
Como foi a passagem de
Divaldo Franco por Foz
do Iguaçu e Cascavel
Um público numeroso, em
ambas as cidades,
assistiu às conferências
proferidas pelo
conhecido orador
Divaldo Franco, após
atividades múltiplas de
que participou em
Brasília (DF) nos dias 7
e 8 de novembro,
desembarcou em Foz do
Iguaçu (PR) para
proferir uma conferência
no Centro de Convenções
do Hotel Recanto
Cataratas, fato que se
ocorreu no dia 9 de
novembro, às 20h. O tema
foi “O sofrimento
perante o Espiritismo”.
O evento foi promovido
pela 13ª URE - União
Regional Espírita, como
sede em Foz do Iguaçu,
com apoio da Federação
Espírita do Paraná (FEP).
Formando a mesa diretiva
estavam presentes as
seguintes personalidades
do movimento espírita
paranaense: Luiz
Henrique da Silva,
presidente da FEP;
Lincoln Barros de Souza,
presidente da 13ª URE,
anfitrião; Claudemir
Desto, presidente da 10ª
URE; Tânia Maria Weber,
presidente do Centro
Espírita Paz, Amor e
Caridade, de Foz do
Iguaçu, instituição
fundada em 6 de janeiro
de 1922, representando
as demais casas da
região; Sóstenes
Carvalho Cornélio,
Conselheiro da FEP, e
Divaldo Pereira Franco,
conferencista.
Entre as mais de duas
mil e quinhentas pessoas
presentes se encontrava
uma caravana de quase
setenta participantes de
espíritas do Paraguai.
O médium, educador e
orador espírita Divaldo
Franco, de renome
nacional e
internacional, abordando
o atualíssimo tema,
principalmente pelo
momento conturbado por
que passam o Bra- |
 |
Divaldo
na
tribuna
em Foz
do
Iguaçu |
|
 |
Autógrafos
em Foz |
|
 |
Banca de
livros
em
Cascavel |
|
 |
Autógrafos
em
Cascavel |
|
sil e o mundo,
discorreu sobre
Mohandas
Karamchand
Gandhi, que
afirmara que se
um único homem
alcançasse a
mais elevada
qualidade de
amor seria capaz
de anular o ódio
de milhões. A
proposta de
Gandhi foi a do
amor, esse
sentimento que
ecoa na
intimidade do
ser humano. |
O amor é a solução para
as mazelas humanas
Albert Einstein,
matemático e físico,
afirmou em uma carta à
sua filha que a lei do
amor é a mais
extraordinária força que
o Universo conhece. Os
grandes sábios da
humanidade jamais
ousaram falar sobre o
amor, com exceção de
Moisés, que falou sobre
o amar a Deus e aos
pais. Mas Jesus, o maior
vulto da história da
humanidade, que dividiu
a História em antes e
depois Dele, falou e
exercitou o amor como
ninguém e é, por isso
mesmo, considerado por
Hanna Wolff como o maior
psicoterapeuta que a
humanidade já conheceu.
Discorrendo sobre as
qualidades do amor, O
Semeador de Estrelas
afirmou, com base em
estudos, que quem ama
não adoece, pode sofrer
acidentes biológicos, ou
problemáticas de saúde,
porém não é doente. Ter
doença é um fenômeno
normal, ser doente é
patológico.
Fazendo uma análise
filosófica da criatura
humana, da evolução
antropológica,
apresentou as conclusões
do Dr. John B. Watson,
psicólogo, que afirma
que a primeira emoção do
ser humano foi o medo,
há aproximadamente cem
mil anos; a segunda, a
ira; e a terceira
emoção, o amor,
desenvolvida bem mais
tarde na caminhada
evolutiva do homem na
face da Terra.
Apresentando
ligeiramente o
pensamento dos filósofos
pré-socráticos sobre a
vida e seus
desdobramentos e
indagações, Divaldo
discorreu também sobre
as formulações
socráticas do atomismo
grego, e assim, essas
duas correntes
influenciaram a vida de
muitos. Mais tarde,
Jesus apresentou a
proposta inigualável do
amor como a solução para
todo o mal, afirmando
que a criatura humana é
lucigênita. O amor é a
solução para as mazelas
humanas.
É necessário que cada um
comece a amar
O sofrimento existe
porque as criaturas
humanas fazem jus a ele
em virtude de seu
descumprimento dos
postulados divinos. De
acordo com Carl Gustav
Jung é necessário que o
ser humano atinja o
estado numinoso, a
plenitude. O sofrimento
é uma consequência do
não amor. É fundamental
que os indivíduos se
doem, que sejam
abnegados, solidários,
que desenvolvam a
compaixão e o sentimento
do perdão.
