Parte do público presente

Os expositores convidados apresentaram sólidos conteúdos doutrinários, nos 45 minutos de cada uma das suas participações, no referido evento internacional. Representou o Brasil, Lincoln Barros de Sousa, presidente da 13ª URE – União Regional Espírita (com sede em Foz do Iguaçu/PR), braço unificacionista da FEP – Federação Espírita do Paraná.

De profissão administrador, Lincoln Barros é também membro do Conselho Federativo Estadual da FEP, presidente do Centro Espírita Servidores do Bem (SERBEM, de Foz do Iguaçu), tendo sido oportunamente cofundador do Centro Espírita Mensajeros de la Luz (Madri, Espanha, 1994) e do Centro de Estudios Espíritas Buena Nueva (Santiago de Chile, 1996).

Lincoln Barros de Sousa (foto) abordou o tema: Transición Planetaria, com base na obra homônima, ditada pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda, através do médium Divaldo Franco. Com base no cap. 13 do referido livro, e mencionando os ensinos do Dr. Artemio Guimarães, desenvolveu os elementos e o conceito da transição planetária, que já eram abordados há muito tempo, a fim de alertar e avisar à Humanidade da necessidade da transformação interior, sendo alguns desses antecedentes os seguintes: os profetas Isaías, Enoc e outros; Jesus, no Sermão profético (Mar-

cos, cap. 13); no Apocalipse de João (21:1-4); no Calendário Maia; pelo profeta Nostradamus; pelo médium Edgar Cayce (1877-1945), nos Estados Unidos, e pelo Codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, na extraordinária obra A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo (cap. XVIII: Os tempos são chegados). Citando o nobre Espírito Órion (que veio da constelação do Touro, particularmente de uma das Plêiades), o expositor apresentou também as grandes transformações que acontecerão em face das perturbações do orbe terrestre, que encontra-se em período de transição, de mundo de provas e expiações para mundo de regeneração.
 

Desenvolveu Aparicio Ortíz (foto) o assunto: La Casa Espírita, fundamentando-se no cap. nº 51 do livro Suave Luz nas Sombras, ditado pelo Espírito João Cléofas ao médium Divaldo Pereira Franco. Esse capítulo, intitulado: O Centro Espírita, «célula viva e pulsante onde se forjam caracteres», registra as funções principais da Casa Espírita na sua feição de: Escola (que se torna educandário, graças ao qual a instrução alarga-se, desde a geração de hábitos educativos, a fim de produzir  discípulos  conscientes  da  própria res-

sabilidade); de Oficina (onde se trabalham os sentimentos e se modelam os valores éticos, nas diretrizes que a caridade propõe como método depurativo e elevado); de Hospital (que enseja as mais exclusivas terapêuticas para alcançar as causas geradoras do sofrimento), e de Santuário (que se converte em altar de holocausto dos valores morais negativos e de soerguimento das virtudes). O Espírito João Cléofas conclui o capítulo da seguinte maneira: «O Centro Espírita é, portanto, a célula ideal para plasmar a comunidade dos homens felizes do amanhã, oferecendo-lhes o contributo do respeito e da fraternidade, da atenção e do bem».

Apresentou Nelson Lezcano Torres (foto) o tema: El Trabajador Espírita, baseando-se no cap. 20 da obra Vitória sobre a Depressão (pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo P. Franco). O mencionado capítulo, intitulado: O Trabalhador Espírita, trata do obreiro espiritista como servidor, na arte e na ciência de servir com alegria, primeiramente aprendendo a servir no Centro Espírita, cooperando em favor da iluminação das consciências e da expansão do bem em toda a Terra. Esse operário «descobre que no Centro Espírita encontra-se  a  sociedade

miniaturizada, uma célula de relevante significado, e tudo quanto ali seja realizado estará contribuindo em favor do conjunto humano fora das paredes em que se hospeda». «Esse treinamento beneficia-o no comportamento doméstico, tornando-o mais tolerante e afável, comunicativo e jovial, autorresponsável. [...] Lentamente, nesse indivíduo, nasce o trabalhador espírita». O Espírito Joanna de Ângelis reforça esse conceito ao registrar: «Desse modo, candidata-te, onde te encontres, ao serviço do Bem, na condição de trabalhador voluntário, esquecido das compensações terrestres e lembrado dos deveres que deves assumir em relação ao teu despertar de consciência espírita»
 

Enrique Baldovino (foto) abordou sinteticamente a obra: Perturbaciones Espirituales, baseada no livro Perturbações Espirituais, ditado pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda ao médium Divaldo Franco. No Prólogo do citado volume, Philomeno de Miranda (14/11/1876 – 14/07/1942), do qual, neste ano de 2016, comemoram-se 140 anos do seu nascimento, faz um ALERTA muito significativo: «Este livro é um breve relato em torno do intercâmbio entre as duas esferas da vida, especialmente cuidando das perturbações espirituais resultantes da su-

prema ignorância que se permitem Espíritos infelizes, na sua luta inglória contra o Mestre Jesus e Sua doutrina. De alguma forma, faz parte da série que iniciamos com o Transição planetária e o Amanhecer de uma era nova, abordando os desafios modernos em forma de obsessões coletivas e individuais, especialmente nas Sociedades Espíritas sérias dedicadas à renovação da sociedade [...]». «Desejamos com a presente obra alertar os companheiros inadvertidos ou descuidados dos deveres espirituais assumidos antes do renascimento carnal, quanto às suas responsabilidades morais na condição de trabalhadores da última hora, comprometidos com os benfeitores da Humanidade que neles confiam».
 

Expôs Milciades Lezcano o assunto: El Perdón de las Ofensas, com base no cap. X de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, itens 14 e 15 das Instruções dos Espíritos: Perdão das Ofensas. «Quantas vezes perdoarei a meu irmão? Perdoar-lhe-eis, não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes. Aí tendes um dos ensinos de Jesus que mais vos devem percutir a inteligência e mais alto falar ao coração». Milciades citou a obra Libertação pelo Amor, ditada pelo Espírito Joanna de Ângelis ao médium  Divaldo  Franco, que também registra   

ensinos muito significativos: «Perdoar não significa concordar com o ato infame nem com a pessoa desatinada. Constitui o ato de não revidar com o mesmo mal, aquele que lhe é dirigido, permanecendo em melhor situação emocional do que o seu antagonista e em paz» (cap. 9: Terapia do Perdão). O expositor concluiu o tema mencionando a referida Obra Básica, agora no seu capítulo XII: Amai os vossos inimigos, itens 3 e 4 (Retribuir o mal com o bem), que contem a segura explicação Kardequiana dos profundos ensinos de Jesus: «Amar os inimigos é não lhes guardar ódio, nem rancor, nem desejos de vingança; é perdoar-lhes, sem pensamento oculto e sem condições, o mal que nos causem».

Os expositores, ladeados pelos organizadores do evento