Em programa televisivo
adredemente preparado em
homenagem ao Chico Xavier
com a presença de vários
artistas da emissora,
destacamos uma questão
elaborada por Carlos Eduardo
Dolabella acerca do humor no
mundo espiritual.
Carlos: Chico, e os seus
amigos lá de cima, será que
têm momentos de humor?
Chico: Os nossos amigos
espirituais possuem os
momentos de humor onde a
gente observa com muito
interesse e com muita
alegria. O Dr. Bezerra de
Menezes foi médico na Terra,
um grande chefe político e
um espírita de grande
dignidade. Eu vou contar uma
historinha que aconteceu
comigo mesmo, há tempos. Ele
é sempre muito atento às
suas responsabilidades,
médico sempre interessado em
ajudar os enfermos e sempre
utilizou a prece e o
otimismo para o socorro aos
semelhantes em determinadas
orientações às pessoas
necessitadas.
Achava-me numa séria crise
de labirintite quando, ao
vê-lo junto de mim, pedi
quase desesperado: Dr.
Bezerra, rogo ao senhor que
me auxilie; eu estou
passando muito mal, com
muita dor, mas vou dizer ao
senhor, como gente eu não
estou pedindo, porque como
gente o senhor sabe que
estou sofrendo, agora peço
ao senhor na condição de
besta. Façamos de conta que
eu estou fazendo parte de
uma carroça de trabalho,
para mim preciosa, que é a
mediunidade. Eu preciso
voltar para a minha carroça,
doutor. Tem dó desta besta,
que sou eu, como pessoa
humana eu não mereço, mas
como besta eu quero
trabalhar. Tenha paciência,
me ajude.
Ele sorrindo disse: - “Como
besta? O que é então que eu
sou?” Eu falei: O senhor é
um veterinário de Deus.
Então, ele deu uma
gargalhada! Hahahaha...
Extraído do programa
“Sexta-Super” da TV Globo,
Rio de Janeiro, RJ, levado
ao ar na noite de 23/5/1980,
sob a direção de Augusto
César Vannucci e com o nome
de “Chico Xavier Especial”.
Transcrito do Anuário
Espírita 1981, Ed. IDE,
Araras, SP, pp. 142/150.
Do livro “Entender
conversando”, de
Emmanuel e Francisco Cândido
Xavier.
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