Com base no livro
Estes dias Tumultuosos,
do pastor anglicano, de
origem holandesa, Pierre
Van Paassen, Divaldo
Franco narrou a
instigante e comovente
história de Ugolin e sua
irmã, transcorrida na
Normandia e em Paris,
França. Essa fenomenal
história está registrada
no livro Divaldo
Franco e o Jovem,
cap. 7, 2ª ed., LEAL
Editora.
Com essa narrativa
Divaldo Franco
evidenciou que o
sofrimento acompanha o
ser humano que se afasta
da Lei de Amor. O
sofrimento é necessário
para que a criatura
humana possa transitar
do Ego ao Self, deixando
o orgulho para alcançar
a humildade, para
desenvolver a
solidariedade, a
compaixão. Este é o
momento do perdão. O
ódio é o vetor de
aniquilamento do ser
humano, destacou o
Arauto do Evangelho e da
Paz. A crise atual é
moral. É necessário que
cada um comece a amar. O
amor dulcifica quem ama.
Finalizando com o Poema
de Gratidão, de Amélia
Rodrigues, Divaldo
Franco foi efusivamente
aplaudido de pé. E, como
reconhecimento pela
magnífica conferência,
os aplausos se
estenderam por mais
alguns instantes.
O sofrimento é um
processo natural de
evolução da alma
Infatigável e
incansável, Divaldo
Franco, antes de se
deslocar para Cascavel,
para atender à próxima
atividade doutrinária,
concedeu duas
entrevistas nas
dependências do hotel
onde se encontrava
hospedado.
Para a Rádio Cultura de
Foz do Iguaçu, Divaldo
Franco falou sobre o
sofrimento, dizendo que
ele é um processo
natural de aprimoramento
da alma humana,
lapidador das emoções,
possibilitando a
purificação do ser
humano. O sofrimento,
explicou, é o resultado
dos hábitos que estão
contrários à Obra da
Criação. Discorreu,
também, sobre o Código
Penal da Vida Futura,
que se acha publicado na
obra básica do
Espiritismo, o livro
O Céu e o Inferno,
salientando que os atos
infelizes levam a
criatura humana ao
sofrimento. Inquirido
sobre seu ideal de vida,
disse que é o de
crescimento espiritual,
de coragem e de
manter-se jovem
mentalmente, expondo e
praticando os postulados
do Espiritismo, o que
lhe tem propiciado viver
em um estado de
plenitude.
Para a emissora de
televisão do SBT de Foz
do Iguaçu, discorreu
sobre as pessoas que se
consideram 100% boas,
que são aquelas que
dominam suas emoções e
desenvolvem um alto grau
de abnegação, elegendo o
bem-estar de seu
próximo. Sobre a
depressão, apresentando
estudos da Organização
Mundial de Saúde, disse
que é ela considerada,
na atualidade, uma
pandemia, e das mais
agressivas. Hoje os
indivíduos se envolvem
em situações
desafiadoras,
principalmente quando a
tecnologia, cada vez
mais avançada, apresenta
um alto grau de apelo ao
consumismo, o que tem
gerado muitas aflições e
desafios.
A verdadeira felicidade
é dar, e não reter
A depressão, disse, não
é uma doença, mas um
transtorno que o ser
humano experimenta.
Existem causas endógenas
– hereditariedade,
enfermidades
infectocontagiosas, com
suas sequelas – e as de
ordem exógenas, também
denominadas como eventos
da vida, tais como
culpa, depressão,
ansiedade, solidão,
perda do sentido
existencial, entre
outros.
O homem com o seu
comportamento cultural e
social, caracterizado
pelo individualismo,
pelo sexismo e pelo
consumismo, os
resultados esperados não
poderiam ser outros se
não aqueles degradantes
e funestos. Há, na
incidência da depressão,
também os fatores de
ordem espiritual: os
processos obsessivos.
Sempre muito jovial, uma
de suas características,
Divaldo Franco discorreu
sobre a lei de causa e
efeito, a violência
experimentada pela
humanidade terrestre na
atualidade, dizendo que
uma sociedade educada
para desenvolver
caracteres morais e
éticos e de respeito aos
códigos de uma saudável
convivência alcançaria
um estado de paz. A
missão do homem na Terra
é amar, tudo e todos. A
verdadeira felicidade é
dar, e não reter. O amor
é um sentimento que
transcende o indivíduo,
e nesse contexto todos
possuem tarefas a
cumprir. Finalizando,
afirmou que encontrar a
paz é encontrar e
desenvolver a beleza
interna, comprazendo-se
no estado de paz. A
grande proposta é
conhecer-se a si mesmo.
