A Vida no Outro Mundo
Cairbar
Schutel
Parte 3
Continuamos nesta edição
o estudo metódico e
sequencial do livro A
Vida no Outro Mundo,
de autoria de Cairbar
Schutel, publicado
originalmente em 1932
pela Casa Editora O
Clarim, de Matão (SP).
Questões preliminares
A. Que concepção acerca
da alma era admitida
pelas Escolas de Leucipo
e Epicuro?
Ambas admitiam a alma,
mas entendiam que ela se
compunha de átomos que
se desagregavam e era,
portanto, incapaz de
sobreviver à morte do
corpo. Essa ideia,
mais tarde apresentada
com modificações
sucessivas por Locke,
Condillac, Helvetius e
Holback, degenerou em
absoluto negativismo,
proclamando a Escola
Materialista o seguinte
"artigo de fé": "Somente
no organismo humano a
matéria pode sentir e
perceber". Mais tarde,
Haeckel diria: "a alma,
isto é, a atividade
espiritual, nada mais é
que uma função
fisiológica, produto de
fenômenos mecânicos".
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. III – Em Busca da
Verdade.)
B. Que contribuição no
tocante ao conceito de
alma devemos às
manifestações
paranormais?
De ordem extrafísica, as
manifestações
paranormais, submetidas
ao método experimental,
vieram proclamar o
estabelecimento
definitivo da alma como
fator do organismo
corpóreo, sua
preexistência ao
nascimento do corpo e
sua sobrevivência à
morte deste. (A Vida
no Outro Mundo – Cap.
III – Em Busca da
Verdade.)
C. Com o Espiritismo se
ampliou o conhecimento
que temos acerca da
alma?
Sim. O Espiritismo
mostra-nos que, no
homem, a aliança dos
dois elementos – alma e
corpo – intimamente
unidos, reagem um sobre
o outro, como o prova o
testemunho diário dos
sentidos e da
consciência. A Teoria
Espírita, trazendo uma
nova ideia da alma,
estendeu a sua ação
ligando os dois mundos,
o mundo da vida corpórea
e o mundo da vida
espiritual, facilitando,
assim, a solução do
grande problema do
"ser", com os seus
princípios de evolução
entrevistos por Darwin,
Lamarck e Haeckel, mas
infundindo nas
concepções
evolucionistas o
Espírito, sem o qual não
poderão prevalecer.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. III – Em Busca da
Verdade.)
Texto para leitura
32. Em todos os tempos,
ilustres pensadores e
grandes filósofos têm
dedicado vidas inteiras
para solucionar o
problema da vida.
Infelizmente, porém, as
suas pesquisas não
ultrapassaram os limites
corporais, deixando de
lado os fenômenos
psíquicos, que
atribuíram, na maioria
das vezes, a causas
sobrenaturais e
miraculosas. (A Vida
no Outro Mundo – Cap.
III – Em Busca da
Verdade.)
33. O problema anímico
aparecia coberto de
sombras aos estudiosos,
que baseavam suas
perquirições em torno do
homem no pressuposto de
que ele era uma alma
criada juntamente com o
corpo. As Escolas de
Leucipo e de Epicuro,
por exemplo, admitiam a
alma; mas diziam que ela
se compunha de átomos
que se desagregavam e
era, portanto, incapaz
de sobreviver à morte do
corpo. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. III –
Em Busca da Verdade.)
34. Essa ideia, mais
tarde apresentada com
modificações sucessivas
por Locke, Condillac,
Helvetius e Holback,
degenerou em absoluto
negativismo, proclamando
a Escola Materialista o
seguinte "artigo de fé":
"Somente no organismo
humano a matéria pode
sentir e perceber".
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. III – Em Busca da
Verdade.)
35. Foi também essa a
divisa adotada por
Molleschot, Buchner,
Karl Vogt, Broussais,
Haeckel e outros
príncipes da Ciência,
aplaudidos pelos homens
mais eminentes do
século. Karl Vogt
afirmava: "o pensamento
é uma secreção do
cérebro", e
acrescentava: "as leis
da Natureza são
inflexíveis, não
conhecem moral nem
bondade". Haeckel dizia:
"a alma, isto é, a
atividade espiritual,
nada mais é que uma
função fisiológica,
produto de fenômenos
mecânicos". (A Vida
no Outro Mundo – Cap.
III – Em Busca da
Verdade.)
36. Parece ser ainda
corrente entre os sábios
oficiais e seus adeptos
que a "consciência é
determinada pelos
elementos constitutivos
do sangue e as obras da
virtude e do gênio não
passam de uma questão de
hereditariedade, ou
seja, o resultado da
física e da química dos
corpos". Foi o que levou
um ateísta a dizer que o
homem não passa de um
oxinitrocarbureto de
hidrogênio coloidal, e
nada mais existe nele a
não ser matéria. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. III – Em Busca da
Verdade.)
37. As doutrinas
espiritualistas de
Aristóteles, de São
Tomás de Aquino, de
Descartes, que brilharam
com verdadeiro fulgor,
secundadas pelas de
Jouffroy, Cousin,
Villemain, e que, no
terreno filosófico,
demonstraram a
existência e
imortalidade da alma,
não conseguiram,
entretanto, deter a onda
dos nihilistas, que se
avolumava cada dia mais.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. III – Em Busca da
Verdade.)
38. A velha concepção da
alma não dava lugar a
provas positivas, disso
resultando, não só entre
os materialistas que
negavam, como entre os
espiritualistas, a
adoção de um panteísmo
comodista, que fazia
estes cuidarem somente
da vida corporal em
detrimento da vida
espiritual, e do
presente, com exclusão
do futuro. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. III –
Em Busca da Verdade.)
39. Com efeito, perdida
a orientação da vida,
limitado o espírito às
coisas materiais, sem
esperança de uma vida
melhor, a sociedade
teria forçosamente de
precipitar-se num
abismo, onde nenhuma
aquisição duradoura lhe
poderia melhorar a
situação. A Razão,
desvirtuada dos seus
princípios, não pode
permanecer ao lado da
Moral da Ciência. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. III – Em Busca da
Verdade.)
40. Foi em tais
circunstâncias que se
fizeram sentir, em nosso
planeta, as
manifestações
paranormais, de ordem
extrafísica, que
haveriam de, submetidas
ao método experimental,
proclamar o
estabelecimento
definitivo da alma como
fator do organismo
corpóreo, sua
preexistência ao
nascimento do corpo e
sua sobrevivência à
morte deste. (A Vida
no Outro Mundo – Cap.
III – Em Busca da
Verdade.)
41. O Espiritismo
mostra-nos que, no
homem, a aliança dos
dois elementos – alma e
corpo – intimamente
unidos, reagem um sobre
o outro, como o prova o
testemunho diário dos
sentidos e da
consciência; e tem por
intermediário o
invólucro semimaterial
da alma, que Allan
Kardec houve por bem
denominar perispírito,
elemento esse já
previsto pelo Apóstolo
Paulo, que o chamou
corpo espiritual, e pelo
inglês Cudworth, que o
intitulou mediador
plástico. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. III –
Em Busca da Verdade.)
42. A Teoria Espírita,
trazendo uma nova ideia
da alma, estendeu a sua
ação ligando os dois
mundos, o mundo da vida
corpórea e o mundo da
vida espiritual,
facilitando, assim, a
solução do grande
problema do "ser", com
os seus princípios de
evolução entrevistos por
Darwin, Lamarck e
Haeckel, mas infundindo
nas concepções
evolucionistas o
Espírito, sem o qual não
poderão prevalecer.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. III – Em Busca da
Verdade.)
43. Com a inestimável
contribuição que o
Espiritismo a todos
proporciona, livre das
injunções do feudalismo
intelectual, todos os
homens de boa vontade,
num esforço supremo para
sua melhoria, podem e
devem abordar, agora,
com orientação mais
firme, aquilo que,
antigamente, era
privilégio dos sábios e
sacerdotes. (A Vida
no Outro Mundo – Cap.
III – Em Busca da
Verdade.)
44. Favorecidos pelos
fenômenos psíquicos,
pela evocação dos
Espíritos e suas
manifestações,
auxiliados por uma
enorme biblioteca de
obras que tratam do
assunto, muito fácil
será ao homem de boa
vontade encontrar a
Verdade fora das
academias e das
religiões sectárias que
têm retardado o
progresso humano. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. III – Em Busca da
Verdade.)
(Continua no próximo
número.)
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