Damos sequência ao
estudo metódico e sequencial do livro
Médiuns e Mediunidade,
de autoria de
Cairbar Schutel,
publicado originalmente
em 1923 pela Casa
Editora O Clarim, de
Matão (SP). O estudo
basear-se-á na 7ª edição
da obra, publicada em
1977.
Questões preliminares
A. Quando uma
comunicação sua for
rejeitada, por não
corresponder à verdade,
que deve fazer o médium?
Deve evitar o melindre.
Não sendo mais do que um
instrumento dos
Espíritos, não tem o
médium razões para
magoar-se quando for
rejeitada uma
comunicação sua, por não
corresponder
inteiramente à verdade.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXIII - Psicologia
dos médiuns.)
B. A Casa Espírita tem
compromisso com a
divulgação dos
ensinamentos espíritas?
Sim. Cada Centro ou
grupo constituído, assim
como cada espírita, é
obrigado, em sua esfera
de ação e na medida de
suas posses, de seu
saber e de seus dons, a
fazer chegar ao
conhecimento dos que lhe
são próximos as novas da
redenção, as verdades
que marcam uma nova fase
na senda da nossa
evolução espiritual.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXIV - Os deveres
de propaganda.)
C. Que diz Cairbar
Schutel a propósito dos
Centros Espíritas que se
limitam a realizar uma
ou duas sessões por
semana e nada mais?
Diz ele que tal atitude
é incompreensível. "A
luz não deve ficar sob o
alqueire", é preciso que
seja posta no velador.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXIV - Os deveres
de propaganda.)
Texto para leitura
286. A psicologia dos
médiuns, por si só
constitui estudo digno
de atenção. A época que
atravessamos é de
embustes e
mistificações; a
desorientação lavra por
toda parte; é preciso,
pois, que todos estejam
precavidos contra os
falsos médiuns, que são
os que mais prejudicam a
marcha ascensional da
Doutrina. Se é verdade
que existem Espíritos
maus e mistificadores,
não o é menos a
existência de médiuns de
igual jaez. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XXXIII
- Psicologia dos
médiuns.)
287. Quanto ao médium,
só poderemos tê-lo em
tal conta depois de nos
haver ele favorecido com
uma prova irrecusável de
seus dons. O estudo
preparatório dos médiuns
é, por isso
indispensável, para que
haja confiança, sem a
qual a verdadeira crença
não pode existir.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXIII - Psicologia
dos médiuns.)
288. Os médiuns devem
ser cultivados para
auxiliarem as provas da
imortalidade e da
verdadeira comunicação
espírita. Eles
representam os
sacerdotes do
Espiritismo, os profetas
por quem falam as
Entidades do
Além-Túmulo; necessitam
de muita persistência,
muita paciência, muita
perseverança nas
reuniões e no estudo
para melhor se
relacionarem com o Mundo
Invisível. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XXXIII
- Psicologia dos
médiuns.)
289. Cada médium deve
cultivar o dom que
possui e nunca
ultrapassar os limites
de sua faculdade. Não
deve forçar, nem
apressar as
comunicações, mas deixar
que elas tenham o seu
curso normal. Outra
circunstância que é
preciso fique bem clara:
Não sendo o médium mais
do que um instrumento
dos Espíritos, não terá
ele razões para
magoar-se quando for
rejeitada uma
comunicação sua, por não
corresponder a mesma
inteiramente à verdade.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXIII - Psicologia
dos médiuns.)
290. O médium não é
mestre, não é professor,
mas, sim, discípulo.
Quando Jesus instituiu a
Grande Lei Espírita, os
discípulos que o
acompanhavam estudaram e
submeteram-se à
disciplina; e só depois
de haverem assimilado a
Doutrina, em suas fases
– filosófica e prática –
é que começaram a sua
relevante missão.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXIII - Psicologia
dos médiuns.)
291. Os discípulos devem
obedecer ao Mestre;
assim como no
Cristianismo, tal é no
Espiritismo: este não é
senão o complemento
daquele. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XXXIII
- Psicologia dos
médiuns.)
292. Finalmente, assim
como os médiuns precisam
conhecer-se, aquele que
com estes trabalha
necessita estudar-lhes a
psicologia. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XXXIII
- Psicologia dos
médiuns.)
293. Jesus Cristo
declarou aos seus
apóstolos: "Tenho ainda
muito que vos dizer, mas
não o podeis suportar
agora; quando vier,
porém, aquele Espírito
de Verdade, ele vos
guiará a toda verdade,
porque não falará de si
mesmo, mas dirá o que
tiver ouvido e vos
anunciará as coisas que
estão para vir”. (João,
XVI, 12 a 14.) (Médiuns
e Mediunidade, cap.
XXXIV - Os deveres de
propaganda.)
294. Tendo o Espiritismo
por objetivo a
unificação do
Cristianismo, claro está
que todos nós temos
obrigação de trabalhar
para a sua divulgação.
Entretanto, repetimos, a
divulgação do
Espiritismo não está
afeta à realização de
trabalhes práticos
abertos ao público, mas
à propaganda da sua
doutrina racional,
consoladora, e que se
alicerça em fatos
verificados sob a mais
rigorosa fiscalização.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXIV - Os deveres
de propaganda.)
295. Cada Centro ou
grupo constituído, assim
como cada espírita, é,
portanto, obrigado, em
sua esfera de ação e na
medida de suas posses,
de seu saber e de seus
dons, a fazer chegar ao
conhecimento dos que lhe
são próximos as novas da
redenção, as verdades
que marcam uma nova fase
na senda da nossa
evolução espiritual.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXIV - Os deveres
de propaganda.)
296. Para tal fim um dos
melhores meios para as
sociedades espíritas que
não têm imprensa e nem
podem manter um
periódico, é escolher
boas revistas, bons
jornais, assinando-os em
bloco, para distribuição
gratuita, assim como
distribuir folhetos com
sucinta exposição da
Doutrina Espírita e de
seus fenômenos. (Médiuns
e Mediunidade, cap.
XXXIV - Os deveres de
propaganda.)
297. Os que têm o dom da
palavra, falem, façam
palestras públicas,
conferências; os que têm
o de escrever, escrevam;
e os que não podem
coordenar ideias, copiem
escritos doutrinários
insertos nas obras
espíritas e leiam por
ocasião das reuniões,
que devem ser em dias
determinados e de portas
abertas, com entrada
franca. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XXXIV
- Os deveres de
propaganda.)
298. Não podemos
compreender a atitude de
Centros Espíritas que
resumem seus deveres no
exercício de uma ou duas
sessões por semana,
entre meia dúzia de
pessoas. "A luz não deve
ficar sob o alqueire", é
preciso que seja posta
no velador. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XXXIV
- Os deveres de
propaganda.)
299. As sessões práticas
são de edificação para
os crentes; as teóricas,
para conversão dos
incrédulos. Estes,
despertados pela palavra
espírita, por sua vez
tratarão das sessões
experimentais que o seu
espírito de crítica e
raciocínio exigem, a fim
de tomarem conhecimento
positivo dos fenômenos.
Assim pensamos e assim
temos agido, desde que
nos iniciamos no
Espiritismo, não nos
arrependendo da
orientação assumida com
docilidade e ditada
pelos nossos queridos
Guias. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XXXIV
- Os deveres de
propaganda.)
(Continua no próximo
número.)
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