Damos sequência ao
estudo metódico e sequencial do livro
Médiuns e Mediunidade,
de autoria de
Cairbar Schutel,
publicado originalmente
em 1923 pela Casa
Editora O Clarim, de
Matão (SP). O estudo
baseia-se na 7ª edição
da obra, publicada em
1977.
Questões preliminares
A. É certo dizer que a
faculdade mediúnica é um
dom inerente aos
espíritas?
Claro que não. Os
fenômenos mediúnicos não
constituem privilégio de
um indivíduo, de uma
família, de uma
religião, pois a
mediunidade é um dom que
milhares de pessoas de
diversas linhagens e
credos possuem. Em face
disso, as manifestações
espíritas se dão
espontaneamente a
qualquer pessoa, em
qualquer família, e no
seio de qualquer
congregação científica
ou religiosa.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXV -
Recapitulação - Ligeiro
esboço dos modernos
fenômenos espíritas.)
B. Os Espíritos
pertencem a uma mesma
classe?
Não. Eles pertencem a
diferentes classes e são
desiguais em poder,
inteligência, sabedoria
e moralidade. Os da
primeira classe são os
Espíritos superiores,
que se distinguem dos
outros por sua
perfeição,
conhecimentos,
aproximação de Deus,
pureza de sentimentos e
amor ao bem. As outras
classes vão-se afastando
dessa perfeição; os das
graduações inferiores
são inclinados à maioria
das paixões: ódio,
inveja, ciúme, orgulho
etc.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXVI – Resumo dos
ensinos dos Espíritos.)
C. O Espiritismo
estabeleceu uma moral
própria?
Não. Segundo os
Espíritos superiores, a
Moral Espírita é a Moral
Cristã, resumida na
sentença: Faz aos outros
o que queres que te
façam; e não faças o que
não quiseres que te
façam.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXVI – Resumo dos
ensinos dos Espíritos.)
Texto para leitura
300. As primeiras
manifestações espíritas
produziram-se por
intermédio das mesas,
que se erguiam e batiam
determinado número de
pancadas, com um dos
pés, respondendo sim ou
não, segundo a
convenção, às perguntas
que se lhe faziam.
Depois, obtiveram-se
respostas desenvolvidas
pelas letras do
alfabeto, que chegaram a
formar palavras e
frases. A justeza das
respostas causaram
admiração e os entes
misteriosos, que assim
respondiam, declararam
ser Espíritos de pessoas
que tinham vivido na
Terra, dando os nomes e
indicações sucintas para
que se reconhecesse a
sua identidade.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXV -
Recapitulação - Ligeiro
esboço dos modernos
fenômenos espíritas.)
301. O meio de
correspondência era,
contudo, muito demorado,
e os próprios Espíritos
aconselharam a adaptação
de um lápis a uma cesta,
prancheta, ou outro
objeto, colocado sobre
uma folha de papel.
Pousadas sobre o objeto
as mãos do médium, o
lápis traçava
caracteres, formando
palavras, frases,
discursos que tratavam
das mais altas questões
da Filosofia, da Moral,
da Metafísica, da
Psicologia, da Religião,
etc. Esta instrução dos
Espíritos foi dada
simultaneamente na
França, na América e em
outros países.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXV -
Recapitulação - Ligeiro
esboço dos modernos
fenômenos espíritas.)
302. Mais tarde
verificou-se que a
cestinha ou prancheta
não era senão apêndice
da mão, e que o médium,
tomando o lápis
diretamente, poderia
escrever, por impulso
involuntário e quase
febril. Esse meio deu
resultados mais prontos,
visto se tornarem as
comunicações mais
rápidas, mais fáceis,
mais completas. O método
generalizou-se, e as
pessoas dotadas de
mediunidade escrevente
multiplicaram-se, em
todo o mundo, aos
milhares.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXV -
Recapitulação - Ligeiro
esboço dos modernos
fenômenos espíritas.)
303. Por fim o
Espiritismo, em sua fase
experimental, foi sendo
revelado aos homens, o
mistério começou a
desaparecer em face da
análise fria da razão, a
experiência fez conhecer
muitas outras variantes
da mediunidade.
