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“O ser humano em busca
de Deus”, eis o tema do
Encontro Fraterno com
Divaldo Franco
Como em anos anteriores,
o evento realizou-se no
Hotel Iberostar, Praia
do Forte (Bahia), no
período de 15 a 18 de
outubro
Os primeiros momentos já
sinalizavam o sucesso
que se alcançaria.
Repetindo o trabalho
exitoso desde o ano de
1997, o Encontro
Fraterno de 2015, de 15
a 18 de outubro, seguiu
a sua trajetória de
sucesso. Expressando,
pelo exemplo, a sua
fraternidade, Divaldo
Franco recebeu no dia 15
cada participante que
chegava ao Hotel
Iberostar Praia do
Forte/BA, local onde se
realizou esse magnífico
encontro de almas
fraternas, sob o tema “O
ser humano em busca de
Deus”.
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Iniciando a programação,
já no período noturno,
Divaldo Franco, mais uma
vez, como anfitrião
inigualável, recepcionou
pessoalmente os
integrantes do encontro.
Homenageando três
lídimos e dedicados
servidores do Cristo,
foram inaugurados os
bustos de Nilson de
Souza Pereira, Divaldo
|
Franco e Joanna
de Ângelis. Os
dois primeiros
souberam
concretizar a
inspiração
sublime,
trabalhando em
prol da
caridade, do
amor e da
divulgação da
Doutrina
Espírita,
semeando
bondade,
compaixão e
profundo
respeito ao
próximo. A
mentora Joanna
de Ângelis,
Espírito de
escol, por sua
vez,
demonstrando
rara
inteligência,
aliada a um
grande
sentimento de
amor, tem
contribuído
sobremaneira
para a
libertação do
ser humano das
sombras onde
ainda se
encontra
mergulhado. |
Aplaudidíssimo, Divaldo
Franco procedeu a
abertura do Encontro,
agradeceu a presença e a
participação de cada um,
destacando a frase de
Dostoievski, romancistas
da literatura russa: a
beleza salvará o mundo,
para ilustrar que a
criatura humana deve
primar pelo
transcendente, pelo
sutil, em oposição ao
materialismo e a perda
do contato com Deus.
Comentando um vídeo
promocional e motivador,
Divaldo frisou que todos
podem fazer melhor, que
podem voltar atrás e
recomeçar a marcha,
fazer mais pelo próximo
e por si mesmo,
transformando-se em uma
criatura mais
humana.Educador de
fibra, Divaldo propôs
para reflexões, cujas
respostas serão
debatidas no final do
encontro, a seguinte
indagação: Se hoje você
tivesse um encontro
pessoal com Deus, o que
pedirias?
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O Estudo do Evangelho se
desenrolou sob o tema: a
desgraça real, que após
a leitura foi comentado
por quatro participantes
previamente escolhidos.
Seus comentários
propiciaram uma maior
compreensão do assunto,
destacando as
possibilidades de se
refazer, ou proceder de
modo diferente visando
alcançar a plenitude, a
felicidade, valorizando
o sublime, o
transcendente, o sutil,
voltando-se para Deus,
sentindo que Deus está
presente no homem e o
homem em Deus.
Divaldo Franco,
finalizando o belo
momento evangélico,
descreveu de forma breve
a vida espiritual do
Benfeitor Adolfo Bezerra
de Menezes, destacando o
processo da sua
desencarnação, o seu
despertar além-túmulo,
as opções que lhe foram
sugeridas por Maria, Mãe
de Jesus, por ocasião do
cinquentenário de sua
volta ao mundo
espiritual, em 1950, bem
como no centenário no
ano 2000, optando, o Dr.
Bezerra, por permanecer
vinculado ao Planeta
Terra, amando os seus
habitantes e aqui
permanecendo, segundo
seu desejo, enquanto o
sofrimento ainda grassar
no seio da humanidade
terrestre.
O Encontro Fraterno, com
o tema: O ser humano em
busca de Deus, nas
palavras de Divaldo, tem
por objetivo facultar
aos que ainda não
encontraram Deus que o
possam fazê-lo; aos que
O perderam, que possam
reencontrá-Lo; e aos que
já O encontraram possam
solidificar ainda mais a
sua convicção. Que cada
um possa encontrar a
plenitude, que esses
dias sejam de reflexões
e de muita paz, desejou
o ínclito semeador da
paz, do amor e da
bondade.
16 de outubro – manhã
Na manhã primaveril de
16 de outubro, no Salão
de Eventos Garcia
D’Ávila, do Hotel
Iberostar Praia do
Forte, teve continuidade
o tradicional Encontro
Fraterno com Divaldo
Franco, edição 2015. O
arauto do Evangelho e da
Paz, apresentou o tema,
O Pensamento Divino e a
Criação.
