A Vida no Outro Mundo
Cairbar
Schutel
Parte 13
Continuamos nesta edição
o estudo metódico e
sequencial do livro A
Vida no Outro Mundo,
de autoria de Cairbar
Schutel, publicado
originalmente em 1932
pela Casa Editora O
Clarim, de Matão (SP).
Questões preliminares
A. No plano espiritual
os Espíritos se
divertem?
Sim. A respeito disso,
um Espírito declarou:
“Aqui também nos
divertimos, nós que para
isso temos inclinação.
Esta é uma vida
absolutamente natural,
com todos os melhores
elementos da Terra,
excluídos os elementos
heterogêneos
(contrários), e com
muito mais vasta
capacidade de gozo. Isto
torna os acontecimentos,
mais ordinários e de
todos os dias, cheios de
delícia e dá à vida
aquele frescor que
promana da sensação de
eterna juventude, que
todos nós sentimos e do
conhecimento de nossos
poderes crescentes”.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XII – No Outro Lado
da Morte.)
B. Os Espíritos, quando
desencarnados, descobrem
dons e característicos
que ignoravam ter
anteriormente?
Sim. Quando chegam ao
plano espiritual depois
da desencarnação, sentem
dons e característicos
que só sentiam
obscuramente quando na
Terra. Eles veem, então,
que podem escolher
qualquer carreira
interessante de
trabalho, ou, se
preferirem, desenvolver
o florescimento daquele
pequenino botão que
rebentou no passado e
que está dentro do
caráter de cada um.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XII – No Outro Lado
da Morte.)
C. Existem construções
no chamado plano
espiritual?
Sim. A esse respeito,
disse um Espírito: “Temos
maravilhosos edifícios,
salas para conferências
e assim por diante, que
são admiráveis de serem
vistos, como essas
visões que o Evangelista
João descreve nas
Revelações, com paredes
de pedras preciosas,
portões de pérolas e
ruas de ouro. Esses
lugares maravilhosos são
muito interessantes para
serem visitados, como,
na Terra, se vai ver
belos e notáveis
palácios; naturalmente
os daqui são muito mais
belos para conferências,
reuniões e música do que
qualquer edifício por
mim visto na Terra”.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XII – No Outro Lado
da Morte.)
Texto para leitura
158. A importante
revista inglesa
Beyond publicou uma
mensagem espírita
repleta de informações
sobre a vida espiritual,
da qual Cairbar Schutel
extraiu as informações
adiante reproduzidas.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XII – No Outro Lado
da Morte.)
159. Inicialmente, o
Espírito comunicante
disse o seguinte:
“Consigo estar agora
mais perto de ti do que
há um ano atrás, e passo
ver as coisas mais
detalhadamente. Tenho
estado contigo diversas
vezes, quando, talvez,
não o suspeitavas, e
apanhei teus pensamentos
sobre diversos assuntos.
Estive a teu lado quando
te divertias com aqueles
belos jogos; presente
estava teu tio e ambos
nos regozijamos com o
jogo”. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XII –
No Outro Lado da Morte.)
160. Em seguida, diz o
Espírito: “Aqui também
nos divertimos, nós que
para isso temos
inclinação. Esta é uma
vida absolutamente
natural, com todos os
melhores elementos da
Terra, excluídos os
elementos heterogêneos
(contrários), e com
muito mais vasta
capacidade de gozo. Isto
torna os acontecimentos,
mais ordinários e de
todos os dias, cheios de
delícia e dá à vida
aquele frescor que
promana da sensação de
eterna juventude, que
todos nós sentimos e do
conhecimento de nossos
poderes crescentes”.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XII – No Outro Lado
da Morte.)
161. Prossegue a
mensagem: “Aqui sentimos
o desdobrar de nossas
faculdades, somente com
uma sensação de prazer e
de admiração. A antiga
sensação de esforço e de
constrangimento, bem
como depressão após a
queda, não existe mais,
porque há tantas coisas
belas a fazer e mirar e
temos grande coragem e
esperança, bem assim um
seguro sentimento de
alcançarmos sucesso em
todos os nossos
empreendimentos, no
sentido de aprimorar o
nosso caráter. Se me
fosse possível
comunicar-te somente uma
pequena parte dessa
sensação, estarias apto
a realizar as coisas com
mais entusiasmo e
veemência”. (A Vida
no Outro Mundo – Cap.
XII – No Outro Lado da
Morte.)
162. Sobre a saúde de
que desfruta no plano
espiritual disse o
Espírito: “Naturalmente,
devido à nossa saúde
perfeita, tudo nos
parece favorável. Fazer
tanto quanto se queira,
sem sentir fadiga, é um
grande prazer, e,
também, temos tempo para
tudo, em abundância,
para todas as coisas.
