A Vida no Outro Mundo
Cairbar
Schutel
Parte 9
Continuamos nesta edição
o estudo metódico e
sequencial do livro A
Vida no Outro Mundo,
de autoria de Cairbar
Schutel, publicado
originalmente em 1932
pela Casa Editora O
Clarim, de Matão (SP).
Questões preliminares
A. O perispírito só
entra em ação quando
unido ao corpo carnal?
Não. Ele é o conservador
da forma e do equilíbrio
vital da criatura
humana, mas continua em
ação mesmo quando advém
a morte corpórea e ele
se desembaraça do corpo
físico. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. IX -
O Perispírito e suas
Propriedades
Funcionais.)
B. Sem o perispírito, o
transformismo não
passaria de concepção
abstrata?
Evidentemente. Sem o
Espírito revestido do
respectivo invólucro – o
perispírito, – que
adquire propriedades
funcionais, à medida que
os seres passam,
gradativamente, do
animal inferior ao
homem, o transformismo
não passaria de
concepção abstrata, ao
passo que, com a ideia
do perispírito, tudo se
concilia e melhor se
esclarece, pondo nos
devidos termos a
explicação materialista
da hereditariedade,
influência do meio etc.
(A Vida no Outro
Mundo – Cap. IX - O
Perispírito e suas
Propriedades
Funcionais.)
C. Que esclarecimentos
nos vêm do conhecimento
do perispírito e de suas
propriedades?
São vários. O principal
é evidenciar que o
Espírito não é um
produto dos nervos e do
cérebro, pois preexiste,
sobrevive e manifesta-se
após a desagregação dos
órgãos físicos. O
perispírito envolve-o
durante a vida corpórea
e o individualiza após a
separação do corpo
material. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. IX -
O Perispírito e suas
Propriedades
Funcionais.)
Texto
para leitura
110. O perispírito é o
órgão por
excelência da alma. Ele
vem resolver todas as
dificuldades aparentes,
explicando perfeitamente
a vida. Só por ele a
memória pode ter
explicação razoável,
assim como todo o
movimento de agregação e
desagregação, de fluxo e
refluxo da matéria de
que é constituído o
corpo carnal, com a sua
organização e
reorganização de
tecidos. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. IX -
O Perispírito e suas
Propriedades
Funcionais.)
111. O perispírito é o
conservador da forma e
do equilíbrio vital; é
ele que mantém a
tonalidade do organismo,
além das propriedades
psíquicas que lhe são
peculiares. (A Vida
no Outro Mundo – Cap. IX
- O Perispírito e suas
Propriedades
Funcionais.)
112. O perispírito não
está em ação unicamente
quando unido ao corpo
carnal; mantém-se pronto
a funcionar logo que se
desembaraça do corpo
físico. Esta afirmação
nada tem de estranha,
quando consideramos a
vida do feto no seio
materno, onde é dotado
de todos os órgãos, sem
que, entretanto, se
utilize da maioria
deles. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. IX -
O Perispírito e suas
Propriedades
Funcionais.)
113. Inativos durante a
vida pré-natal, os
órgãos só começam a
funcionar no momento do
nascimento do ser, e sua
ação só se estabiliza
com o desenvolvimento
completo do indivíduo.
(A Vida no Outro
Mundo – Cap. IX - O
Perispírito e suas
Propriedades
Funcionais.)
114. Parece que a luta
pela existência é que
proporciona o
funcionamento dos órgãos
inativos, mas existentes
no seio materno.
Primeiro são os órgãos
vocais, depois os
visuais; o estômago
começa a trabalhar, os
pulmões a respirar; os
braços, as pernas e
assim por diante, até
que o cérebro entre em
vibrações para a rude
tarefa da vida em prol
da perfeição espiritual.
(A Vida no Outro
Mundo – Cap. IX - O
Perispírito e suas
Propriedades
Funcionais.)
115. Uma comparação bem
lembrada relativa ao
problema filosófico e
biológico, aplicável ao
perispírito, é a
metamorfose da lagarta.
Allan Kardec já se havia
utilizado dessa imagem
que, certamente, não
pode ser tomada ao pé da
letra, para dar uma
ideia do espírito
revestido do seu
invólucro corporal na
vida terrestre, e do seu
invólucro psíquico, na
vida futura: "a lagarta
encerrada na crisálida e
depois renascida como
borboleta, senhora dos
ares". (A Vida no
Outro Mundo – Cap. IX -
O Perispírito e suas
Propriedades
Funcionais.)
116. Essa analogia nos
faz lembrar a descrição
que o inglês-australiano
Sr. J. Brown fez, do que
vira sua filha, por
ocasião da morte de um
filho: Ao lado do leito
do moribundo, ela
descrevia a seu pai a
separação entre a alma e
o corpo, pouco mais ou
menos como o descreveu
Jackson Davis. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. IX - O Perispírito
e suas Propriedades
Funcionais.)
117. Sem o Espírito
revestido do respectivo
invólucro, que adquire
propriedades funcionais,
à medida que os seres
passam, gradativamente,
do animal inferior ao
homem, o transformismo
não passaria de
concepção abstrata, ao
passo que, com a ideia
do perispírito, tudo se
concilia e melhor se
esclarece, pondo nos
devidos termos a
explicação materialista
da hereditariedade,
influência do meio etc.
(A Vida no Outro
Mundo – Cap. IX - O
Perispírito e suas
Propriedades
Funcionais.)
118. O conhecimento do
perispírito vem, pois,
trazer-nos os seguintes
esclarecimentos:
1º) O Espírito não é um
produto dos nervos e do
cérebro, pois preexiste,
sobrevive e manifesta-se
após a desagregação dos
órgãos físicos;
2º) Possui um organismo
fluídico, que o envolve
durante a vida carnal e
o individualiza ainda
após a separação do
corpo material;
3º) Explica a
conservação do tipo
individual, apesar da
renovação incessante de
todas as moléculas;
4º) Explica a reparação
das partes lesadas;
5º) Explica o equilíbrio
das funções vitais
apesar da renovação das
células. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. IX -
O Perispírito e suas
Propriedades
Funcionais.)
119. Além de todas essas
considerações,
poderíamos acrescentar
que só com o auxílio do
perispírito se poderão
explicar as
manifestações do
inconsciente, tantas
vezes constatadas nas
sessões experimentais do
nosso tempo e por todos
os magnetizadores que
souberam penetrar nos
refolhos da psique
humana. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. IX -
O Perispírito e suas
Propriedades
Funcionais.)
(Continua no próximo
número.)
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