Foram lançados, nessa
oportunidade, três novos
títulos pela Editora
LEAL. São eles:
Perturbações
Espirituais, de Manoel
Philomeno de Miranda, um
breve relato em torno do
intercâmbio entre as
duas esferas da vida,
especialmente cuidando
das perturbações
espirituais resultantes
da suprema ignorância
que se permitem os
Espíritos infelizes, na
sua luta inglória contra
o Mestre Jesus e Sua
doutrina. Renove-se, de
Marco Prisco, é um
convite a profundas
reflexões que ensejarão
uma verdadeira renovação
íntima.A obra Segue em
Harmonia, de Joanna de
Ângelis, é, em sua
essência, uma compilação
de mensagens da mentora
espiritual,
psicografadas por
Divaldo Franco e
comentadas por Suely
Caldas Schubert, que
contribui com valiosas
análises e ponderações.
Essas obras foram
publicadas para marcar
os 150 anos de
lançamento de o livro O
Céu e o Inferno, uma das
obras básicas da
Doutrina Espírita.
Repassando o
conhecimento produzido
por vários filósofos,
desde a antiguidade,
Divaldo Franco
apresentou uma
verdadeira aula sobre o
pensamento filosófico
que tem procurado
responder basicamente
três questões: 1º - o
que é a vida? 2º - qual
a razão da vida? e 3º -
de onde viemos e para
onde vamos?
Perpassando o pensamento
filosófico de Sócrates,
Platão e Aristóteles,
entre outros, o exímio
professor Divaldo Franco
destacou o entendimento
sobre a reencarnação, a
existência de um Deus
único, que está em tudo
e em todos. Por outro
lado os filósofos
Leucipo, Lucrécio e
Demócrito apregoavam que
tudo se resumia na
existência do átomo, do
vácuo e do movimento,
que cessando qualquer um
deles, a vida já não
poderia mais existir.
Assim, de um lado
encontramos o idealismo,
o espiritualismo e de
outro o atomismo.
Jesus demonstrou, e o
cristianismo dos
primeiros trezentos anos
vivenciou com ímpeto o
pensamento
transcendente, sutil.
Após esse período o
cristianismo começou a
empalidecer,
aprofundando-se em
contendas e disputas
cada vez mais de cunho
material, de poder
temporal no período da
Idade Média,
principalmente. E para
que não se perdesse a
mensagem do Cristo, de
seu pensamento cósmico,
reencarnaram naquele
período de sombras
densas expoentes de
várias expressões do
conhecimento humano.
Demonstrando que o
século XVII representou
um marco histórico de
mudanças profundas do
pensamento humano,
Divaldo apresentou
sucintamente as teorias
de Pierre Gassendi, John
Locke, Thomas Hobbes,
Johannes Kleper, Galileu
Galilei, Nicolau
Copérnico, entre outros,
destacando que esses
formavam uma verdadeira
plêiade de arcanjos que
reencarnaram para
retirar a humanidade da
Terra das trevas da
ignorância.
O materialismo começou a
ganhar corpo com Arthur
Schopenhauer, Friedrich
Nietzsche e outros
próceres da revolução
francesa, que com suas
teorias afirmavam não
mais necessitar de Deus
para explicar a vida. No
advento do império
napoleônico nasceu
Hippolyte Léon Denizard
Rivail, em 03 de outubro
de 1804, para trazer,
mais tarde, a doutrina
que levantaria um pouco
mais o véu dos
intrigados desígnios de
Deus, sob a orientação
de Espíritos Nobres.
Em sua magistral aula
sobre o Pensamento
Divino e sua criação,
Divaldo apresentou o
desenrolar da criação,
desde o macrocosmo até o
microcosmo, passando
pelo homem e seu corpo
denso. A ciência ainda
possui muitas
indagações, conforme
publicações oficiais,
como por exemplo: qual a
matéria que se constitui
a consciência?; de que é
feito o pensamento? Ao
homem, disse Divaldo, é
necessário fazer a
grande viagem para
dentro de si mesmo,
autodescobrindo-se,
vivendo integralmente a
plenitude.
Com pensamentos de
Joanna de Ângelis, de
Albert Einstein, de
Pierre Laplace, e
outros, Divaldo frisou a
Lei do Amor, a lei
moral, como uma grande
onda de energia que se
autoexpande, passando
informações sobre o
criacionismo, o
evolucionismo, e outras
teorias. Mais tarde,
Dean Hamer, através de
seus estudos na área da
genética humana, lançou
mais luzes sobre as
indagações que ainda
permanecem nesse campo.