Soube-se, então, pelas
manifestações dos
Espíritos, que as
comunicações podiam
produzir-se pela
palavra, audição, vista,
tato etc., e mesmo pela
escrita direta, sem o
concurso da mão do
médium.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXV -
Recapitulação - Ligeiro
esboço dos modernos
fenômenos espíritas.)
304. Esses fenômenos não
constituem privilégio de
um indivíduo, de uma
família, de uma
religião, pois a
mediunidade é um dom que
milhares de pessoas de
diversas linhagens e
credos possuem. Em face
disso, as manifestações
espíritas se dão
espontaneamente a
qualquer pessoa, em
qualquer família, e no
seio de qualquer
congregação científica
ou religiosa.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXV -
Recapitulação - Ligeiro
esboço dos modernos
fenômenos espíritas.)
305. Os seres que se
comunicam designam-se
com o nome de Espíritos,
e dizem ter vivido na
Terra como homens, ou
seja, fazendo parte da
Humanidade. Eles
constituem o Mundo
Espiritual, como nós
constituímos o corporal,
durante nossa vida
terrena. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XXXVI
– Resumo dos ensinos dos
Espíritos.)
306. Os Espíritos
pertencem a diferentes
classes e são desiguais
em poder, inteligência,
sabedoria e moralidade.
Os da primeira classe
são os Espíritos
superiores, que se
distinguem dos outros
por sua perfeição,
conhecimentos,
aproximação de Deus,
pureza de sentimentos e
amor ao bem. As outras
classes vão-se afastando
dessa perfeição; os das
graduações inferiores
são inclinados à maioria
das paixões: ódio,
inveja, ciúme, orgulho
etc. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XXXVI
– Resumo dos ensinos dos
Espíritos.)
307. Os Espíritos não
ficam, entretanto,
adstritos à mesma ordem.
Todos progridem, e este
melhoramento efetua-se,
geralmente, pela
encarnação, que é
imposta a uns como
expiação e a outros como
missão. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XXXVI
– Resumo dos ensinos dos
Espíritos.)
308. Eis algumas
informações que eles nos
revelaram por meio da
mediunidade:
O Mundo Espírita é o
mundo normal primitivo,
eterno, preexistente e
sobrevivente a tudo.
O mundo corporal ou
terreno é secundário.
Abandonando o corpo o
Espírito volta ao Mundo
dos Espíritos donde
saíra.
O Espírito tinha a sua
individualidade antes de
se encarnar e conserva a
sua individualidade
depois da morte do
corpo.
Ao voltar ao Mundo
Espírita, o Espírito vai
encontrar-se com todos
aqueles que conheceu na
Terra, e todas as suas
existências se lhe
desenham na memória, com
a lembrança do bem e do
mal que se fez.
Os Espíritos exercem no
mundo moral e mesmo no
mundo físico, uma ação
incessante; têm
influência sobre a
Matéria e sobre o
pensamento; constituem
uma das potências da
Natureza; causa
eficiente de grande
número de fenômenos
inexplicados e aos quais
só o Espiritismo dá
solução racional.
As relações dos
Espíritos com os homens
são constantes; os bons
nos induzem a praticar o
bem; e os maus a
praticar o mal.
Os Espíritos
manifestam-se
espontaneamente ou por
evocação.
Podemos evocar todos os
Espíritos, que são
atraídos na razão da sua
simpatia pela natureza
moral do meio que os
invoca.
A distinção entre os
bons e maus Espíritos,
não é tão fácil, mas
pelo estudo e
experiência se reconhece
e distingue uns dos
outros, como a árvore
pelos frutos.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXVI – Resumo dos
ensinos dos Espíritos.)
309. Quanto à moral, os
Espíritos afirmaram que
a Moral Espírita é a
Moral Cristã, resumida
na sentença: Faz aos
outros o que queres que
te façam; e não faças o
que não quiseres que te
façam. O Espiritismo é
Religião Divina, e o
ponto mais saliente e
básico da Doutrina é
DEUS, em seus infinitos
atributos; bom, eterno,
imutável, imaterial,
único, onipotente,
soberanamente justo e
sábio. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XXXVI
– Resumo dos ensinos dos
Espíritos.)
(Continua no próximo
número.)
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