A criação de Jesus
divinizado levou ao Deus
antropomorfizado
A nossa visão de Deus
está sempre avançando, à
proporção que vamos
evoluindo. E muitas
coisas que nos foram
ensinadas sobre as
religiões não cristãs
não são verdadeiras. Por
exemplo: é uma meia
verdade a afirmação de
que o politeísmo é uma
religião de vários
deuses, já que ele não
deixa de ser também, de
algum modo monoteísta,
pois ele crê que há um
chefe supremo dos seus
deuses, o Brâman, que
equivale ao Deus
verdadeiro e único do
monoteísmo. (1 Timóteo
2: 5). “Deus é o Pai dos
Espíritos” (Hebreus 12:
9), quer dizer, o chefão
dos Espíritos.
Os politeístas até
superam o monoteísmo dos
teólogos cristãos, que
pregam um único Deus
verdadeiro, o Pai, mas
eles complicaram as
coisas, pois criaram
três pessoas para Deus,
quando uma só já seria
demais! E os próprios
teólogos reconhecem que
a doutrina cristã
trinitária de três
pessoas divinas é mesmo
um mistério. E eles
julgaram que é Deus o
responsável por esse
mistério, como se fosse
Ele que o criou e
ensinou, quando na
verdade, tal mistério
foi imaginado e criado
pelos teólogos. Assim,
esse mistério é dos
teólogos e não de Deus!
E os teólogos ainda
divinizaram Jesus, no
Concílio Ecumênico de
Niceia (325), e depois,
o Espírito Santo,
ensinando que os dois
são iguais ao Deus Único
em onipotência,
onisciência,
onipresença, onividência
etc. Isso deixa o
cristianismo com uma
característica de
politeísmo, que não
iguala nenhum dos seus
vários deuses com o seu
Deus Único e chefe de
todos os demais deuses,
o qual é denominado pelo
bramanismo de Brâman,
que não deve ser
confundido com Brama.
O Deus verdadeiro e
Único, para o qual Jesus
orava e nos ensinou a
orar, e que o mesmo
Jesus chamou de Pai Dele
e de todos nós, é maior
do que Ele, segundo o
próprio Jesus (João 14:
28). Ora, se o Deus Pai
é maior do que Jesus
Cristo, o Deus Filho não
pode ser tão onipotente,
tão onisciente etc., tal
qual o Deus Único e
verdadeiro (1 Timóteo 2:
5). Sobre a doutrina do
Espírito Santo, que
respeito, nem vou falar
nada, a não ser que, na
Bíblia, o Espírito Santo
é uma espécie de
coletivo de todos os
Espíritos humanos
(Daniel 13: 45 da Bíblia
Católica). E “Nosso
corpo é santuário ‘de
um’ Espírito Santo”,
como está no original em
grego, e não “do”
Espírito Santo (1
Coríntios 6: 19).
Você, que me honra com
sua leitura, pode
discordar de mim, e eu
respeito o seu ponto de
vista e o de todos os
que pensam diferente de
mim. Mas numa coisa eu
creio que todos nós
concordamos: os teólogos
complicaram mesmo as
coisas, criando ideias
mitológicas a respeito
de Deus, as quais
constituem os maiores
erros que eles
cometeram.
O Judaísmo do Antigo
Testamento
antropomorfizou Deus,
confundindo-O com os
Espíritos manifestantes.
Isso influenciou os
teólogos do recém-criado
cristianismo, os quais
antropomorfizaram também
Deus. E o que mais pesou
nisso foi a divinização
de Jesus, o qual, temos
certeza de que era um
homem. E foi realmente
com essa divinização que
os teólogos abriram as
portas para que o Deus
cristão se
antropomorfizasse de
vez. Além disso, o
cristianismo tornou-se
realmente uma religião
de características meio
politeístas, embora os
seus teólogos sempre
tenham ensinado, com
insistência, que Deus é
um só!