Ideia alguma pode nos
dar uma noção de Deus,
somente a luz pode nos
levar a essa noção
divina. O Evangelho de
Jesus é um poema de
doçura, atendendo aos
conflitos que os seres
humanos possuem em
relação a Deus. Voltando
a Einstein, esse afirmou
em uma carta a sua
filha, confessando que
não fora um bom pai e
nem mesmo um bom marido,
que o amor é a força
mais poderosa do
Universo, ao lado da
gravidade, do
eletromagnetismo, da
força quântica forte e
da força quântica fraca.
Encaminhando-se para o
final, Divaldo narrou os
fatos que se
desenrolaram com Eben
Alexander III,
neurocirurgião americano
de renome, que viveu uma
experiência de quase
morte. A Doutrina
Espírita, a partir de
1857, apresentou o
estudo da história da
criação da vida. Outros
pesquisadores apresentam
inumeráveis razões para
se acreditar em Deus,
sob vários aspectos. A
busca por respostas
adequadas prossegue.
16 de outubro – tarde
Para desenvolver o tema:
O Ser Humano perante Si
Mesmo, apresentou-se o
casal psicoterapeuta
Íris e Cláudio Sinoti.
Íris, narrando o caso de
um moço indiano e que
estava estudando
medicina no Brasil,
perdeu toda a sua
família em um terremoto
ocorrido em sua cidade
natal. Não lhe restava
mais nenhum estímulo
para continuar a vida.
Ante a catástrofe,
então, ocorreu-lhe
perguntar-se: O que Deus
quer de mim? Qual a
lição que devo aprender?
Transferindo essas
indagações ao público,
Íris Sinoti questionou:
O que nos sustentaria se
acontecessem tais fatos
conosco?
Muitos desejam alcançar
a transcendência, a
plenitude, porém, o
caminho para tal exige
abnegação e coragem para
enfrentar a própria
responsabilidade,
assumindo as suas
faltas, os seus
sentimentos de culpa,
deixando de se tornar
vítima, não atribuindo
aos outros o resultado
de suas ações.
Assumir-se, significa
ter coragem para
olhar-se no espelho de
si mesmo e ver ali
refletida a imagem de
quem realmente é, não
fugindo da realidade da
vida para tornar-se
doente, egocentrista.
Existe em cada ser
humano um ser angelical,
que já está presente na
intimidade, basta a
realização do
autodescobrimento e esse
ser angelical se
apresentará. Não há como
alcançar a
transcendência sem
esforço em se melhorar.
Para tal é necessário
estabelecer o
equilíbrio, a perfeita
sintonia entre o Ego e o
Self.
Todos estão obrigados a
colherem o que foi
plantado, sem isso não
será possível alcançar a
transcendência. Deve
conhecer-se
verdadeiramente, pois
que a criatura humana é
herdeira de si mesma.
Não transforme a sua
vida em algo complicado,
por descuido, por não
gostar de si mesmo,
transferindo a
responsabilidade para os
outros. É imperioso que
cada um assuma seus
próprios atos, ou a
falta deles. Ninguém
galga uma montanha sem
passar pelo sopé.
É importante saber que a
sombra é a porta para o
Self. Não há como
encontrar o ser luminoso
que se é, sem passar
pelo processo do
trabalho persistente em
ser melhor moralmente,
psicologicamente, a cada
dia. Há os que acreditam
que a felicidade não é
para este mundo, não se
permitem serem felizes,
por que não aprenderam a
se sentirem felizes,
assim, vão adiando
fruírem a felicidade.
Todos podem ser felizes.
Contudo, é imperioso
saber que a felicidade
não está presente nos
bens materiais, no
sucesso que o mundo
apresenta, isso não
garante a plenitude, a
transcendência. Íris fez
outra provocação aos
participantes: Você está
servindo a Deus ou a
Mamon; ao Ego ou ao
Self?
As perturbações
psicológicas devem ser
enfrentadas com coragem
e resignação. É tarefa
para todo momento
tornar-se cada vez mais
consciente. Todos podem
ser diferentes,
realizando ações de
forma diferente das
anteriores, não voltando
a cometer os mesmos
enganos, repetindo
práticas que já
identificou inadequadas.
Finalizando, Íris Sinoti
indagou: Qual é o seu
objetivo na vida?
Assinalou que se deve
devolver a vida tudo o
que a vida lhe
propiciou. Com gratidão,
o público aplaudiu-a
calorosamente.
Cláudio Sinoti, dando
continuidade ao tema,
abordou a questão de o
homem poder encarar o
espelho de si mesmo para
encontrar o Deus que
habita o íntimo do ser,
|
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Íris e
Cláudio
Sinoti |
|
descobrindo a
sua própria
realidade. Deve,
também,
indagar-se sobre
o que precisa
ser realizado no
mundo através de
si mesmo.
