História talvez única nos
anais da Justiça brasileira
foi aquela ocorrida em
Goiânia, Goiás, em julho de
1979. Se necessitássemos de
um título fantástico, com
uns toques à la Gabriel
García Márquez, não
hesitaríamos em optar por
A Incrível História de um
Réu Absolvido pela Mensagem
de um Morto.
O caso começou três anos
antes, quando, sem qualquer
motivo, um estudante de 18
anos assassinou seu melhor
amigo. O crime provocou
polêmica. Parecia a todos
bárbaro e frio. O assassino,
porém, jurava sua absoluta
inocência. Era primário. E
sempre fora um jovem de boa
conduta.
Para complicar as coisas, o
crime ocorrera sem
testemunhas. Afinal,
marcou-se a data do
julgamento. Nesse
entretempo, chegou ao juiz
encarregado do processo uma
mensagem psicografada por
Chico Xavier. Nela, o rapaz
assassinado, Maurício Garcez
Henrique, isentava o amigo
de qualquer culpa. O disparo
fora acidental. E os dados
eram tão precisos, com
detalhes tão irrefutáveis,
que o juiz absolveu o réu,
numa decisão inédita no país
– e talvez até no mundo.
Texto extraído do livro
“Chico Xavier por ele
mesmo”, organizado por Stig
Roland Ibsen e editado pela
Editora Martin Claret, São
Paulo.
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