O homem ainda não se
encontrou a si mesmo
No dia 10 de novembro,
no agradável salão do
Tuiuti Esporte Clube,
Divaldo Franco, educador
por excelência, proferiu
uma conferência para
mais de duas mil e
duzentas pessoas,
promovida pela União
Regional Espírita – 10ª
Região em parceria com a
Federação Espírita do
Paraná (FEP), expondo
sobre a felicidade.
Compondo a mesa diretiva
estavam as seguintes
lideranças espíritas:
Luiz Henrique da Silva,
presidente da FEP;
Claudemir Desto,
presidente da 10ª URE,
anfitrião; Lincoln
Barros de Souza,
presidente da 13ª URE;
Vânia Maria de Souza,
Conselheira da FEP;
Adorinan Balbino
Siqueira, presidente da
17ª URE; Milciades
Lezcano, presidente da
Federação Espírita do
Paraguai, e Divaldo
Pereira Franco, orador.
O Embaixador da Paz no
Mundo fez um apanhado da
História do progresso da
Humanidade a partir do
Século XVII, quando
experimentou uma
revolução de natureza
científica. Discorreu
sobre as conclusões a
que chegaram vários
pensadores e filósofos e
suas correntes de
pensamento, afirmando
que a ciência foi capaz
de grandes feitos, porém
o homem ainda não se
encontrou a si mesmo,
não progredindo tanto
quanto seria possível no
campo da moralidade e da
ética, inclinando-se ao
materialismo e
caracterizando-se pelo
individualismo, pelo
sexismo e pelo
consumismo.
Como consequência,
segundo a Organização
das Nações Unidas para
Alimentação e
Agricultura (FAO), cerca
de oitocentos milhões de
pessoas morrerão de fome
ao longo dos próximos
dez anos. Somente na
África uma criança morre
de fome a cada segundo.
A vida para ser digna
deve ter um sentido
Apresentando informações
sobre a vida espiritual,
Divaldo Franco narrou as
ocorrências vivenciadas
pelo Dr. Eben Alexander
III, neurocirurgião,
autor das obras O Céu
Existe e O Mapa
do Céu, entre
outras, em que afirma
que a vida após a morte
é uma realidade. Após um
evento de saúde,
provocado por uma
meningite, em que
permaneceu em coma por
uma semana, ele retornou
à lucidez, afirmando que
permanecera naquele
período fora do corpo,
tendo uma experiência de
quase morte (EQM). Em
seus estudos, e tendo
sido materialista,
comprovou que a
consciência é
independente do cérebro,
que a morte é uma
ilusão, e que uma
eternidade de perfeito
esplendor aguarda os
indivíduos no
além-túmulo, divulgando
a vida espiritual e
desmentindo o
materialismo.
Na atualidade, afirmou o
Semeador de Estrelas, as
dores cavalgam o dorso
dos indivíduos, visto
que as conquistas
intelectuais não foram
acompanhadas pelas de
ordem moral. Nas
palavras de Victor
Frankl, a vida para ser
digna deve ter um
sentido, uma meta.
Quando falta esse
sentido, a criatura
humana se deprime. A
meta de cada indivíduo é
alcançar a felicidade
através do
estabelecimento de um
sentido para a vida.
Jesus, o magistral
Mestre, ensinou que os
indivíduos deveriam
amar-se uns aos outros,
como Ele nos havia
amado. Aí está o grande
sentido da vida, o amor.
E o exercício desse
amor, de acordo com o
Espiritismo, é a
caridade.
“Ama incondicionalmente
e serás feliz”
Em muitos momentos
Divaldo conduziu o
público para estados de
descontração, levando-o
ao exercício do riso. O
exercício do amor é dar
ao outro o direito de
ser como é, e aquele que
ama deve se tornar
melhor do que era antes.
O Espiritismo
proporciona aos
indivíduos metas de
vida. Metas que dão um
sentido à vida. A
felicidade é, também, a
crença na imortalidade
da alma. O Paulo de
Tarso dos dias atuais
enfatizou que o grande
sentido da vida é amar.
Quem ama é infinitamente
feliz. Incentivou a cada
um a exercitar o amor
com quem está dentro do
próprio lar. “Ama
incondicionalmente e
serás feliz”, asseverou
o dedicado e sábio
orador. Ter inimigos não
é importante, o
importante é não ser
inimigo de ninguém,
afirmou Divaldo.
Concluída essa etapa em
terras paranaenses,
Divaldo Franco viajou
para Caxias do Sul, no
Rio Grande do Sul, onde
cumpriria uma série de
compromissos de ordem
doutrinária.
Nota do autor:
As fotos que ilustram
esta reportagem são de
Jorge Moehlecke.
|