Quando a
criatura se vê
sem saída, sem
solução, por que
a situação não é
favorável,
transfere tudo
para os outros,
não se dando
conta dos
próprios
equívocos,
projetando o
erro, que é
interno, no
outro, ou nas
circunstâncias. |
É necessário reconhecer
que a sombra possui uma
parte luminosa. Sob as
sombras habita o ser
iluminado que ainda não
se autodescobriu. Um
esforço deve ser
realizado no sentido de
conseguir ler cada dia
de forma diferente,
saindo da rotina. Deus
está na intimidade da
alma humana, porém, em
alguns casos Ele está
soterrado por
imperfeições e desejos
não contemplados.
Cláudio, fazendo uma
provocação, perguntou: o
que há de errado no
mundo, e o que cada um
pode fazer para mudar? A
vida do ser humano está
conectada a Deus,
contudo, geralmente ele
O busca de maneira
tortuosa. Para encontrar
Deus, se faz necessário
encontrar-se a si mesmo,
transformando-se a si
mesmo, fazendo-se melhor
e exercitando o amor,
libertando o Deus
interno. Assim, Cláudio
finalizou sua
elucidativa exposição
sobre O Ser Humano
perante Si
Mesmo.
Divaldo Franco na noite
de 16 de outubro
Continuando com o tema O
Ser Humano perante Si
Mesmo, Divaldo Franco,
que vem renunciando-se a
si mesmo, em prol de seu
semelhante, destacou que
o dia que transcorria
foi dedicado a busca de
Deus, e a melhor maneira
de fazê-lo é
interiorizar-se. Com
isso, apresentou algumas
propostas desenvolvidas
por Deepak Chopra, um
médico indiano,
residente nos Estados
Unidos da América.
Destacou o formidável
orador que o Espírito é
de natureza
transcendental, fazendo
parte da trilogia: Deus,
Espírito e Matéria.
Para demonstrar a
natureza transcendente
do ser humano, Divaldo
frisou a existência de
um mundo sutil, de
sensibilidade, que deve
ser descoberto pelos que
desejam transcender, que
ilustrando, citou uma
afirmativa da Benfeitora
Joanna de Ângelis que
diz: As flores são os
autógrafos que Deus
colocou em Sua obra para
que todos saibam que Ele
é o autor. Para ser
percebida essas
particularidades é
necessário que a
criatura humana alcance
um estágio sutil muito
particular, tal como
ocorre com a
transcendência dos
artistas, escritores,
pintores e outros.
Aplicando a técnica do
riso, Divaldo levou o
público a muitos
momentos de legítima
descontração. Elencou
vários indícios de um
mundo sutil, alcançado
pelos indivíduos, em
graus diferentes de
percepção, como por
exemplo: Você teve um
momento “eureca”?; ou,
você teve um pensamento
que se tornou
realidade?; ou, você
sente que está sendo
guiado?; ou, você mantém
a mente aberta? Com
esses e outros indícios
de sutileza, o orador de
escol foi conduzindo o
público para as
reflexões importantes
para que seja alcançada
a plenitude, a
transcendência, o sutil.
Confiar e desconfiar,
foi uma dualidade
apresentada visando
auxiliar na descoberta
de cada um a respeito de
suas certezas ou
incertezas,
diagnosticando-se se já
atingiu o nível sutil,
ou se ainda se acha nas
zonas do ego, da persona.
Aprofundando o tema,
Divaldo, sempre jovial e
alegre, contagiando o
público com sua leveza
em apresentar o assunto,
apresentou as sete
estratégias para entrar
no mundo sutil, como
segue, sinteticamente:
1º Dia: seja generoso;
2º Dia: dê e receba
amor; 3º Dia: abra a
mão; 4º Dia: encontre a
sua fonte de realização;
5º Dia: ative o seu
poder de cura; 6º Dia:
eleve as suas
expectativas; e 7º Dia:
deixe rolar. Cabe a cada
um penetrar no mundo
sutil, alcançar a
plenitude. Finalizando a
magistral exposição,
Divaldo recitou o Poema
da Gratidão, de Amélia
Rodrigues, e o público,
em gratidão, aplaudiu-o
generosamente. O
ambiente transcendia e
as pessoas em verdadeiro
enlevo, tocadas pelo
verbo amoroso do
Embaixador da Paz e da
Bondade, foram se
retirando, levando
consigo os bálsamos da
felicidade, da saúde e
da plenitude, do sutil.
