A Vida no Outro Mundo
Cairbar
Schutel
Parte 11
Continuamos nesta edição
o estudo metódico e
sequencial do livro A
Vida no Outro Mundo,
de autoria de Cairbar
Schutel, publicado
originalmente em 1932
pela Casa Editora O
Clarim, de Matão (SP).
Questões preliminares
A. Quem foi Andrew
Jackson Davis e que
obras ele nos deixou?
Dotado de poderosos dons psíquicos e duma espécie de segunda
vista, que se denomina
clarividência, Davis foi
um grande cultor do
Espiritismo em seus
primórdios, tendo-nos
legado obras de
inestimável valor. Essas
obras, publicadas em
inglês, constam de cinco
volumes, que se vendem
separadamente e
encerram, cada um, uma
especialidade: O Médico,
O Professor, O
Reformador, O Pensador,
e O Vidente. Nesta
última é que se
encontram as pesquisas
que ele realizou, "no
leito da morte". (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. XI - O Mistério da
Morte.)
B. Como Davis se refere
ao fenômeno da morte?
Segundo ele, a morte é uma modificação – não da personalidade,
mas da constituição dos
princípios superiores do
ser humano. Tudo quanto
vive se transforma, e
cada transformação é
acompanhada de uma morte
aparente; nunca, porém,
há extinção de vida ou
destruição de um
princípio material ou
espiritual no Universo.
Assim se modifica ou se
desenvolve um germe
qualquer, oculto na
Terra; morreu sua forma
primitiva e seu modo de
existência aparente;
porém, depois dessa
morte aparente, brota do
germe uma nova
organização ou um novo
corpo. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XI -
O Mistério da Morte.)
C. Como Davis descreve o
ato final de separação
do Espírito após a morte
do corpo físico?
No caso que examinou, Davis observou que o Espírito se elevou
verticalmente acima da
cabeça do corpo
abandonado; porém, antes
da separação final do
laço, que por tanto
tempo reuniu as partes
intelectuais e
materiais, ele notou uma
corrente de eletricidade
vital formar-se sobre a
cabeça da moribunda e
sob o novo corpo
fluídico. Deu-lhe esse
fato a convicção de que
a morte é apenas um
renascimento do
Espírito, que se eleva
dum grau inferior a um
estado superior, e que o
nascimento duma criança
neste mundo e a formação
dum Espírito no outro
são fatos idênticos; e
nada realmente faltava
no fato que ele
observava para que o
símile fosse completo,
nem mesmo o cordão
umbilical, que era
figurado por um laço de
eletricidade vital.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XI - O Mistério da
Morte.)
Texto
para leitura
130. A morte é o grande mistério que tem ensombrado as
gerações, a esfinge
devoradora das almas, o
titã invencível, o
hiante absorvedor de
todas as luzes, o
obscurecedor das
inteligências, o
indecifrável enigma das
religiões. Não foi sem
razão que o Apóstolo
Paulo, o doutor dos
gentios, disse que o
maior e o mais terrível
inimigo que teríamos de
vencer era a morte.
Quando a pusermos sob o
tacão das nossas botas,
poderemos, então, entoar
o grande hino da
vitória: "Ó morte! onde
está teu aguilhão? Ó
morte! Onde está tua
vitória?" (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XI -
O Mistério da Morte.)
131. Pois bem, esse mistério, indecifrável para as religiões;
esse inimigo que os
sacerdotes não ousaram
enfrentar; essa esfinge
que causa pavor aos
crentes de todas as
Igrejas, que se limitam
a cantar para as suas
vítimas o De
profundis, é que o
Espiritismo veio
enfrentar e desvendar,
mostrando-se já
vitorioso na grande
luta. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XI -
O Mistério da Morte.)
132. O que é a morte? No que consiste esse fenômeno, que
muitos julgam ser o
aniquilamento da vida?
Como se produz ela?
Quem poderá responder a
estas terríveis
interrogações? Qual a
ciência, a filosofia, a
religião capaz de
enfrentar essa questão?
Qual nos dá,
positivamente, a solução
para este mistério? O
Espiritismo, mas tão
somente o Espiritismo,
exclusivamente o
Espiritismo! (A Vida
no Outro Mundo – Cap. XI
- O Mistério da Morte.)
133. Para saber o que se passa no momento da morte, como se
desenrola esse fenômeno,
podemos recorrer à
descrição de muitos
clarividentes, que
observaram a crise da
morte, assistindo a
moribundos. Vamos
reproduzir os
testemunhos de alguns
deles. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XI -
O Mistério da Morte.)
134. O mais notável de todos foi um grande cultor do
Espiritismo em seus
primórdios, e que nos
legou obras de
inestimável valor:
Andrew Jackson Davis.
Essas obras, publicadas
em inglês, constam de
cinco volumes, que se
vendem separadamente e
encerram, cada um, uma
especialidade: O Médico,
O Professor, O
Reformador, O Pensador,
e O Vidente. (A Vida
no Outro Mundo – Cap. XI
- O Mistério da Morte.)
135. Nesta última é que se encontram as pesquisas de Jackson
Davis, "no leito da
morte". Davis era dotado
de poderosos dons
psíquicos e duma espécie
de segunda vista, que se
denomina clarividência;
além de tudo possuía
grandes conhecimentos
médicos. Os tópicos
abaixo foram extraídos
do seu livro “O
Vidente”. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XI -
O Mistério da Morte.)
