Médiuns e
Mediunidade
Cairbar
Schutel
(Parte 19)
Damos sequência ao
estudo metódico e sequencial do livro
Médiuns e Mediunidade,
de autoria de
Cairbar Schutel,
publicado originalmente
em 1923 pela Casa
Editora O Clarim, de
Matão (SP). O estudo
baseia-se na 7ª edição
da obra, publicada em
1977.
Questões preliminares
A. O que o Espiritismo
nos fala sobre a vida?
Segundo os ensinamentos
espíritas, a vida é o
resultado de todos esses
movimentos que se
entrecruzam sob mil
ondulações, combinando
mil variedades de forças
e de coisas, desde o
diamante adormecido no
seio da mina, à planta
que se eleva sôfrega
para a luz, aos répteis
que rastejam, aos
pássaros que voam, aos
animais e aos homens. E
ela não se limita ao que
existe na Terra. Todos
esses movimentos, todas
essas ondulações se
exercem também nas
alturas, nos espaços,
nos céus do Universo
inteiro. Por toda a
parte está a vida, e até
na própria morte ela se
manifesta, porque a
morte não é mais que um
movimento de renovação,
de transformismo para a
perfeição. (Médiuns e
Mediunidade, cap.
XXXVIII – A vida e a
morte.)
B. Que agente é
indispensável à vida tal
qual a conhecemos?
O princípio vital. Na
Terra, a vida decorre da
união do princípio vital
à matéria organizada.
Sem esse agente a
matéria não pode viver,
desagrega-se e, pela
transformação, reúne-se
em outros corpos. É o
fluido vital que dá a
todas as partes do
organismo a atividade
que estabelece as
funções. Quando o fluido
vital se torna
insuficiente para a
manutenção do organismo,
vem a moléstia e depois
a morte. (Médiuns e
Mediunidade, cap.
XXXVIII – A vida e a
morte.)
C. É verdade que o
fluido vital pode ser
transmitido de uma
pessoa a outra?
Sim. O fluido vital pode
ser transmitido de um a
outro indivíduo, e, em
certos casos, reanimar
um organismo, prestes a
desaparecer. É
por meio dele que se
operam geralmente as
curas dos enfermos. Ele
é o elemento reparador e
vivificador dos corpos.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXVIII – A vida e
a morte.)
Texto para leitura
310. Sondando os
espaços, alguns
astrônomos acharam, na
distribuição dos corpos
celestes, lacunas não
justificadas e em
desacordo com as leis do
conjunto; suspeitaram
que essas lacunas deviam
ser preenchidas por
globos que lhes
escapavam às vistas. Por
outro lado, observaram
os efeitos cuja causa
lhes era desconhecida, e
disseram: "Ali deve
haver um mundo, pois
essa lacuna não pode
existir, estes efeitos
devem ter uma justa
causa." Julgando, então,
a causa pelo efeito,
puderam calcular os
elementos, e, mais
tarde, os fatos vieram
justificar as suas
previsões. (Médiuns e
Mediunidade, cap. XXXVII
– A escada de Jacó -
Evolução gradativa.)
311. Apliquemos este
raciocínio a outra ordem
de ideias. Observando-se
a série dos diversos
seres, vê-se que eles
formam uma cadeia sem
solução de continuidade,
desde o mais
insignificante animal
até ao homem mais
inteligente. Mas entre o
homem e Deus, que é o
alfa e o ômega de todas
as coisas, que imensa
lacuna se verifica!
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXVII – A escada
de Jacó - Evolução
gradativa.)
312. Será racional supor
que no homem se acabam
os elos dessa cadeia; e
crer que ele possa
transpor sem transição a
lacuna que o separa do
infinito? A razão nos
diz que entre o homem e
Deus devem existir
outros elos, assim como
essa razão revelou aos
astrônomos que entre os
mundos conhecidos outros
deveriam existir,
desconhecidos. Qual a
filosofia que haja
preenchido essa lacuna?
(Médiuns e
Mediunidade, cap. XXXVII
– A escada de Jacó -
Evolução gradativa.)
313. O Espiritismo no-la
mostra povoada pelos
seres das diversas
ordens do mundo
invisível, e esses seres
não são outras senão os
Espíritos dos homens
chegados a diferentes
graus da escala que
conduz à perfeição;
então tudo se liga, tudo
se encadeia, desde o
alfa até o ômega.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXVII – A escada
de Jacó - Evolução
gradativa.)
314. À evolução na Terra
segue a evolução nos
espaços, prosseguindo
indefinidamente, sempre
crescente em sabedoria,
poder e virtudes para o
gozo da verdadeira
felicidade na Vida
Eterna. Foi assim o
Sonho de Jacó, reclinado
sobre a Pedra de Betel,
quando em viagem para
casa de seu tio Labão.
(Médiuns e
Mediunidade, cap. XXXVII
– A escada de Jacó -
Evolução gradativa.)
315. O que é a vida? O
que é a morte? A vida é
o resultado de todos
esses movimentos que se
entrecruzam sob mil
ondulações, combinando
mil variedades de forças
e de coisas, desde o
diamante adormecido no
seio da mina, à planta
que se eleva sôfrega
para a luz, aos répteis
que rastejam, aos
pássaros que voam, aos
animais, aos homens,
crescidos na Terra, onde
a luz e o calor os
atrai; onde o magnetismo
os liga sob o dinamismo
das forças ativas da
Física e da Química,
onde permanecem sujeitos
a uma Vontade Toda
Poderosa. (Médiuns e
Mediunidade, cap.
XXXVIII – A vida e a
morte.)
316. A vida não se
limita, porém, ao que
existe na Terra,
acessível aos estreitos
sentidos humanos e aos
nossos mais
aperfeiçoados
instrumentos. Todos
esses movimentos, todas
essas ondulações se
exercem também nas
alturas, nos espaços,
nos céus do Universo
inteiro. Por toda a
parte está a vida, e até
na própria morte ela se
manifesta, porque a
morte não é mais que um
movimento de renovação,
de transformismo para a
perfeição. (Médiuns e
Mediunidade, cap.
XXXVIII – A vida e a
morte.)
317. A vida não é só o
que se percebe na Terra,
o que se revela pelo
microscópio; não é só o
que se mostra na
atmosfera; não é tudo o
que enche os mares, e
povoa os ares cem
germens invisíveis; não
é só o que se apresenta
no solo sob miríades de
espécies, vegetais e
animais, não é só a raça
humana com suas quedas e
ascensões. (Médiuns e
Mediunidade, cap.
XXXVIII – A vida e a
morte.)
318. A vida é a
permanência eterna dos
Espíritos modelando
todas as formas de
existências planetárias
e siderais, de posse da
força e da matéria para
a execução dos planos
divinos. A Vida está em
toda a parte; no Cosmos,
ela é a expansão da
Vontade de Deus, é a
ação poderosa do Criador
Supremo. (Médiuns e
Mediunidade, cap.
XXXVIII – A vida e a
morte.)
319. Na Terra, como
princípio de ciência, a
vida é a união do
princípio vital à
matéria organizada. Sem
esse agente a matéria
não pode viver,
desagrega-se e, pela
transformação, reúne-se
em outros corpos, que
dão a vida aos seres em
geral ou que lhe servem
de instrumentos.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXVIII – A vida e
a morte.)
320. O princípio vital
está sempre de acordo
com as espécies que
animaliza; ele tem a sua
fonte no fluido
universal e se constitui
no laço que une o corpo
ao Espírito. O
esgotamento, ou a
cessação do fluido
vital, no homem,
ocasiona o que chamamos
morte, ou seja, a
separação do Espírito do
corpo. (Médiuns e
Mediunidade, cap.
XXXVIII – A vida e a
morte.)
321. É o fluido vital
que dá a todas as partes
do organismo a atividade
que estabelece as
funções. Quando o fluido
vital se torna
insuficiente para a
manutenção do organismo,
vem a moléstia e a
morte. Mas esse fluido
pode ser transmitido de
um a outro indivíduo, e,
em certos casos,
reanimar um organismo,
prestes a desaparecer.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXVIII – A vida e
a morte.)
322. É por meio do
fluido vital que se
operam geralmente as
curas dos enfermos; ele
é o elemento reparador e
vivificador dos corpos.
(Médiuns e Mediunidade,
cap. XXXVIII – A vida e
a morte.)
(Continua no próximo
número.)
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