17 de outubro – manhã
Na radiante manhã de 17
de outubro, o Encontro
Fraterno com Divaldo
Franco 2015 teve
continuidade com o tema:
O Ser Humano e a
Natureza. O trabalho
desenvolvido por Divaldo
Franco, o maior
humanista do Brasil, foi
dedicado a Francisco de
Assis, Benfeitor da
Humanidade. Inicialmente
foi apresentado o poema
Irmão Sol, Irmã Lua. A
homenagem visou destacar
tudo o que Francisco de
Assis representa para os
cristãos, todo o seu
trabalho em favor das
criaturas de Deus, da
natureza, de Jesus e de
Deus, bem como pela sua
expressão maior, o amor
inexcedível.
Trabalhando aspectos da
mitologia grega, Divaldo
Franco estabeleceu uma
correlação entre o mito
e a realidade
psicológica do homem. É
admirável como os gregos
antigos puderam penetrar
na intimidade do homem,
desde a persona até o
Self. Deméter, Mãe da
Natureza e irmã de Zeus
foi a personagem
trabalhada para que se
pudesse entender o papel
do homem em a Natureza.
Com mensagens de Albert
Schweitzer, filósofo e
médico alemão, possuidor
de profundo respeito a
vida; do Chefe Sioux
Touro Sentado; e Joanna
de Ângelis, Benfeitora
Espiritual, o orador
dedicado foi
apresentando informações
e constatações de como o
ser humano vem se
comportando como o maior
e persistente predador,
matando a vida pelo seu
total desrespeito à
Natureza.
A miséria, disse, é
capaz de estabelecer a
fraternidade entre a
criança faminta e o
abutre que coabitam nos
grandes lixões
produzidos pela
sociedade humana. É
estarrecedor se
constatar o desperdício
de alimentos, enquanto
em cada segundo uma
criança morre a fome no
Planeta.
Embora as pessoas, em
geral, saibam dessa
miséria galopante,
através de fotos e
noticiários, mantêm-se
insensíveis e inertes,
permanecendo a margem
das dificuldades
experimentados por
outros. Primeiro é
necessário crer para
depois ver. Assim é que
todas as descobertas se
realizaram. Lembrando
Jesus, Divaldo destacou
que bem-aventurado é
aquele que crê e ainda
não viu. Joanna de
Ângelis, Espírito
adverte sobre a ação
devastadora do homem
sobre a natureza.
Exaltando a necessidade
da solidariedade,
Divaldo recomenda que
cada um possa deixar
pegadas luminosas por
onde passa, sinalizando,
aos que vem após, o
caminho para Jesus. Que
cada qual, por sua vez,
possa se libertar desse
sentimento de
destruição, respeitando
as leis da natureza. A
morte é a porta para a
vida. No tocante a
caridade, frisou que se
deve doar o essencial,
não só o que sobra, isto
é, doar-se ao se
semelhante.
A Natureza é a alma de
Deus. Causar danos à
Terra é demonstrar não
amar a Deus. Quando se
ama a Terra, a Natureza
e qualquer expressão da
vida, demonstra-se o
amor a Deus. Cada um
deve desenvolver a sua
sensibilidade ao ponto
de compreender, como
Francisco de Assis, que
toda a obra divina esta
interligada e
interdependente. O amor
a Natureza deve estar
imantado de ternura,
respeitando o próximo,
seja humano ou não. É
necessário se colocar no
lugar do outro, não
julgar e fazer todo o
bem possível, não
importando a quem.
O mal é necessário, e
vai permanecer até que
se saiba fazer, com
correção, aquilo a que
se propõe. Finalizando,
Divaldo narrou
interessante e
emocionante lenda
indiana, onde um jovem
recém-casado decide sair
de casa para ganhar
dinheiro e tornar a sua
família mais feliz.
Combinou com sua esposa
que se ausentaria por
vinte anos e que
viajaria para o sul,
onde a abundância estava
presente. Nesse período
ele economizaria o seu
ordenado.
Acertou com seu patrão
que não queria receber o
pagamento mensalmente.
Combinou que esse
ficasse guardado com o
patrão, que o entregaria
após os vinte anos de
dedicado serviço.
Transcorrido os vinte
anos, o acero de contas
foi proposto. O patrão
que o apreciava muito
ofereceu-lhe uma outra
proposta, em troca do
dinheiro expressivo,
daria três conselhos.
Depois de meditar por
todo um dia, o empregado
resolveu aceitar os
conselhos. O patrão,
então, mandou preparar
pães para a viagem que
demoraria vários dias,
recomendando que dois
daqueles pães deveriam
ser consumidos somente
na presença de sua
esposa amada.
Estabelecido o acordo, o
patrão foi enumerando os
conselhos: 1º - nunca
abandones a estrada do
dever, procurando
atalhos duvidosos; 2º -
nunca se envolva nos
problemas dos outros, se
não para ajudar; e 3º -
nuca tomes uma decisão,
uma atitude, enquanto
estiveres com raiva.
