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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda

Ano 9 - N° 453 - 21 de Fevereiro de 2016

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 


Tormentos da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 19)

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.

Questões preliminares 

A. Que condições são necessárias para um Espírito integrar a Caravana liderada pela Rainha Isabel?

Silêncio, oração mental e amor são os equipamentos exigíveis para que um Espírito possa tomar parte na Caravana liderada pela Rainha Isabel, ao lado de muito bem elaborada disciplina interior, feita de confiança em Deus e respeito às Suas Leis, a fim de que a perturbação e o receio não abram brechas tornando vulnerável o conjunto. (Tormentos da Obsessão, cap. 11 – O insucesso de Ambrósio.)

B. Quando a Caravana atravessou o paul tormentoso, na ação de resgate de Ambrósio, formou-se uma fila indiana. Qual o motivo?

O motivo foi simplesmente precaução. Segundo Dr. Inácio, o campo de energia exteriorizado pela Rainha Isabel, ao marchar à frente do grupo, cria defesas em favor daqueles que seguem na retaguarda. Além disso, na região que eles visitaram, o terreno pantanoso encontrava-se empesteado de vibriões mentais e de detritos psíquicos que poderiam reter os caminhantes descuidados, quais armadilhas distendidas por todos os lados para impedir a fuga dos prisioneiros espirituais. (Tormentos da Obsessão, cap. 11 – O insucesso de Ambrósio.)

C. Que tipo de comportamento dos próprios espíritas perturba a marcha dos médiuns?

Por não compreenderem que a mediunidade é compromisso de alta significação, muitos a consideram um favor divino concedido a eleitos, uma força sobrenatural, um mecanismo prodigioso, que tornam o medianeiro um ser especial, tornando-se-lhe uma armadilha cruel que o leva à presunção e ao despautério. Mesmo que procure viver com simplicidade e demonstre que é somente instrumento do mundo espiritual, que a ocorrência do fenômeno independe da sua vontade, as criaturas viciadas nas superstições e interessadas nas questões imediatistas o envolvem em bajulação, em excesso de cortesias, em destaques embaraçosos que quase sempre terminam por perturbar-lhe a marcha. (Tormentos da Obsessão, cap. 11 – O insucesso de Ambrósio.) 

Texto para leitura 

100. O que é preciso para participar da Caravana – Continuando a falar sobre a Rainha Isabel, Dr. Inácio relatou: “Com um vasto patrimônio de realizações espirituais, fez-se muito amada, e quando se propôs a esse especial ministério de socorro, muitos valorosos Espíritos se apresentaram para assessorá-la, contribuindo para a diminuição dos angustiosos sofrimentos daqueles que estagiam nas esferas desditosas e de difícil acesso. Não que a misericórdia divina deixe de possuir recursos extraordinários de atendimento aos párias morais, que se permitiram homiziar com outros semelhantes em conúbios nefastos. Graças, porém, à sua elevação moral, granjeada no sacrifício e na abnegação, e à especialização que se permitiu através dos tempos nesse gênero de atendimento, a sua irradiação vibratória produz um vigoroso campo de defesa, que os petardos mentais e as agressões dos verdugos desencarnados da Humanidade não conseguem cindir. Silêncio, oração mental e amor são os equipamentos exigíveis para que se possa tomar parte na sua Caravana, ao lado de muito bem elaborada disciplina interior, feita de confiança em Deus e respeito às Suas Leis, a fim de que a perturbação e o receio não abram brechas tornando vulnerável o conjunto. Para evitar reações desnecessárias dos habitantes e controladores desses lôbregos sítios, ela diminui a potência da energia que pode exteriorizar, irradiando apenas a claridade suficiente para iluminar a área visitada, mantendo os objetivos traçados, sem deixar-se atrair por simulações e armadilhas dos hábeis artesãos do mal e da crueldade. Com certeza existem numerosas Caravanas equivalentes, no entanto compromissos espirituais existentes entre ela e o nobre Eurípedes atraem-na periodicamente à nossa Comunidade hospitalar, a fim de oferecer a sua valiosa e sábia ajuda”. (Tormentos da Obsessão, cap. 11 – O insucesso de Ambrósio.) 

