Eis a resposta de Chico
Xavier ao repórter Saulo
Gomes, durante o programa
Pinga Fogo, exibido ao vivo
pela TV Tupi de São Paulo,
na noite de 28 de julho de
1971:
Saulo Gomes — O Luiz
Lopes, que é o nosso
companheiro da TV Globo,
formula esta pergunta: Nossa
humanidade assiste neste
momento a mais um lance
dramático da corrida
espacial ”Apolo 15”, que se
encaminha para a Lua.
Acreditam os mestres
espirituais de Chico Xavier
que ainda em nossa atual
civilização o homem poderá
entrar em contato com
civilizações de outros
planetas?
Chico Xavier —
Estamos subordinando a
resposta ao mesmo critério
com que foi estruturada a
informação para a nossa
estimada entrevistadora que
falou sobre a nova era. Se
não entrarmos numa guerra de
extermínio nos próximos 50
anos, então nós podemos
esperar realizações
extraordinárias da ciência
humana partindo da Lua.
Então diz o nosso Emmanuel,
que está presente, que
quando Cristóvão Colombo
perambulava pelas cortes
europeias, pedindo socorro
para descobrir um caminho
mais fácil para as Índias,
muita gente considerou o
programa dele como
absolutamente inútil para a
humanidade, que aquilo era
uma despesa absolutamente
inócua e que iria pesar
demasiadamente no orçamento
de qualquer povo, até que
ele conseguisse o apoio de
Fernando e Isabel, os então
soberanos de Castela. Mas
nós hoje sabemos, depois de
quase cinco séculos, qual a
importância do feito. Então
nós não podemos, também,
acusar os nossos irmãos que
estão se dirigindo à Lua
para pesquisas que devem ser
consideradas da máxima
importância para o nosso
progresso futuro, porque as
despesas efetuadas com isso
serão naturalmente
compensadas, talvez com a
tranquilidade para uma
sociedade mais pacífica na
Terra, porque se não
entrarmos, por exemplo, num
conflito de proporções
imensas, então na Lua é
possível que o homem
construa as cidades de
vidro, as cidades-estufas,
onde cientistas possam
estabelecer pontos de apoio
para observação da nossa
Galáxia. Essas cidades não
são sonhos da Ciência, essas
cidades, naturalmente com
muito sacrifício da
humanidade terrestre, podem
ser feitas e provavelmente —
vamos dizer — vai se obter
azoto e oxigênio e usinas de
alumínio e formações de
vidro e matéria plástica na
própria Lua para a
construção desses redutos,
produtos da ciência
terrestre e provavelmente a
água fornecida pelo próprio
solo lunar. Então, teremos,
quem sabe, a possibilidade
de entrar em contato com
outras comunidades da nossa
Galáxia. Então vamos,
definitivamente, encerrar o
período bélico na evolução
dos povos terrestres, porque
nós vamos compreender que
fazemos parte de uma só
família universal, que não
somos o único mundo criado
por Deus. O próprio Jesus a
quem reverenciamos como
Nosso Senhor e Mestre,
disse: ”Há muitas moradas na
casa de meu pai”. Portanto,
nós precisamos prestigiar a
paz dos povos, a
tranquilidade de todos com o
respeito de todos, com a
veneração máxima pela
Ciência para que nós
possamos auferir esses
benefícios num futuro talvez
mais próximo do que remoto,
se nós fizermos por merecer.
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