Fatos ocorreram que
oportunizaram ao jovem
exercer as opções dos
conselhos recebidos.
Tomando as atitudes
corretas aconselhadas
confraternizou com os
familiares, sua esposa e
um filho que não sabia
ter, comemorando o
retorno. Ao
confraternizar,
consumindo os pães
assinalados, descobriu
que dentro de cada um
deles estava todo o seu
salário de vinte anos e
mais algumas joias.
Não nos encontramos no
mundo por capricho do
azar. É necessário
diminuir os pensamentos
e as ações nocivos, para
se poder entender Deus.
Exaltemos Deus em a
Natureza. Assim
finalizou o arauto do
Evangelho e da Paz,
envolvidos todos em
harmonias celestiais.
17 de outubro – Tarde
Para desenvolver o tema
"O Ser Humano perante o
Próximo" apresentaram-se
os psicólogos Marlon
Reikdal e Cristiane
Beira. Marlon discorreu
sobre o cultivo das
emoções, particularmente
sobre a projeção como
impedimento para o amor
ao próximo. Ambientando
seu tema, apresentou o
registro evangélico de
Mateus, 22:37-40, quando
concita aos homens amar
a Deus e ao próximo como
a si mesmo.
Apoiando-se em Sigmund
Freud, Marlon trabalhou
a questão dos conceitos
sobre o inconsciente.
Assumir o inconsciente,
disse, é assumir que se
é muito pior do que se
realmente é. Isso exige
coragem. Por outro lado,
os conflitos entre os
impulsos e os ideais,
naturalmente aceitos,
geram neuroses diversas.
Apresentando os
conceitos sobre a
repressão, a negação, a
transformação reativa, e
a projeção, Marlon
explicou que o indivíduo
ao olhar para dentre de
si, tem dificuldades de
assumir as suas próprias
imperfeições. Na negação
não aceita o que lhe
pertence. Na
transformação reativa a
criatura entra em
confronto consigo mesma
e seus conteúdos. Já na
projeção, o ser é
impotente para aceitar
que o inimigo está nele
mesmo, o habita.
O autodescobrimento é um
grande desafio e
necessita de muita
coragem para alcançá-lo.
Enquanto se acredita que
o mal está no outro, é o
outro que deve se
modificar. Ao contrário,
quando se identifica, ao
saber que o mal está
dentro de si, se
descobre com a
necessidade de transpor
esse mal, refazendo-se,
transformando-se em uma
pessoa melhor.
Como o mal ainda está
dentro de cada um, é
necessário refletir
sobre as atitudes que
toma, evitando
transferir para o
próximo o que realmente
é, isto é, portador do
mal. Amar a Deus sobre
todas as coisas e ao
próximo como a nós
mesmo, esse o grande
ensinamento a ser
compreendido e
executado. É necessário
ter coragem para olhar
para dentro de si mesmo
e transformar os
inimigos em amigos de
amor e caridade.
Cristiane Beira, dando
seguimento ao tema,
reforçou a máxima de
Jesus de se amar a Deus
e ao próximo, tanto
quanto se possa amar. A
proposta é deixar o
ranço do passado, das
próprias iniquidades, e
assumir a realidade do
que realmente se é.
Frisando nossa
dependência, disse que o
inconsciente é o grande
comandante do ser,
controlando-o. Ao
contrário de assumir-se,
a criatura transfere
para outros, ou
circunstâncias, as suas
próprias
responsabilidades,
buscando um salvador, um
herói, que não existem.
A primeira grande
verdade, nestas questões
é aceitar que não se
depende de salvadores,
que não se necessita de
um salvador, ou herói. A
segunda verdade é que o
ser humano aprendeu a
cultivar sofrimentos
desnecessários,
procedentes do
inconsciente. A terceira
verdade é desabrochar o
potencial divino que
cada um é detentor, que
é o Amor. Elucidando a
Estranha Moral,
registrada em o
Evangelho Segundo o
Espiritismo, Cristiane
decodificou-a a luz da
psicologia. Cada um deve
lutar por aquilo que
deseja, pelo que almeja,
desenvolvendo o autoamor,
o autorrespeito.
Os heróis? Deixamo-los
para as histórias
infantis, reafirmou
Cristiane. Os adultos
não necessitam deles
para salvarem-se. A
vida, como está, vai
iludir as criaturas, por
que não vemos o
essencial. Não há
ninguém, lá fora, capaz
de salvá-lo,
conscientize-se disso.
Na construção do EU, há
uma horizontalidade
inicial, formada pelos
pais, em primeiro lugar.
São as fontes dos
exemplos e dos modelos.
