Se eu desencarnar, farei
falta ao centro espírita
onde trabalho?
Há alguns anos fiz uma
reflexão para saber se
estou fazendo caridade e
para quem eu faço essa
caridade. Iniciei com
pergunta simples: Se eu
desencarnar hoje, o
Movimento Espírita
nacional sofrerá algum
abalo?
Naturalmente não.
Prossegui: Se eu
desencarnar hoje, o
Movimento Espírita do
estado onde resido
sofrerá algum abalo?
Também não.
E a cidade onde moro,
será que terá algum
impacto no Movimento
Espírita da cidade onde
moro?
Evidentemente que não.
E quanto ao centro
espírita onde milito.
Será que as atividades
sofrerão com a minha
ausência?
E a conclusão foi a
mesma das respostas
anteriores, ou seja,
não.
Todo esse trabalho
prosseguirá se
realizando com ou sem a
minha presença.
Portanto, se há alguém
beneficiado nisso tudo,
sou eu. Se faço algo, é
para mim. O que ocorre
é que, de uma ou outra
forma, as pessoas se
beneficiam do bem que
fazemos a nós mesmos.
Exato, porque investir
nosso precioso tempo nas
atividades edificantes
realizadas pelas
instituições espíritas é
um bem que é feito a nós
mesmos. É, digamos, a
autocaridade.
E a ideia acima modifica
nossa visão de caridade
e, também, do trabalho
desenvolvido no centro
espírita.
Percebemos que não é o
centro espírita que
necessita de nós, de
nosso empenho, mas o
contrário. Somos nós
que, para nosso
equilíbrio, necessitamos
das atividades que o
centro espírita
disponibiliza.
O centro espírita é quem
nos dá a chance sublime
de trabalhar no plantio
do bem. É o centro
espírita nosso grande
empregador para que
enriqueçamos nosso
Espírito.
Isso nos dá oportunidade
de desenvolver em nós a
humildade. Humildade
que, aliás, era uma
característica de Allan
Kardec.
O Codificador chegou a
questionar os Espíritos
sobre falhar em sua
missão. Os missionários
de Jesus responderam que
o professor Rivail não
era insubstituível, e
que outro realizaria a
sublime tarefa, caso
Kardec falhasse. Não foi
o caso, Kardec venceu.
Mas, observe o caro
leitor, a humildade do
codificador em perguntar
sobre uma possível falha
de sua parte.
Em realidade estamos
todos por esses mundos
de Deus aprendendo que,
ao servir, somos os
primeiros beneficiados.
Por isso, proponho uma
reflexão:
Você já agradeceu às
pessoas que teve
oportunidade de ajudar?
Já agradeceu aos
fundadores das
instituições que nos dão
emprego no campo do bem?
Em realidade todas as
vezes que, de alguma
forma somos úteis,
devemos elevar nosso
preito de gratidão a
quem servimos.
Por quê?
Porque são essas pessoas
que nos dão emprego no
bem. Quando somos úteis,
quando servimos alguém,
lembremos que o
agradecimento deve ser
nosso e não do outro.
Além de colocar justiça,
porque nos dá a
oportunidade de servir,
livra-nos da amargura de
ficar esperando um
obrigado ou
reconhecimento.
O mesmo ocorre com as
instituições espíritas:
São elas que nos
proporcionam trabalho e
oportunidade de servir.
Agradeçamos, pois...