O Espiritismo é
o Consolador
mencionado por
Jesus
Graças ao
Codificador e à
“Espiritualidade
Maior”, o
Espiritismo é
reconhecido
pelos seus
adeptos como
sendo “O
Consolador que
Jesus prometera
enviar aos
homens”.
Baseando-se no
que o Divino
Galileu disse,
segundo consta
no Evangelho de
João, no
capítulo 14, nos
versículos de 15
a 17 e 26,
podemos ler o
seguinte texto:
“Se me amais,
guardai os meus
mandamentos. E
eu rogarei ao
Pai, e ele vos
dará outro
Consolador, para
que fique
convosco para
sempre; O
Espírito de
verdade, que o
mundo não pode
receber, porque
não o vê nem o
conhece; mas vós
o conheceis,
porque habita
convosco, e
estará em vós.
Mas aquele
Consolador, o
Espírito Santo,
que o Pai
enviará em meu
nome, esse vos
ensinará todas
as coisas, e vos
fará lembrar de
tudo quanto vos
tenho dito.”
E o tempo
passa...
Dezenove séculos
depois, nasceria
na cidade de
Lyon, França, um
bebezinho do
sexo masculino,
o qual seria
futuramente o
codificador do
Espiritismo, e
que chamara
“Hippolyte Léon
Denizard Rivail”
(1804-1869),
todavia, usara o
codinome de
“Allan Kardec”,
o qual é
conhecido e
respeitado
mundialmente,
justamente pela
grande e rápida
propagação da
Doutrina
Espírita.
Um de seus
livros,
intitulado “A
Gênese”, traz a
seguinte
revelação:
“O Espiritismo,
longe de negar
ou destruir o
Evangelho, vem,
ao contrário,
confirmar,
explicar e
desenvolver,
pelas novas leis
da Natureza, que
revela, tudo
quanto o Cristo
disse e fez;
elucida os
pontos obscuros
do ensino
cristão, de tal
sorte que
aqueles para
quem eram
ininteligíveis
certas partes do
Evangelho, ou
pareciam
inadmissíveis,
as compreendem e
admitem, sem
dificuldade, com
o auxílio desta
doutrina; veem
melhor o seu
alcance e podem
distinguir entre
a realidade e a
alegoria; o
Cristo lhes
parece maior: já
não é
simplesmente um
filósofo, é um
Messias divino.”
1
E logo após,
completa
dizendo:
“Demais, se se
considerar o
poder
moralizador do
Espiritismo,
pela finalidade
que assina a
todas as ações
da vida, por
tornar quase
tangíveis as
consequências do
bem e do mal,
pela força
moral, a coragem
e as consolações
que dá nas
aflições,
mediante
inalterável
confiança no
futuro, pela
ideia de ter
cada um perto de
si os seres a
quem amou, a
certeza de os
rever, a
possibilidade de
confabular com
eles; enfim,
pela certeza de
que tudo quanto
se fez, quanto
se adquiriu em
inteligência,
sabedoria,
moralidade, até
à última hora da
vida, não fica
perdido, que
tudo aproveita
ao adiantamento
do Espírito,
reconhece-se que
o Espiritismo
realiza todas as
promessas do
Cristo a
respeito do
Consolador
anunciado. Ora,
como é o
Espírito de
Verdade que
preside ao
grande movimento
da regeneração,
a promessa da
sua vinda se
acha por essa
forma cumprida,
porque, de fato,
é ele o
verdadeiro
Consolador.” 2
O Espiritismo,
como se sabe, é
uma doutrina
filosófica,
cujos
fundamentos
estão centrados
em fatos
concretos e leis
naturais ainda
desconhecidas,
ressaltando
disso o seu
aspecto
científico.
No entanto, essa
doutrina,
modificando
profundamente o
pensamento do
homem sobre a
sua natureza,
abrange todas as
questões morais
e sociais, bem
como as de
cunho
religioso.
Emmanuel, o
sábio mentor de
Chico Xavier, em
seu esclarecedor
livro “O
Consolador”, nos
relata que o
Espiritismo tem
um tríplice
aspecto, que é o
de ser, ao mesmo
tempo, Ciência,
Filosofia e
Religião.
Vejamos este
trecho:
“Podemos tomar o
Espiritismo,
simbolizado
desse modo, como
um triângulo de
forças
espirituais.
A Ciência e a
Filosofia
vinculam à Terra
essa figura
simbólica, porém
a Religião é o
ângulo divino
que a liga ao
céu”. 3
Equivocar-nos-íamos
enormemente se
pensássemos que
a tarefa do
Divino Rabi
fosse apenas
espalhar a Boa
Nova entre seus
iguais daquele
tempo, e não
para a
humanidade do
mundo inteiro e
de todas as
épocas. Ele, o
Mestre dos
Mestres, está
sempre atento em
relação aos
destinos
humanos, e sabe
que não seria
fácil para os
homens trilhar o
caminho da
evolução
espiritual, por
isso prometera
que enviaria
mais tarde um
Consolador, como
se viu no
Evangelho de
João, para
relembrar o que
dissera e nos
ensinar todas as
coisas que não
seriam
entendidas
naquela época.
Em outras
palavras:
futuramente, o
Cristo enviaria
para nós, seres
encarnados, um
Consolador, que
prometera
outrora, o qual
se tornaria a
terceira
revelação, que,
a nosso ver, não
é outra coisa
senão a Doutrina
codificada por
Kardec.
O Divino
Jardineiro não
poderia se
apresentar como
um ser
encarnado, pois
o corpo de carne
é perecível.
Lembremos suas
palavras: “e ele
vos dará outro
Consolador, para
que fique
convosco para
sempre” (João
14,16).
Vemos na
Doutrina
Espírita o
Consolador
prometido, pois
ela cumpre
aquilo que o
Sublime Nazareno
prometera, ou
seja, o
conhecimento que
faz que o homem
saiba de onde
vem, para onde
vai e por que
está neste
planeta; faz com
que a dureza das
provações seja
mais branda,
pois acende em
cada um a luz da
esperança; além
de despertar o
sentimento de
religiosidade
natural que abre
mão de dogmas,
templos e
hierarquias
sacerdotais,
fazendo com que
se dê mais
importância às
obras do que à
fé.
Uma das
principais
características
do Espiritismo é
que ele nos
aproxima do
Supremo
Arquiteto do
Universo, assim
como daquele que
é o seu maior
mensageiro aqui
na Terra: Jesus,
“O Cristo de
Deus”.
Seguindo estes
raciocínios,
perguntaremos a
todos:
Por que Deus,
que é
Onipotente,
Onisciente e
Onipresente,
Soberanamente
Justo e Bom,
enviaria a este
planeta um homem
apenas, para
esclarecer mais
de 7 bilhões de
seres humanos,
quando poderia
fazê-lo através
de “diversos
enviados de sua
parte”, para
confundir os
orgulhosos e
lembrar de
maneira mais
precisa que
somos todos
Espíritos em
trânsito para a
evolução?
O Espiritismo,
cumpre a
promessa de
Jesus, à medida
que: 1. Ensina
aos homens a
observância das
leis morais. 2.
Os faz
compreender o
que o Cristo
disse através de
parábolas. 3.
Vem nos abrir os
olhos e ouvidos,
porque nos fala
tudo clara e
logicamente. 4.
Levanta-nos o
véu do que está
sobre certos
mistérios. 5.
Consola aos
sofredores
dando-lhes uma
causa justa em
relação àquilo
que estão
passando.
O Mestre
Nazareno
disse-nos no
Evangelho: “Quem
tem ouvidos para
ouvir, ouça.”
Fica óbvio que
os viventes da
época de Jesus
não tinham a
mesma evolução;
assim se
justifica ele
não ter dito
tudo, preferindo
deixar certas
verdades na
sombra até que
os homens
estivessem
prontos para
compreendê-las.
Isto fica-nos
claro na
seguinte
passagem
bíblica: “Ainda
tenho muito que
vos dizer, mas
vós não o podeis
suportar agora.”
(João 16,12).
Para nós, esta é
uma prova
incontestável da
necessidade de
se aguardar a
evolução da
humanidade, a
fim de que ela
possa suportar e
entender certos
conteúdos que
não seriam
compreendidos na
época do
Cristo.
Segundo ele
mesmo declarou,
seus
ensinamentos
estavam
incompletos; e
mais ainda,
anunciava a
vinda daquele
que os deveria
completar,
dizendo-nos
também as
seguintes
palavras no
Evangelho de
Marcos: "Passará
o Céu e a Terra,
mas as minhas
palavras não
passarão.”
(Marcos 13,31).
Alguns pensam
que é uma
pretensão dos
que professam o
Espiritismo
conferir a ele o
título de
“Consolador”.
Entretanto, este
nos fornece
todas as
respostas que
tocam os nossos
corações,
consolando-nos e
preenchendo as
lacunas deixadas
pela cultura
humana.
A conclusão a
que chegamos é
que: se o
Espiritismo
cumpre tudo
aquilo que Jesus
nos prometeu, e
se além disso
ele nos mostra
de onde viemos,
para onde vamos,
o que estamos
fazendo na Terra
e como devemos
viver neste
planeta, não
pode ser
pretensão nossa
acreditar que a
religião
codificada por
Kardec é
realmente “o
Consolador
prometido pelo
Cristo”.
Mas se alguém
considerar que
seja mesmo uma
afirmação
pretensiosa,
então teremos
que também
considerar como
pretensão o fato
de Jesus ter
dito que ele era
“o caminho, a
verdade e a
vida”. (João
14,6).
Somente através
de uma reforma
íntima ampla e
persistente é
que nós
alcançaremos
bem-aventuranças
maiores tanto na
Terra, quanto no
Céu.
Para finalizar,
lembremo-nos do
que disse um
Espírito
israelita, em
Mulhouse, no ano
de 1861: “Moisés
abriu o caminho;
Jesus continuou
a obra; o
Espiritismo a
concluirá.” 4
____________________
1 KARDEC, A.
A Gênese,
cap. 1, item 41
FEB.
2 IDEM, IBIDEM,
item 42.
3 XAVIER, F. C.
O Consolador,
(definição), Rio
de Janeiro FEB,
2003, p. 19.
4 KARDEC, A.
O Evangelho
Segundo o
Espiritismo,
cap. 1, it 9,
FEB.