E na segunda posição
estão os colegas, os
amigos, sinalizando como
se deve ser. Se o
indivíduo ficar nessa
horizontalidade, pouco
crescerá
verdadeiramente. É
necessário buscar a
verticalidade a partir
desses dois pontos
iniciais, descobrindo o
EU que se é, voltando-se
para dentro de si,
conhecendo-se,
aceitando-se. Nessa fase
de verticalização é
preciso romper com os
modismos, modelos, as
aspirações dos outros
sobre si.
Finalizando, Cristiane
ensinou a se agradecer
ao Pai por Ele nos amar
e por nós amá-LO,
também. Que Ele nos
ajude a perseverar na
construção de uma nova
história, construindo-a
de dentro para fora.
17 de outubro – Noite
Em noite
agradabilíssima, e
estando todos reunidos
no Salão de Eventos
Garcia D’Ávila, Divaldo
Franco, inspirado como
sempre, apresentou uma
perfeita descrição
física e social de
Francisco de Assis,
Benfeitor da Humanidade.
Destacou a sua
genialidade amorosa, o
cantor suave de Deus.
Casado com a pobreza,
Francisco de Assis,
renunciou aos apelos do
mundo para concentrar-se
em servir ao Mestre
Galileu com as fibras
mais puras de sua alma.
Francisco de Assis,
deixando o homem velho
no passado, transcendeu
a todos os homens, de
todos os tempos.
Exaltava a natureza,
envolvendo as criaturas
na luz e no calor do
amor. Seu trabalho
continua sendo um colar
de luzes a glorificar o
Senhor. O mundo sutil e
raro está presente na
realidade da criatura
que se encontra com o
Deus interno. O momento
sublime do amor está
latente no coração
daquele que ama.
Com sua magistral
interpretação e
riquíssimos comentários,
Divaldo Franco
apresentou o poema
Cântico das Criaturas,
de Francisco de Assis,
conforme segue:
Altíssimo e onipotente
Bom Senhor
Teus são os louvores, a
glória a honra e toda a
bênção
A Ti somente, Altíssimo,
eles convêm
E nenhum homem é digno
de te imitar
Louvado sejas, meu
Senhor, com todas as
Tuas criaturas
Especialmente o senhor
irmão Sol
O qual faz o dia e por
ele alumia
E ele é belo, radiante,
com grande esplendor de
Ti
Louvado sejas, meu
Senhor, pela irmã Lua
Pelas estrelas que no
céu formaste-as claras
preciosas e belas
Louvado sejas, meu
Senhor, pelo irmão vento
Pelo ar, pela nuvem,
pelo sereno e todo tempo
Pelo qual dá às tuas
criaturas o sustento
Louvado sejas, meu
Senhor, pela irmã água
A qual nos é muito útil,
úmida, preciosa e casta
Louvado sejas, meu
Senhor, pelo irmão fogo
Pelo qual iluminas a
noite, ele é belo
robusto e forte
Louvado sejas, meu
Senhor, pela nossa irmã
mãe terra
A qual nos sustenta,
governa e produz
diversos frutos, flores
coloridas e ervas
Louvado sejas, meu
Senhor, pela nossa irmã
a morte corporal
Da qual nenhum vivente
pode escapar
Bendito aquele que se
encontra na Tua
santíssima vontade
Ao qual a morte não fará
mal
Louvai e bendizei o meu
Senhor
Agradeça e sirva com
grande humildade
Neste momento tão
difícil, em que cada um
experimenta as dores
físicas e morais,
rogamos a ti Pai
Francisco que voltes,
pois temos tantas
saudades. Venhas acalmar
nossas dores e feridas
abertas. Somente tu, na
humanidade, podes ser o
que fostes. Fale ao
nosso coração, temos
tanta necessidade de
marejarmos os olhos com
as lágrimas da
esperança. Todas as
vezes que uma dor, que
pareça insuportável,
bater em nossa porta,
lembremo-nos de que ela
é infinitamente menor
que a Natureza.
Assim
finalizou Divaldo o belo
trabalho com um momento
de visualização buscando
a harmonia. Magnífico
momento.
18 de outubro – Final
Com o desejo de
participar, no ano que
vem, deste magnífico
evento, todos se
prepararam desde cedo
para o final do encontro
que foi de muita
harmonia, sensibilidade,
um ágape espiritual. As
emoções elevadas
estiveram sempre
presentes, respirava-se
espiritualidade,
fraternidade, a busca de
Deus, do sutil.
