
o aniquilamento.
Afirmavam, igualmente,
que a religião era um
equívoco.
Com o advento do
Iluminismo, no século
XVIII, com Voltaire,
Jean Jacques Rousseau, a
humanidade se adentrava
no chamado materialismo
histórico. Em 1812
Napoleão Bonaparte fez
um contrato com o
Vaticano, trouxe de
volta a crença em Deus.
A história do mundo, no
século XIX, se
transformou. Nesse
período um novo filósofo
traria a doutrina do
positivismo, uma balança
entre o materialismo e o
espiritualismo,
denominada de filosofia
da humanidade.
Em sua brilhante
abordagem dos fatos
históricos, Divaldo
destacou a trajetória do
professor Hippolyte Léon
Denizard Rivail, que em
18 abril de 1857 lançou
O Livro dos Espíritos,
iniciando uma era nova,
a era do Espiritismo.
Para ideias novas, dizia
o ínclito codificador,
eram necessários termos
novos. Apresentou então
uma proposta religiosa
para religar a criatura
ao Criador. Investigando
essa nova doutrina,
grandes nomes da
história, como Cesare
Lombroso, William
Crookes, entre outros,
validaram a novel
doutrina através de suas
pesquisas sérias e
isentas.
Na área da psiquiatria e
da psicologia, em 1889,
Jean-Martin Charcot,
médico e cientista
francês, professor no
Hospital da Salpêtrière,
em Paris, França, abriu
as portas da faculdade
para que Freud pudesse
declarar que o cérebro
humano possui o
subconsciente, ao que
Jung, corroborando,
acrescentou a existência
do inconsciente. Mais
tarde Freud apresentaria
o superconsciente: o
cérebro seria qual um
edifício de três
andares. Quase todos, na
humanidade terrestre,
atuam no nível
instintivo, como herança
do inconsciente
profundo.
Em 1905 Albert Einstein
apresentou a teoria da
relatividade; começava,
assim, a Física moderna.
Crer na matéria, hoje, é
falta de cultura,
ignorância da
relatividade. Estamos
diante de um mundo novo,
os átomos dão a
impressão de algo que
não existe. Einstein
afirmava que tudo o que
há no Universo são
ondas, energias, tudo
invisível, transitando
em ondas que não se
confundem, que não se
veem, mas que aí estão.
Para onde estamos nós
caminhando?
Divaldo fez referência
ao movimento hippie,
na década de 1960/70,
que facultou a liberação
da mulher, rumando,
porém, para a
libertinagem, em uma
confusão com a
liberdade. Nesse momento
a mulher adentrou-se nos
vícios, numa suposta
superioridade
relativamente aos
homens.
Na busca por afirmar-se,
o homem vive entre três
valores, que se destacam
equivocadamente: o
individualismo,
ensejando uma sociedade
muda; o advento de um
novo alfabeto, onde as
relações humanas
acontecem somente pelas
redes sociais; e a busca
desenfreada pelo simples
prazer sexual e pelas
drogas. Para onde
estamos nós caminhando?
– indagou o
conferencista,
salientando em seguida
que o verdadeiro papel
do sexo deve ser
exercido com ternura,
com diálogo, com amor,
distinguindo-nos,
afinal, dos animais, que
também fazem sexo e não
se amam. Amamos de fato,
ou necessitamos do
outro? O amor é como uma
brasa: necessita que se
tire a camada dura do
exterior que o
quotidiano vai
acomodando em nossas
vidas.
Estamos num momento
revolucionário, em que o
materialismo domina.
Vivemos em uma sociedade
dividida entre os
visíveis e os
invisíveis. Passamos por
pessoas que não são
percebidas, são
desconsideradas,
enquanto políticos e
personalidades
internacionais de
grandes órgãos agem de
forma corrupta e são
tratados com reverência
a que, devido à sua
conduta equivocada, não
fazem jus.
Referindo-se ao papa
Francisco, elogiou o
grande missionário do
amor, que descobre os
irmãos invisíveis,
buscando os que sofrem,
um missionário que
repudia o luxo, a
abastança, despojado
como Jesus Cristo. Prega
e vive Jesus.
Educador de escol,
Divaldo Franco explanou
sobre as provas
científicas da
existência de Deus,
dando uma verdadeira
aula de biologia, de
anatomia, de física, de
química, sem deixar de
conduzir a plateia para
momentos de descontração
com sua forma jovial,
narrando vivências
próprias e dando, assim,
um toque de humor, de
leveza à conferência.
Reportando-se à forma
como a sociedade humana
vem configurando as
relações afetivas entre
pais e filhos, Divaldo
narrou a emocionante
história do casal
Stanford, da Califórnia
(EUA), e de seu filho
Leland Stanford Jr.,
fazendo referência aos
pais que colocam em
segundo plano a família
e os filhos, no intuito
de ganhar dinheiro para
dar presentes e objetos,
com que supõem compensar
sua ausência. Sugeriu
Divaldo que não nos
preocupemos em dar
presentes, mas que
busquemos dar a nossa
presença, em momentos de
convivência e amor. Amor
é convivência, afirmou o
nobre orador. João, o
Evangelista, asseverou
que Deus é amor. O amor
é a alma do Universo, é
a lei mais poderosa do
Universo. Desejou que
todos descubram o amor,
recordando que aquele
que ama é feliz.
No final da conferência,
o nobre orador foi
aplaudido efusivamente.
Os presentes,
visivelmente
emocionados, não se
continham, tamanha a
gratidão. Apesar do
grande número de
participantes, o clima
era de muita harmonia,
de ternura e gratidão,
evidenciando o valor da
família espírita
argentina, muito gentil,
verdadeiros amigos e
irmãos.
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