Não há precipitação ou
pressa; sempre uma
perfeita sensação de
segurança relativamente
ao tempo, bem como a
respeito de qualquer
coisa. Naturalmente
desejamos assistir a
reuniões importantes ou
conferências, quando
elas se realizam, mas se
não for possível estar
presente em certo dia,
podemos, facilmente,
satisfazer nossos
desejos depois, e se não
for possível hoje,
então, sê-lo-á amanhã.
Aquela radiante sensação
de dias intermináveis
para coisas
intermináveis, unida à
sensação de eterna
juventude, saúde
perfeita e entusiasmo,
torna a vida realmente
digna de ser vivida”.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XII – No Outro Lado
da Morte.)
163. Sobre certos dons e
característicos próprios
dos desencarnados, o
Espírito informou:
“Quando aqui chegamos,
sentimos que temos toda
a sorte de
característicos
inesperados e dons que
só sentíamos
obscuramente quando na
Terra e, daí, vemos que
podemos escolher
qualquer carreira
interessante de
trabalho, impelindo-nos
para frente ao longo
daquela linha
particular, ou, se assim
o desejardes,
desenvolvendo, em
completa perfeição, o
florescimento daquele
pequenino botão que
rebentou no passado e
que está dentro do
caráter de cada um. Isto
nos dá o mais formoso
sentimento de grandes
responsabilidades,
independência e poder
para empreender qualquer
espécie de trabalho ou
divertimento a que nos
sentimos inclinados”.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XII – No Outro Lado
da Morte.)
164. Referindo-se ao seu
desejo de dedicar-se na
última existência à
pintura, disse o
Espírito: "Sabes quantas
vezes, na Terra, desejei
dedicar-me à pintura;
mas faltava-me o dom;
vejo agora que o
possuía, adquirido no
passado, de modo que
agora, se o desejasse,
eu poderia tornar-me um
célebre artista numa
outra vida terrestre. A
mim tudo isso desperta
um desejo maior do que a
meu pai, que não tem o
mesmo pendor, e que
antes está mais ligado à
Ciência, conquanto, na
vida física, passada,
não tivesse oportunidade
de desenvolvê-la”. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. XII – No Outro Lado
da Morte.)
165. Sobre seu pai
terreno, informou o
Espírito que ele estava
agora grandemente
interessado em assuntos
ligados à Ciência e,
devido ao seu entusiasmo
nessa direção, absorveu
rapidamente grande
quantidade de
conhecimentos, e
poderia, então, em nova
existência terrestre,
ser um sábio de primeira
ordem e fazer
conferências primorosas
a auditórios terrestres.
Ele possuía vastos
conhecimentos dos reinos
animal, vegetal e
mineral, porque no plano
espiritual a alma de
qualquer ser está
vivamente representada.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XII – No Outro Lado
da Morte.)
166. Sobre as
construções celestes, o
Espírito disse: “Temos
maravilhosos edifícios,
salas para conferências
e assim por diante, que
são admiráveis de serem
vistos, como essas
visões que o Evangelista
João descreve nas
Revelações, com paredes
de pedras preciosas,
portões de pérolas e
ruas de ouro. Esses
lugares maravilhosos são
muito interessantes para
serem visitados, como,
na Terra, se vai ver
belos e notáveis
palácios; naturalmente
os daqui são muito mais
belos para conferências,
reuniões e música do que
qualquer edifício por
mim visto na Terra”.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XII – No Outro Lado
da Morte.)
167. Concluindo a
mensagem, o comunicante
referiu-se às belezas
naturais das árvores,
montanhas, flores e
rios, todos perfeitos. E
acrescentou: “O
admirável e agradável
efeito da luz através
das árvores, ou
brilhando sobre as ondas
prateadas de gloriosos
mares, ou brincando nos
rios, como nunca tive a
dita de ver na Terra, é
tudo tão maravilhoso! Os
rios são gloriosos, tão
perfeitamente puros e
incorruptos, que dentro
deles podemos andar,
sentar na água e
senti-la cobrir-nos e
dela sairmos refrescados
e revigorados, e, ainda
mais, a água,
evaporando-se em contato
com o brilho solar, não
deixa sensação nenhuma
desagradável. Tudo isto
é tão delicioso que só
afago um desejo: a vossa
participação em tudo que
desperta o prazer de
viver intensamente a
vida celeste”. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. XII – No Outro Lado
da Morte.)
(Continua no próximo
número.)
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