O Encontro Fraterno 2015
teve mais de quarenta e
nove mil acessos pela
internet, divididos por
dez países. Oitocentos e
dez participantes
representaram os Estados
de Alagoas, Amazonas,
Bahia, Ceará, Distrito
Federal, Espírito Santo,
Maranhão, Minas Gerais,
Mato Grosso, Mato Grosso
do Sul, Pará, Paraíba,
Paraná, Pernambuco,
Piauí, Rio de Janeiro,
Rio Grande do Norte, Rio
Grande do Sul, Rondônia,
Santa Catarina, São
Paulo, Sergipe e
Tocantins. Estavam
representados, também,
os seguintes países:
Angola, Canadá, Chile,
Colômbia, Estados Unidos
da América, Inglaterra,
Singapura, Suíça e
Uruguai.
Jonas Pinheiro, de São
Paulo, em agradecimento
e homenageando Divaldo
Franco, e simbolicamente
ao Tio Nilson – Nilson
de Souza Pereira -, pela
realização da 1ª edição
do Movimento Você e a
Paz em São Paulo,
Capital, ofertou-lhe o
Troféu Você e a Paz. O
clima era de saudades,
de agradecimentos, de
despedidas. Divaldo,
agradecendo, citou os
seguintes colaboradores:
Tânia Moreira, Maurício
Virgens, Enrique e
Guilherme Baldovino, a
família Beira e Mateus,
que com suas
performances animaram e
prepararam o ambiente
através de
interpretações musicais
de alto nível. |
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No primeiro dia, Divaldo
Franco propôs que cada
participante fizesse uma
pergunta para Deus, e
que as respostas
estariam disponíveis no
final do encontro.
Assim, selecionadas
aleatoriamente algumas
perguntas, as respostas
foram comentadas por
Marlon Reikdal e Íris e
Cláudio Sinoti, sob a
coordenação do
anfitrião. Todos, nesse
último dia, na entrada
do salão, receberam um
envelope onde se
encontrava a resposta de
Deus, nas palavras de
Joanna de Ângelis,
retiradas de suas
diversas obras e de
outros autores.
Divaldo disse ser
necessário aprender a
questionar e aprender a
viver o amor. Citando os
estudos de eminentes
cientistas, como Dr.
Michael Persinger, Dra.
Danah Zohar e Dr.
Vilayanur Ramachandran,
discorreu sobre
importantes descobertas
no cérebro humano. O Dr.
Michael Persinger,
notável neurocientista,
descobriu que há uma
zona cerebral que se
ilumina ante a pronúncia
da palavra Deus, seja no
idioma que for. Esse
fato foi constado pelos
pesquisadores acima
citados, entre outros.
Essa área que se ilumina
foi designada como sendo
o Ponto de Deus.
Sabemos, à luz da
ciência, que temos algo
divino em nós,
confirmando informações
já conhecidas, mas, até
então, não estudadas
pelos pesquisadores. A
vida estua e é de
caráter imortalista.
Finalizando, foi
realizada uma homenagem
aos voluntários, que no
palco, foram brindados
com belas canções. O
público, muito
participante, acompanhou
cantando e batendo
palmas. Foi um belo
momento, onde todos,
muito gratos, tiveram
suas vidas facilitadas
por aqueles abnegados
voluntários que se
desdobraram para muito
bem atender aos anseios,
expectativas e desejos
de todos os
participantes.
Momentos artísticos
No início de cada
atividade o público foi
agraciado com belas e
agradáveis
interpretações musicais.
Para enlevo de todos, o
violoncelista Diego
Carneiro Oliveira e o
barítono Maurício
Virgens (foto) apresentaram
excelente repertório
musical. Ambos
brasileiros, Diego
reside em
Londres/Inglaterra, e
Maurício na Alemanha. |
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Giovana e Priscila
Beira, acompanhadas pelo
pianista Mateus,
interpretaram belas
melodias. Foram momentos
de puro encantamento.
Enrique e Guilherme
Baldovino ao piano,
maravilhando a todos,
propiciaram uma harmonia
inefável. Enlevo,
harmonia, elevação do
padrão vibratório foram
os frutos produzidos por
esses dedicados músicos.
O público, reconhecido,
não se furtou de
aplaudi-los de pé,
intensamente.
O Encontro Fraterno 2015
revestiu-se de muitas
bênçãos. Cada
participante atento pode
usufruir de energias
benfazejas, renovando-se
para novos cometimentos.
A fraternidade, sempre
presente, oportunizou
diálogos, novas
amizades, encontros e
reencontros. Na
expectativa da
realização da edição
2016, cada um, voltando
para seus cotidianos,
embalados pelas dúlcidas
emoções e sentimentos
elevados sob os
auspícios do Mestre
Jesus, estará mais apto
para enfrentar a vida
como ela se apresenta,
compreendendo os
desígnios do Pai, já que
o ser humano está em
busca de Deus.
Nota do autor:
As fotos que ilustram
esta reportagem são de
Jorge Moehlecke.
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