Divaldo Franco: “As
dores são processos de
purificação”
Um
público numeroso
assistiu à exposição
feita por Divaldo
Franco, um dos destaques
do VI Congresso Espírita
Paraibano, realizado em
João Pessoa (PB)
Encerrando o VI
Congresso Espírita
Paraibano, que se
realizou em João Pessoa,
Paraíba, nos dias 8 a 10
de janeiro de 2016, o
médium e orador espírita
Divaldo Pereira Franco
ministrou o seminário “O
Despertar do Espírito”,
no Teatro A Pedra do
Reino, para mais de duas
mil pessoas. O evento
ocorreu na manhã do dia
10 e foi acompanhado na
internet por cerca de 35
mil pessoas, graças à
transmissão feita ao
vivo pela Web TV da FEB.
O seminário foi
constituído de dois
módulos e um intervalo.
Em sua exposição Divaldo
citou a obra "O
Cavaleiro da Armadura
Enferrujada", de autoria
de Robert Fisher, e
sugeriu a todos uma
“viagem” interior, em
busca da nossa
realidade. Referindo-se
a alguns conceitos da
Psicologia Analítica de
Carl Gustav Jung,
confrontou-os com os
grandes conflitos da
criatura humana, como o
inconsciente coletivo e
o individual, bem com os
arquétipos, conjuntos de
“imagens primordiais”
originadas de uma
repetição progressiva de
uma mesma experiência
durante muitas gerações,
armazenadas no
inconsciente coletivo.
Em seguida, ele analisou
a estória do Cavaleiro
da Armadura Enferrujada
de forma poética e com
extraordinária
capacidade de provocar
mudanças profundas em
nossas vidas, ao nos
revelar, de forma
simples, verdades de uma
sabedoria profunda. O
primeiro passo do
cavaleiro na sua viagem
iniciática e alquímica é
também o nosso primeiro
passo no caminho
misterioso da Verdade e
da Vida. Suscita a
expansão da nossa mente
e nos transforma,
libertando-nos do
egoísmo, das paixões e
de todas as barreiras
que nos impedem de nos
conhecermos e amarmos a
nós mesmos.
Na estória, o cavaleiro
mantém-se muito tempo
vestido com sua armadura
de ferro. Lutava contra
inimigos reais e
imaginários, salvando
donzelas mesmo quando
elas não queriam ser
resgatadas.
A viagem do cavaleiro é
a nossa própria viagem
O cavaleiro corria para
as Cruzadas e não parava
nunca. E, embora casado
com uma esposa fiel,
Juliet, e com um filho
de cabelos dourados,
Christopher, eles pouco
se viam. Quando
Christopher queria saber
como era o pai, Juliet o
mostrava em fotografias.
O cavaleiro começa,
então, a ter
dificuldades para comer,
beber e dar abraços por
causa da armadura.
Conversar com ele só era
possível através da
viseira fechada. Juliet
pede que ele remova a
armadura, ameaçando
afastar-se cada vez
mais. Mas tal não foi
fácil, pois a armadura
estava muito enferrujada
e nem mesmo o ferreiro o
conseguiu.
O cavaleiro resolve
afastar-se e faz uma
viagem, conhece outros
personagens, com os
quais se relaciona e que
o ajudam a refletir
sobre a própria
existência. É quando
descobre que tem que
atravessar uma trilha e
que vai se deparar com
três castelos: o do
silêncio, o do
conhecimento e o da
vontade e ousadia.
Precisou então viver um
pouco em cada um deles
para aprender as lições
e continuar sua viagem
em busca de sua
libertação.
Nessa busca ele procura
Merlin. Merlin é um
mago, profeta e
conselheiro do rei
Artur, criador da Távola
Redonda, símbolo dessa
parte boa que
encontramos no céu. Ele
lhe mostra que a vida
não é como a queremos,
mas a que já está
elaborada. O cavaleiro
vai então refletindo
sobre a própria vida,
conhecendo-se mais e
passa a mudar seus
pensamentos e
comportamentos e, com
isso, a armadura começa
a cair aos poucos de seu
corpo até que se vê
totalmente livre dela.
Divaldo esclareceu que a
viagem do cavaleiro é
também a nossa viagem em
busca do
autodescobrimento e de
autoiluminação,
libertando-nos das
máscaras, as personas a
que se referia Carl
Gustav Jung. Durante
nosso processo evolutivo
criamos tendências
negativas, mudamos nossa
própria natureza,
passamos a usar máscaras
que revelam a nossa
personalidade, tudo em
nome de convenções
sociais, egoísmos,
vaidades, ciúmes,
invejas. Dessa forma
perdemos a percepção de
nós mesmos e a
identidade com o nosso
ser profundo, com a
nossa realidade
espiritual.
O caminho da felicidade
está no Evangelho de
Jesus
Divaldo ensina que
precisamos todos fazer
essa viagem interior
para que nos desarmemos!
O conhecimento é a luz
através da qual
encontraremos nosso
caminho, porque somos
Espíritos imortais e a
grande dificuldade na
busca pela felicidade é
que a procuramos no
lugar errado. O caminho
da felicidade está no
Evangelho de Jesus e
precisamos amar,
vencendo os nossos medos
e dúvidas, livrando-nos
de todos esses venenos,
tirando o peso da culpa,
eliminando as nossas
imperfeições morais e
estabelecendo, assim, a
conexão entre o Ego e o
Self.
Divaldo menciona frases
que marcam nossos
corações como: ”A beleza
salva o mundo” (da obra
O Idiota, de
Dostoievski).
Não devemos temer ou ter
vergonha da beleza, da
gentileza, da suavidade,
da doçura e do amor.
Ninguém mais suave que
Jesus. A verdade é tão
grandiosa que Jesus
no-la deu por etapas,
por parábolas.
Lembremo-nos dos nossos
irmãos invisíveis. As
dores são processos de
purificação e não
processos punitivos. Se
sentirmos saudades, em
memória daqueles,
façamos aquilo que os
fariam felizes.
Divaldo encerrou o VI
Congresso Espírita
Paraibano parabenizando
a Federação Espírita
Paraibana pelo seu
centenário.
Incansável, o Semeador
de Estrelas retornou ao
palco do Teatro A Pedra
do Reino às 15h para
receber carinhosamente a
todos, que fizeram uma
fila interminável para
receber o autógrafo nas
obras do médium e tirar
fotos.
Depois disso ele ainda
presenteou o público com
mais uma brilhante e
bem-humorada palestra na
qual enfatizou a
necessidade de educarmos
nossas crianças,
dando-lhes amor e
exemplo e explicando
como surgiu A Mansão do
Caminho e também o
Movimento Você e a Paz,
que foi lançado
oficialmente na cidade
de João Pessoa. Concluiu
pedindo que comecemos a
trabalhar a paz em nós
mesmos, porque só assim
mudaremos o mundo!
|