101. O porquê da fila indiana – Relembrando a ação socorrista concluída pouco antes, Miranda perguntou também por que foi necessária formar-se uma fila indiana para atravessarem o paul tormentoso. “Por precaução”, explicou Dr. Inácio. “O campo de energia por ela aberto, ao marchar à frente do grupo, cria defesas em favor daqueles que seguem na retaguarda. Ademais, o terreno pantanoso encontra-se empesteado de vibriões mentais e de detritos psíquicos que poderiam reter os caminhantes descuidados, quais armadilhas distendidas por todos os lados para impedir a fuga dos prisioneiros espirituais. Da mesma forma que na Terra a astúcia perversa se utiliza de engrenagens sórdidas para reter e malsinar suas vítimas, considerando-se ser o nosso o mundo causal, convém não esqueçamos que aqui a mente dispõe, para o bem como para o mal, de muitos arsenais de força, de que se utiliza conforme o estágio de evolução em que se encontra.” O assunto a seguir foi o irmão Ambrósio, o alvo principal da ação socorrista. Por que mereceu ele tal tratamento? Dr. Inácio sorriu, em face da pergunta ingênua, e retrucou: “Não há privilégios nas Leis divinas, caro Miranda, conforme sabemos. Nem pessoas ou Espíritos existem que sejam especiais... O nosso irmão Ambrósio, que hoje se encontra conosco, partiu da Espiritualidade na direção do planeta terrestre cantando hosanas de esperanças e retorna destroçado, aprisionado no calabouço que abriu para si mesmo através da invigilância, em razão de haver falido nos propósitos que se comprometeu tornar realidade. Há quase setenta anos mergulhou no corpo físico sob a carinhosa assistência de Benfeitores que o inspiraram e se prontificaram a ajudá-lo por mais de meio século em atividades espirituais significativas. Enriquecido com mediunidade ostensiva, preparou-se para cooperar com a divulgação da Doutrina Espírita, devendo entregar-se ao ministério com abnegação e humildade. Em razão dos seus esforços direcionados para o Bem, não seriam regateados valores que o auxiliassem na desincumbência da tarefa. Recuperado de graves delitos cometidos no campo do sacerdócio católico, no passado, no qual se comprometera terrivelmente, o exercício da mediunidade iluminada pela Codificação Espírita ser-lhe-ia a estrada de Damasco para o verdadeiro encontro com Jesus. Embora a terapia valiosa de que fora objeto, não conseguiu superar inteiramente o homem velho e os vícios derivados do egoísmo e da presunção, voltando a enrodilhar-se em cipoais mais vigorosos, agora sem escusas, em razão do conhecimento que possuía sobre a vida espiritual...” (Tormentos da Obsessão, cap. 11 – O insucesso de Ambrósio.) 

102. A importância do carinho dos pais – Fazendo uma reflexão mais cuidadosa, o médico continuou: “O corpo é ainda uma armadura muito pesada para o Espírito que sente o bloqueio dos compromissos e desvaira nos arrazoados da insensatez, mesmo quando advertido e orientado com segurança. Nosso amigo e irmão Ambrósio renasceu em cálido ninho doméstico, onde o amor vicejava, a fim de dispor de forças para enfrentar e superar as agressões dos adversários desencarnados, que o vigiavam desde a infância. Como não esquecemos, nesse período, os médiuns ostensivos experimentam grandes aflições propiciadas pelos seus inimigos de ontem que tentam perturbar-lhes a marcha, impedindo por antecipação a realização dos programas para os quais renasceram. Por isso mesmo, o carinho dos pais, as orientações espirituais, particularmente as espíritas, constituem o valioso recurso para criar resistências morais nos futuros trabalhadores da Causa do Bem, que se poderão dedicar sem receio aos compromissos iluminativos. Foi o que aconteceu com o nosso candidato à reabilitação. Se foi acicatado e perseguido por diversos companheiros inamistosos que o afligiam, não lhe faltaram o devotamento dos pais, especialmente da mãezinha que também era portadora de percepção mediúnica, ajudando-o no exercício da oração e dos bons costumes, a fim de que se imunizasse contra as heranças infelizes que se lhe encontravam vivas no íntimo, mas também como tesouro de sustentação para as lutas do futuro”. (Tormentos da Obsessão, cap. 11 – O insucesso de Ambrósio.) 

