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Clássicos do Espiritismo
Ano 9 - N° 440 - 15 de Novembro de 2015
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

Médiuns e Mediunidade

Cairbar Schutel

(Parte 17) 

Damos sequência ao estudo metódico e sequencial do livro Médiuns e Mediunidade, de autoria de Cairbar Schutel, publicado originalmente em 1923 pela Casa Editora O Clarim, de Matão (SP). O estudo basear-se-á na 7ª edição da obra, publicada em 1977.

Questões preliminares 

A. Quando uma comunicação sua for rejeitada, por não corresponder à verdade, que deve fazer o médium?

Deve evitar o melindre. Não sendo mais do que um instrumento dos Espíritos, não tem o médium razões para magoar-se quando for rejeitada uma comunicação sua, por não corresponder inteiramente à verdade. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXXIII - Psicologia dos médiuns.)

B. A Casa Espírita tem compromisso com a divulgação dos ensinamentos espíritas?

Sim. Cada Centro ou grupo constituído, assim como cada espírita, é obrigado, em sua esfera de ação e na medida de suas posses, de seu saber e de seus dons, a fazer chegar ao conhecimento dos que lhe são próximos as novas da redenção, as verdades que marcam uma nova fase na senda da nossa evolução espiritual. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXXIV - Os deveres de propaganda.)

C. Que diz Cairbar Schutel a propósito dos Centros Espíritas que se limitam a realizar uma ou duas sessões por semana e nada mais?

Diz ele que tal atitude é incompreensível. "A luz não deve ficar sob o alqueire", é preciso que seja posta no velador. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXXIV - Os deveres de propaganda.)

Texto para leitura

286. A psicologia dos médiuns, por si só constitui estudo digno de atenção. A época que atravessamos é de embustes e mistificações; a desorientação lavra por toda parte; é preciso, pois, que todos estejam precavidos contra os falsos médiuns, que são os que mais prejudicam a marcha ascensional da Doutrina. Se é verdade que existem Espíritos maus e mistificadores, não o é menos a existência de médiuns de igual jaez. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXXIII - Psicologia dos médiuns.)

287. Quanto ao médium, só poderemos tê-lo em tal conta depois de nos haver ele favorecido com uma prova irrecusável de seus dons. O estudo preparatório dos médiuns é, por isso indispensável, para que haja confiança, sem a qual a verdadeira crença não pode existir. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXXIII - Psicologia dos médiuns.)

288. Os médiuns devem ser cultivados para auxiliarem as provas da imortalidade e da verdadeira comunicação espírita. Eles representam os sacerdotes do Espiritismo, os profetas por quem falam as Entidades do Além-Túmulo; necessitam de muita persistência, muita paciência, muita perseverança nas reuniões e no estudo para melhor se relacionarem com o Mundo Invisível. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXXIII - Psicologia dos médiuns.)

289. Cada médium deve cultivar o dom que possui e nunca ultrapassar os limites de sua faculdade. Não deve forçar, nem apressar as comunicações, mas deixar que elas tenham o seu curso normal. Outra circunstância que é preciso fique bem clara: Não sendo o médium mais do que um instrumento dos Espíritos, não terá ele razões para magoar-se quando for rejeitada uma comunicação sua, por não corresponder a mesma inteiramente à verdade. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXXIII - Psicologia dos médiuns.)

290. O médium não é mestre, não é professor, mas, sim, discípulo. Quando Jesus instituiu a Grande Lei Espírita, os discípulos que o acompanhavam estudaram e submeteram-se à disciplina; e só depois de haverem assimilado a Doutrina, em suas fases – filosófica e prática – é que começaram a sua relevante missão. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXXIII - Psicologia dos médiuns.)

291. Os discípulos devem obedecer ao Mestre; assim como no Cristianismo, tal é no Espiritismo: este não é senão o complemento daquele. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXXIII - Psicologia dos médiuns.)

292. Finalmente, assim como os médiuns precisam conhecer-se, aquele que com estes trabalha necessita estudar-lhes a psicologia. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXXIII - Psicologia dos médiuns.)

293. Jesus Cristo declarou aos seus apóstolos: "Tenho ainda muito que vos dizer, mas não o podeis suportar agora; quando vier, porém, aquele Espírito de Verdade, ele vos guiará a toda verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que estão para vir”. (João, XVI, 12 a 14.) (Médiuns e Mediunidade, cap. XXXIV - Os deveres de propaganda.)

294. Tendo o Espiritismo por objetivo a unificação do Cristianismo, claro está que todos nós temos obrigação de trabalhar para a sua divulgação. Entretanto, repetimos, a divulgação do Espiritismo não está afeta à realização de trabalhes práticos abertos ao público, mas à propaganda da sua doutrina racional, consoladora, e que se alicerça em fatos verificados sob a mais rigorosa fiscalização. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXXIV - Os deveres de propaganda.)

295. Cada Centro ou grupo constituído, assim como cada espírita, é, portanto, obrigado, em sua esfera de ação e na medida de suas posses, de seu saber e de seus dons, a fazer chegar ao conhecimento dos que lhe são próximos as novas da redenção, as verdades que marcam uma nova fase na senda da nossa evolução espiritual. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXXIV - Os deveres de propaganda.)

296. Para tal fim um dos melhores meios para as sociedades espíritas que não têm imprensa e nem podem manter um periódico, é escolher boas revistas, bons jornais, assinando-os em bloco, para distribuição gratuita, assim como distribuir folhetos com sucinta exposição da Doutrina Espírita e de seus fenômenos. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXXIV - Os deveres de propaganda.)

297. Os que têm o dom da palavra, falem, façam palestras públicas, conferências; os que têm o de escrever, escrevam; e os que não podem coordenar ideias, copiem escritos doutrinários insertos nas obras espíritas e leiam por ocasião das reuniões, que devem ser em dias determinados e de portas abertas, com entrada franca. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXXIV - Os deveres de propaganda.)

298. Não podemos compreender a atitude de Centros Espíritas que resumem seus deveres no exercício de uma ou duas sessões por semana, entre meia dúzia de pessoas. "A luz não deve ficar sob o alqueire", é preciso que seja posta no velador. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXXIV - Os deveres de propaganda.)

299. As sessões práticas são de edificação para os crentes; as teóricas, para conversão dos incrédulos. Estes, despertados pela palavra espírita, por sua vez tratarão das sessões experimentais que o seu espírito de crítica e raciocínio exigem, a fim de tomarem conhecimento positivo dos fenômenos. Assim pensamos e assim temos agido, desde que nos iniciamos no Espiritismo, não nos arrependendo da orientação assumida com docilidade e ditada pelos nossos queridos Guias. (Médiuns e Mediunidade, cap. XXXIV - Os deveres de propaganda.) (Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita