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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 9 - N° 445 - 20 de Dezembro de 2015
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Tormentos da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 11)

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.

Questões preliminares 

A. Como o Hospital fundado por Eurípedes Barsanulfo é dirigido?

A supervisão geral do Hospital é realizada por uma coligação constituída pelos diretores dos diversos Núcleos sob a presidência de Eurípedes Barsanulfo, o apóstolo sacramentano. Mas as decisões finais competem a Barsanulfo, o fundador da instituição. (Tormentos da Obsessão, cap. 6 – Informações preciosas.)

B. Qual o sentimento dominante entre os que ali trabalham?

É o sentimento de amor, que constitui o elo forte de vinculação entre todos. As decisões são tomadas sempre após diálogos construtivos e nunca vicejam no Nosocômio o melindre, a censura ou qualquer outra expressão perturbadora de comportamento, qual sucede nas diversas Entidades terrestres. O exemplo de engrandecimento moral e de abnegação, oferecido por Eurípedes, sensibiliza e dá segurança, por haver-se transformado no servidor de todos, ao invés de constranger os menos hábeis com as suas valiosas conquistas. (Tormentos da Obsessão, cap. 6 – Informações preciosas.)

C. Havia naquele momento internados no Nosocômio pessoas que fracassaram como médiuns?

Sim. Na unidade hospitalar a que Manoel P. de Miranda se refere estavam internados, naquele momento, cem pacientes, quarenta em boa fase de recuperação, com lucidez, e mais sessenta, que ainda experimentavam os tormentos que os assaltaram na etapa final, que lhes precedeu à desencarnação. Variavam os dramas de consciência, mas todos relacionados à conduta no exercício da mediunidade. Segundo Alberto, orientador do estágio de Manoel P. de Miranda, “é bem reduzido o número daqueles servidores que se desincumbem a contento desse ministério, quando o abraçam”. (Tormentos da Obsessão, cap. 6 – Informações preciosas.) 

Texto para leitura 

61. O sentimento de amor é lei no Nosocômio – Com jovialidade irradiante, o Dr. Inácio Ferreira recepcionou o autor desta obra, exteriorizando os júbilos que o invadiam, face à possibilidade de esclarecê-lo acerca das nobres atividades daquela Casa de Socorro. Inicialmente, ele disse que era responsável somente por um dos pavilhões que albergava médiuns e alguns outros equivocados, enquanto diversos trabalhadores se incumbiam de administrar outros setores que acolhiam diferentes ordens de portadores de alienações espirituais e que haviam fracassado no projeto reencarnacionista. A supervisão geral era realizada por uma coligação constituída pelos diretores dos diversos Núcleos sob a presidência de Barsanulfo, o apóstolo sacramentano, encarregado das decisões finais. Outrossim, lidadores da psiquiatria, que ali trabalhavam com terapias valiosas, ofereciam também seu contributo, na condição de responsáveis pelas clínicas, nas quais estagiavam. “Vige, em todos os momentos — expôs com delicadeza — o sentimento de amor, entre aqueles que ali laboramos, constituindo o elo forte de vinculação entre nós. As decisões são tomadas sempre após diálogos construtivos e nunca vicejam o melindre, a censura ou qualquer outra expressão perturbadora de comportamento, qual sucede nas diversas Entidades terrestres.” O exemplo de engrandecimento moral e de abnegação, oferecido por Eurípedes, sensibiliza e dá segurança, por haver-se transformado no servidor de todos, ao invés de constranger os menos hábeis com as suas valiosas conquistas. (Tormentos da Obsessão, cap. 6 – Informações preciosas.) 

62. Alberto, o novo companheiro de Manoel P. de Miranda – Na sequência, Dr. Inácio chamou, nominalmente, pelo interfone sobre a mesa, o orientador que acompanharia os trabalhos de Manoel P. de Miranda em seu estágio no Nosocômio. Deu entrada, então, na sala um homem de sessenta anos presumíveis, cordial e gentil, que atendia pelo nome de Alberto. Apresentados amavelmente pelo incansável diretor, este informou: “O caro Alberto aqui se encontra em ação, há mais de vinte anos, desde quando se despiu do corpo físico e foi recolhido carinhosamente, de imediato passando à condição de cooperador infatigável. Havendo exercido a mediunidade socorrista por quatro lustros em venerável Instituição Espírita, atravessou o portal do túmulo portando títulos de merecimento, que o credenciaram a tornar-se valioso auxiliar no despertamento de consciências em hibernação ou nubladas pelos fluidos tóxicos remanescentes das subjugações perversas de que foram vítimas. Ele terá expressivas experiências para repartir com o nosso querido estagiário”. Saindo da sala do diretor, e quando se encontravam no amplo corredor de acesso aos vários setores, Alberto informou, reportando-se à estrutura do hospital: “Utilizamo-nos durante o dia do máximo da luz natural do Sol, cuja intensidade é coada pelas lâminas especiais transparentes, que constituem grande parte do teto, ao mesmo tempo beneficiando a flora abundante que decora o imóvel, enquanto emana energias revigorantes. Mantemos todas as plantas vivas e evitamos colher as flores, a fim de que sejam mais duradouras nas suas hastes e se renovem com facilidade”. (Tormentos da Obsessão, cap. 6 – Informações preciosas.) 

63. O local parecia um Hotel de grande porte – Os blocos das enfermarias eram intercalados por áreas retangulares externas que davam ao ambiente um aspecto agradável, qual se fosse uma clínica especial, sem as características convencionais, frias e rígidas dos hospitais terrestres. A um observador menos cuidadoso, pareceria um Hotel de grande porte, reservado para o repouso de convalescentes. Notando a admiração de Miranda, Alberto aduziu: “Realmente, essa foi a preocupação dos construtores deste Nosocômio: retirar ao máximo qualquer motivo que induza à depressão ou à angústia, propondo bem-estar e recuperação. Igualmente, houve o cuidado de organizar um ambiente saudável sem os atavios que levam a devaneios e a reminiscências perturbadoras da caminhada terrestre..”. Ele explicou então que no primeiro piso estagiavam os pacientes melhorados, enquanto os mais aflitos e desesperados permaneciam no térreo e no piso inferior, onde identificavam paisagens menos belas, face ao estado de estremunhamento e perturbação em que se demoravam. Até ali, Manoel P. de Miranda não havia percebido que o pavilhão se erguia suavemente do solo, e que os pisos se destacavam com ligeira inclinação, diferindo das edificações a que se encontrava acostumado. (Tormentos da Obsessão, cap. 6 – Informações preciosas.) 

64. A unidade acolhia médiuns que haviam fracassado – Naquela unidade hospitalar estavam internados cem pacientes, aproximadamente quarenta em boa fase de recuperação, com lucidez, e mais sessenta, que ainda experimentavam os tormentos que os assaltaram na etapa final, que lhes precedeu à desencarnação. Variavam os dramas de consciência, todos porém, quase sempre vinculados à conduta, no exercício da mediunidade. Dando ênfase à informação, Alberto comentou: “A mediunidade é bênção, sob qualquer aspecto considerada, porque faculta a constatação da sobrevivência do Espírito à disjunção molecular, o que é fundamental para um comportamento compatível com os fatores que geram felicidade. Logo após, enseja oportunidades valiosas para o exercício da autoiluminação, pelas instruções de que o médium se faz portador, adotando-as, de início, para si mesmo, antes que para os outros. Por fim, podendo exercer uma forma de caridade especial, que é a de auxiliar no esclarecimento daqueles que se demoram na ignorância da sua realidade após a desencarnação, granjeando amigos e irmãos excepcionais, que se lhe incorporam à afetividade. A mediunidade, portanto, exercida com a lógica haurida na Codificação Kardequiana, constitui valioso patrimônio para a elevação e a paz. O médium, por isso mesmo, é donatário transitório de oportunidades ímpares para a plenitude, não se podendo permitir as leviandades de utilizar esse nobre recurso de maneira comprometedora, vulgar, insensata. Todo aquele que se facultar desvirtuar-lhe a finalidade nobre, qual acontece com qualquer faculdade física ou moral, sofrerá as inevitáveis consequências de que não se libertará com facilidade. No entanto, é bem reduzido o número daqueles servidores que se desincumbem a contento desse ministério, quando o abraçam”. (Tormentos da Obsessão, cap. 6 – Informações preciosas.)

65. Aprimorar-se mais, eis o que se espera do médium – Feita ligeira pausa, na qual parecia reflexionar com cuidado, Alberto prosseguiu: “Seria de pensar-se que essa concessão não deveria ser delegada àqueles que moralmente são débeis, mas somente a quem possuísse resistências contra o mal que nele mesmo reside. A questão, porém, não está bem colocada nesses termos. A Divindade faculta a todos os seres humanos ensejos incomuns, nas mais diversas áreas, para propiciar-lhes o progresso moral. Com a mediunidade não ocorre de forma diferente. Embora nem todos os indivíduos possuam faculdades ostensivas, que se expressem em forma sonambúlica ou inconsciente, quanto gostariam muitos, que justificam suas dúvidas por tomarem parte nas comunicações mais ou menos lúcidas na área da consciência, o fenômeno é bem caracterizado, oferecendo fatores para avaliação equilibrada de quem se empenhe em realizá-lo. À medida que o seu exercício se faz equilibrado, sistemático, ordeiro, surgem melhores possibilidades para o intercâmbio, ampliando os recursos do medianeiro, que deverá aprimorar-se mais, ante o estímulo de que se vê objeto. Todos sabemos, quando portadores de algum senso e consciência, que as faculdades genésicas têm finalidade específica, proporcionando a procriação, e, para tanto, ensejando o prazer que leva ao êxtase. Não obstante esse conhecimento, a utilização do sexo se transformou em um mercado de sensações, sem qualquer sentido afetivo ou de intercâmbio emocional”. (Tormentos da Obsessão, cap. 6 – Informações preciosas.) (Continua no próximo número.)


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita