A Vida no Outro Mundo
Cairbar
Schutel
Parte 10
Continuamos nesta edição
o estudo metódico e
sequencial do livro A
Vida no Outro Mundo,
de autoria de Cairbar
Schutel, publicado
originalmente em 1932
pela Casa Editora O
Clarim, de Matão (SP).
Questões preliminares
A. Os animais são também
dotados de perispírito?
Sim. Não só o homem é
dotado desse órgão,
necessário às funções
que exerce; todos os
animais mantêm essa
ideia diretriz, que é de
indispensável utilidade
fisiológica. O cão, o
gato, o cavalo, o tigre,
o leão, os pássaros, os
peixes, os quadrúpedes
de toda espécie, os
répteis – todos são
dotados desse organismo,
que existe neles ainda
invisível para nós e que
designa em cada parte, e
a cada elemento, seu
lugar, sua estrutura e
suas propriedades. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. X - O Perispírito
nos Seres Inferiores.)
B. Encontraremos na
Outra Vida, ou seja, no
plano espiritual,
espíritos de animais?
Sim. O animal terrestre
morre, o seu corpo se
decompõe, mas a alma
sobrevive inteira,
completa, conservando a
memória das suas
existências passadas.
Encontraremos, pois, na
Outra Vida espíritos de
animais, como de seres
que já pertencem, pelo
seu grau de evolução
espiritual, ao reino
hominal. A prova desta
afirmação está nas
aparições dos animais,
constatadas nos anais do
psiquismo. O Sr. Ernesto
Bozzano chegou a reunir
avultado número dessas
manifestações póstumas
em seu livro denominado
“Animali e
Manifestazioni
Metapsichiche”. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. X - O Perispírito
nos Seres Inferiores.)
C. Os espíritos de
animais permanecem longo
tempo no Mundo
Espiritual?
Depende. Grande parte
desses espíritos
permanece pouco tempo no
Mundo Espiritual, sendo,
pouco depois de
desencarnados, dirigidos
por Espíritos Superiores
para tomarem novas
encarnações. Contudo, os
animais mais evoluídos
podem permanecer por
mais tempo na Outra
Vida, até ulterior
deliberação dos
Espíritos dirigentes,
ocasião em que tomam
novos corpos, de acordo,
sempre, com o seu grau
de adiantamento,
passando, então, o
perispírito de cada um
por transformações
adequadas à espécie em
que vêm viver. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. X - O Perispírito
nos Seres Inferiores.)
Texto para leitura
120. Assim como cremos,
piamente, na existência
da alma humana, após
acurados estudos e
provas demonstrativas,
que temos recebido em
abundância, cremos
também na existência da
alma animal, ou seja, na
existência de um
princípio anímico que se
revela subjetiva e
objetivamente nos seres
inferiores. E este
princípio, como acontece
no reino hominal, tem
uma forma "orgânica",
característica, que
podemos, pelo mesmo
modo, denominar –
perispírito. (A Vida
no Outro Mundo – Cap. X
- O Perispírito nos
Seres Inferiores.)
121. Não só o homem é
dotado desse órgão,
necessário às funções
que exerce; todos os
animais mantêm essa
ideia diretriz, que é de
indispensável utilidade
fisiológica. O cão, o
gato, o cavalo, o tigre,
o leão, os pássaros, os
peixes, os quadrúpedes
de toda espécie, os
répteis, até os mais
insignificantes insetos,
todos são dotados desse
organismo, que existe
neles ainda invisível
para nós e que designa
em cada parte, e a cada
elemento, seu lugar, sua
estrutura e suas
propriedades. (A Vida
no Outro Mundo – Cap. X
- O Perispírito nos
Seres Inferiores.)
122. É uma como tela
vital que representa o
desenho ideal de um
organismo. Esse
organismo é suscetível
de progresso, estando,
portanto, sujeito à lei
do transformismo, de
acordo sempre com a
evolução da alma ou do
espírito que ele
reveste. O animal
terrestre morre, o seu
corpo se decompõe, mas a
alma sobrevive inteira,
completa, conservando a
memória das suas
existências passadas. É
no perispírito que se
gravam, pois, todas as
lembranças. (A Vida
no Outro Mundo – Cap. X
- O Perispírito nos
Seres Inferiores.)
123. Estas considerações
têm por fim deixar ver
que, na Outra Vida,
encontraremos espíritos
de animais, como de
seres que já pertencem,
pelo seu grau de
evolução espiritual, ao
reino hominal. A prova
desta afirmação está nas
aparições dos animais,
constatadas nos anais do
psiquismo. O Sr. Ernesto
Bozzano chegou a reunir
avultado número dessas
manifestações póstumas
em seu livro denominado
“Animali e
Manifestazioni
Metapsichiche”. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. X - O Perispírito
nos Seres Inferiores.)
124. Conquanto grande
parte desses espíritos
permaneça pouco tempo no
Mundo Espiritual, sendo,
pouco depois de
desencarnados, dirigidos
por Espíritos Superiores
para tomarem novas
encarnações, como disse
Allan Kardec, os mais
evoluídos podem
permanecer por mais
tempo na Outra Vida, até
ulterior deliberação dos
Espíritos dirigentes,
ocasião em que tomam
novos corpos, de acordo,
sempre, com o seu grau
de adiantamento,
passando, então, o
perispírito de cada um
por transformações
adequadas à espécie em
que vêm viver. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. X - O Perispírito
nos Seres Inferiores.)
125. Esta obra não
comporta a reprodução de
relatos que bem orientem
os leitores sobre essas
aparições de animais,
mas vamos escolher dois
ou três para exemplo.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. X - O Perispírito
nos Seres Inferiores.)
126. Este primeiro
relato, extraído da
revista Light, vem
assinado peio psiquista
inglês Sr. Peters:
“No que concerne à
sobrevivência dos
animais, observei um
fato curioso, antes de
me tornar
espiritualista. Eu
estava doente e recebia
habitualmente a visita
de um gato, que
pertencia à proprietária
da casa em que eu
residia. Cada tarde, um
pouco antes da completa
obscuridade, ele vinha
ao meu quarto, dava uma
volta com um ar solene,
depois saía novamente.
Um dia me disseram que o
gato tinha morrido, mas
essa notícia fugiu-me da
memória e, cada tarde, o
gato vinha como de
costume. Entretanto, uma
noite eu me lembrei, de
repente, que o gato
estava morto. Como nessa
época eu nada sabia dos
fatos psíquicos, e como
via o gato
distintamente, pensei
que o sofrimento me
havia deixado louco, mas
no fim de algum tempo
deixei de receber a
visita do gato. De outra
vez, achava-me numa
reunião de família e
estava em plena
conversação com um dos
meus hóspedes, quando
vi, de repente, um
grande cão; este parecia
tão real, que o descrevi
com pormenores e meu
hóspede o reconheceu:
tratava-se de um cão
estimado, que fora de
sua família.” (A Vida
no Outro Mundo – Cap. X
- O Perispírito nos
Seres Inferiores.)
127. Mme. Agullana, em
seu livro “La Vie Vécue
dum Médium Spirite”,
narra outro caso muito
interessante. É o
seguinte:
“Eu estava em Condons,
no escritório de M. T.
conversando com este e
sua senhora, quando tive
uma visão singular que
narrei ao casal. Eu lhes
disse que via um
Espírito, um senhor,
personagem que lhes
descrevi. No mesmo
instante, apareceu-me um
cão cuja cor e aparência
eu narrei. Ele percorreu
a loja do sr. M. T. e
passou entre louças e
porcelana. A cada
momento o tal senhor
dizia: ‘Vem aqui, Médor!’,
como se estivesse crente
de que o cão pudesse
quebrar algum objeto.
Este senhor era morto há
8 anos, disse-me M.T.
Era um dos seus melhores
amigos, e fora para ele
como um irmão. Quanto ao
cão, era, de fato, do
tal senhor, chamava-se
Médor e morrera havia um
ano aproximadamente."
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. X - O Perispírito
nos Seres Inferiores.)
128. O Sr. Robert Austin
publicou na North
Somerset Gazette o
seguinte, cuja
veracidade ele afirma:
Seu pai, o Juiz Austin,
era conhecido amador de
cães e possuía um,
espanhol, que lhe tinha
grande afeição. Era seu
companheiro inseparável.
O cão, depois de certo
tempo, morreu; uma
semana após, o Juiz
Austin estava em casa de
um amigo, em Clifton,
com o qual palestrava.
Quando se despediu e ia
saindo, uma moça
escocesa, que se achava
então na casa, perguntou
quem era esse senhor
acompanhado de seu cão.
A dona da casa respondeu
que era o Juiz Austin,
mas acrescentou que ele
não tinha cão algum
consigo. Ela respondeu
que estava vendo
distintamente, com ele,
um cão, e descreveu
exatamente o aspecto de
um velho cão espanhol e
mesmo a sua atitude
peculiar para com seu
dono, que era a mesma
que tinha, quando vivo,
com o Juiz Austin.
Narrando o caso o Sr.
Austin disse: "Vós
podeis pensar o que
quiserdes deste caso,
mas ele é verídico".
(A Vida no Outro Mundo
– Cap. X - O Perispírito
nos Seres Inferiores.)
129. Os casos de
aparições de cães,
cavalos, gatos, bois
etc. são bem numerosos,
e vêm provar a
sobrevivência animal.
Esses seres, como
dissemos, manifestam-se
com o seu corpo psíquico
– ou perispírito. A
imortalidade é a
prerrogativa dos seres,
desde a mais ínfima à
mais elevada na escala
da criação, e esses
espíritos, quanto mais
evoluídos forem, mais
tempo permanecerão no
Mundo Invisível, para
prová-lo. Daí vem a
afirmação dos Espíritos
reveladores: "O nosso
Mundo é povoado de entes
humanos e animais; mas
os nossos animais são
muito mais belos e
inteligentes do que os
vossos". (A Vida no
Outro Mundo – Cap. X - O
Perispírito nos Seres
Inferiores.)
(Continua no próximo
número.)
|