136. A morte é uma modificação – não da personalidade, mas da
constituição dos
princípios superiores do
ser humano. Tudo quanto
vive se transforma, e
cada transformação é
acompanhada de uma morte
aparente; nunca, porém,
há extinção de vida ou
destruição de um
princípio material ou
espiritual no Universo.
Assim se modifica ou se
desenvolve um germe
qualquer, oculto na
Terra; morreu sua forma
primitiva e seu modo de
existência aparente;
porém, depois dessa
morte aparente, brota do
germe uma nova
organização ou um novo
corpo. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XI -
O Mistério da Morte.)
137. As faculdades de vidente permitiram a Davis estudar o
fenômeno psíquico e
fisiológico da morte à
cabeceira duma
agonizante. Era uma
senhora de cerca de
sessenta anos, a quem
frequentemente ele
prestara cuidados
médicos. Quando soou a
hora da morte, ele
pôs-se a estudar os
misteriosos processos da
morte. Viu então que a
organização física não
podia mais bastar às
necessidades do
princípio intelectual;
diversos órgãos internos
pareciam, porém,
resistir à partida da
alma. O sistema muscular
procurava reter as
forças motrizes. O
sistema vascular
debatia-se para reter o
princípio vital; o
sistema nervoso lutava
quanto podia para
impedir o aniquilamento
dos sentidos físicos; e
o sistema cerebral
procurava reter o
princípio intelectual.
(A Vida no Outro
Mundo – Cap. XI - O
Mistério da Morte.)
138. O corpo e a alma, como dois esposos, resistiam à
separação absoluta.
Estes conflitos internos
pareciam, a princípio,
produzir sensações
penosas e perturbadoras.
Foi com satisfação que
ele percebeu que tais
manifestações físicas
indicavam – não a dor ou
o sofrimento, mas apenas
a separação da alma do
organismo. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XI -
O Mistério da Morte.)
139. Em seguida, a cabeça ficou cercada duma atmosfera
brilhante; de repente,
ele viu o cérebro e o
cerebelo estenderem suas
partes interiores e
suspenderem o exercício
de suas funções
galvânicas, tornando-se
saturados de princípios
vitais de eletricidade e
magnetismo, que
penetravam nas partes
secundárias do corpo.
Por outras palavras: o
cérebro e o cerebelo
estenderam suas partes
interiores para além do
estado normal. Esse
fenômeno precede
invariavelmente à
dissolução física. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. XI - O Mistério da
Morte.)
140. Davis constatou, depois, o processo por meio do qual o
Espírito se destaca do
corpo. O cérebro atraiu
os elementos de
eletricidade e de
magnetismo, movimento,
vida e sensibilidade
espalhados em todo o
organismo. A cabeça como
que se iluminou, e, ao
tempo que as
extremidades do corpo se
tornavam frias e
obscuras, o cérebro
tomava um brilho
particular. Em torno
dessa atmosfera
fluídica, que cercava a
cabeça, ele viu
formar-se outra cabeça,
que se desenhou cada vez
mais nitidamente. Tão
brilhante era, que ele
mal podia fitá-la; à
medida, porém, que ela
se condensava,
desaparecia a atmosfera
brilhante. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XI -
O Mistério da Morte.)
141. Davis deduziu daí que esses princípios fluídicos que
tinham sido atraídos
pelo cérebro, de todas
as partes do corpo, e
eram, então, eliminados
sob a forma de atmosfera
particular, antes se
achavam somente unidos,
segundo o princípio
superior de afinidade do
Universo, que se faz
sempre sentir em cada
parcela da matéria. Com
surpresa e admiração,
seguiu então as fases do
fenômeno. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XI -
O Mistério da Morte.)
142. Do mesmo modo que a cabeça fluídica se desprendera do
cérebro, viu
formarem-se,
sucessivamente, o
pescoço, os ombros, o
tronco, enfim, o
conjunto do corpo
fluídico. Tornou-se
evidente, para ele, que
as partes intelectuais
do ser humano são
dotadas duma afinidade
eletiva que lhes permite
reunir-se no momento da
morte. As deformidades e
os defeitos do corpo
físico tinham, quase
inteiramente,
desaparecido do corpo
fluídico. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XI -
O Mistério da Morte.)
143. Coisa curiosa! Enquanto esse fenômeno espiritualista se
desenvolvia diante das
faculdades de Davis, aos
olhos materiais das
pessoas presentes no
quarto o corpo da
moribunda parecia
experimentar sintomas de
sofrimento, os quais
eram fictícios, pois
apenas provinham da
partida das forças
vitais e intelectuais,
que se retiravam de todo
o corpo para se
concentrarem no cérebro
e, depois, no organismo
novo. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XI -
O Mistério da Morte.)
144. O Espírito (ou inteligência desencarnada) elevou-se
verticalmente acima da
cabeça do corpo
abandonado; porém, antes
da separação final do
laço, que por tanto
tempo reuniu as partes
intelectuais e
materiais, Davis viu uma
corrente de eletricidade
vital formar-se sobre a
cabeça da moribunda e
sob o novo corpo
fluídico. Deu-lhe esse
fato a convicção de que
a morte é apenas um
renascimento do
Espírito, que se eleva
dum grau inferior a um
estado superior, e que o
nascimento duma criança
neste mundo e a formação
dum Espírito no outro
são fatos idênticos; e
nada realmente faltava
no fato que ele
observava para que o
símile fosse completo,
nem mesmo o cordão
umbilical, que era
figurado por um laço de
eletricidade vital. Por
algum tempo subsistiu
esse laço entre os dois
organismos. (A Vida
no Outro Mundo – Cap. XI
- O Mistério da Morte.)
(Continua no próximo
número.)
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