103. Atos e comportamentos que perturbam os médiuns – Dadas as explicações que Miranda solicitou, Dr. Inácio lembrou-lhe que a mediunidade é compromisso de alta significação que ainda não encontrou a necessária compreensão entre as criaturas encarnadas no mundo físico. Por um atavismo perverso que teima em permanecer dominante, é quase sempre tida como favor divino para eleitos, força sobrenatural, mecanismo prodigioso, que tornam o medianeiro um ser especial, quando não combatido tenazmente, tornando-se-lhe uma armadilha cruel que o leva à presunção e ao despautério. Aduziu o médico: “Mesmo que procure viver com simplicidade e demonstre que é somente instrumento do mundo espiritual, que a ocorrência do fenômeno independe da sua vontade, as criaturas viciadas nas superstições e interessadas nas questões imediatistas o envolvem em bajulação, em excesso de cortesias, em destaques embaraçosos que quase sempre terminam por perturbar-lhe a marcha... As heranças do pensamento mágico, com que acompanham as manifestações mediúnicas, fazem que se transfiram para a criatura os méritos que pertencem à Vida, empurrando-a para tropeços e compromissos negativos, sem forças para resistir aos assédios de todo porte que a circunscrevem em área muito apertada e conflitiva. Por outro lado, vigem a intolerância sistemática e a perseguição gratuita à faculdade mediúnica, por uns considerada como de natureza demoníaca, por outros como transtorno patológico ou sagacidade de malabaristas interessados em enganar ou fruir resultados monetários para o próprio bem. Embora injustas, apoiam-se em algumas ocorrências infelizes que assinalam personalidades frágeis ou enfermiças, cuja conduta sempre oferece margem para essas inditosas afirmações, totalmente destituídas de significado ou de lógica”. Ambrósio conseguira atravessar a infância relativamente bem, suportando o cerco da hostilidade dos inimigos da Verdade, amparado pelos genitores vigilantes. Durante a adolescência, quando os fenômenos se fizeram mais ostensivos, foi levado a uma célula do Espiritismo cristão, recebendo apoio e orientação segura para a desincumbência dos compromissos que ficaram firmados na retaguarda. A adolescência, com os seus tumultos orgânicos, produziu-lhe alguns distúrbios que foram superados com boa orientação, e quando chegou a idade da razão, dedicando-se ao trabalho mediúnico, atraiu a atenção das pessoas desacostumadas com as autênticas manifestações espíritas, que começaram a cercá-lo de privilégios, exaltando-lhe a personalidade e impregnando-o com as infelizes influências, qual se tratasse de um semideus com missão especial na Terra. (Tormentos da Obsessão, cap. 11 – O insucesso de Ambrósio.) 

104. O que levou Ambrósio a fracassar – Terminados os estudos e passando a exercer a função que elegera como recurso para uma vida honrada, graças à exteriorização do ectoplasma Ambrósio produzia manifestações seguras, que fascinavam os companheiros honestos e deslumbravam os incautos. As mensagens que retratavam os seus autores com riqueza de detalhes tornaram-se motivo de interesse e de atração para os corações saudosos, que se reconfortavam, e o campo de serviço ampliou-se-lhe, fascinante e rico de oportunidades. Logo se criou uma pequena corte de assessores ociosos e de pessoas desinteressadas do Espiritismo, mas desejosas de projeção e de oportunismo, atraindo-o, lentamente, para o abismo no qual se precipitou. Embora inspirado e bem direcionado pelos seus Mentores espirituais, começou a negligenciar as advertências, supondo-se infalível e possuidor de recursos que não lhe pertenciam, tornando-se verdadeiro infante adulado e passando a exibir os distúrbios do passado que começaram a ressumar do inconsciente profundo. Logo se fez exótico, tomando atitudes estranhas e sintonizando com Entidades vulgares que lhe exploravam a vaidade exacerbada, empurrando-o para o anedotário chulo nas palestras doutrinárias que se permitia proferir, perdendo o equilíbrio total e a compostura a pouco e pouco. Os conflitos sexuais, que estavam sob controle, também começaram a assomar nesse comenos, e tornou-se propagandista do exercício livre das paixões da libido, em tons de modernidade, como se liberdade e licenças morais fossem a mesma coisa. (Tormentos da Obsessão, cap. 11 – O insucesso de Ambrósio.) (Continua no próximo número.)



 


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