A influência dos Espíritos em
nossos pensamentos e atos
Apresentamos nesta edição o tema no
17 do Estudo Sistematizado da
Doutrina Espírita, que está sendo aqui
apresentado semanalmente, de acordo com
programa elaborado pela Federação Espírita
Brasileira, estruturado em seis módulos e
147 temas.
Se o leitor
utilizar este programa para estudo em grupo,
sugerimos que as questões propostas sejam
debatidas livremente antes da leitura do
texto que a elas se segue. Se destinado
somente a uso por parte do leitor, pedimos
que o interessado tente inicialmente
responder às questões e só depois leia o
texto referido. As respostas correspondentes
às questões apresentadas encontram-se no
final da lição.
Questões para debate
1. É certo
dizer que os Espíritos nos influenciam
tanto, que muitas vezes são eles que nos
dirigem?
2. Como
podemos classificar as influências
espirituais?
3. Se somos
influenciados por outros indivíduos, como
distinguir com clareza os nossos pensamentos
daqueles que nos são sugeridos?
4. Por que
os Espíritos infelizes gostam de nos
prejudicar?
5. Se as
influências espirituais negativas existem,
como proceder para neutralizá-las?
Texto para leitura
A influência dos Espíritos pode ser boa ou má
1. A
influência que os Espíritos exercem sobre os
nossos pensamentos e ações no dia-a-dia é
muito maior do que nós imaginamos, porquanto
em muitas vezes são eles que nos dirigem.
Essa influência pode ser boa ou má, oculta
ou ostensiva, fugaz ou duradoura, mas, em
qualquer situação, ela só se concretiza por
meio da sintonia que se estabelece entre os
indivíduos.
2. Em
muitos dos pensamentos que temos em
determinadas situações surgem-nos idéias
diferentes sobre o mesmo assunto, e, por
vezes, idéias que se contradizem. Com
certeza nesses momentos estamos sendo alvo
da influenciação dos Espíritos, fato que nem
todos percebem, especialmente quando ela se
dá de forma sutil e oculta. (Veja sobre o
assunto o caso Custódio Saquarema narrado
por Irmão X no livro Cartas e
crônicas, pp. 38 a 42, psicografado
por Francisco Cândido Xavier.)
3. Uma
forma de distinguir os nossos pensamentos
dos que nos são sugeridos é compreender que,
normalmente, é nosso o primeiro pensamento
que nos ocorre. Mas, o mais importante é
saber que, independentemente de sugestões ou
não, a responsabilidade pelos atos é nossa,
cabendo-nos o mérito pelo bem que daí
resultar ou o demérito se a ação for
negativa.
4. Allan
Kardec explica: “Se fosse útil pudéssemos
claramente distinguir nossos próprios
pensamentos daqueles que nos são sugeridos,
Deus nos teria dado o meio, assim como nos
dá o de distinguir entre o dia e a noite.
Quando algo fica impreciso, é que assim
convém ao nosso benefício” (O Livro dos
Espíritos, nota à questão 462).
Pensamento
e vibração
5. As
idéias nutridas pelos homens de inteligência
e pelos gênios provêm algumas vezes
do seu próprio Espírito, mas com freqüência
são sugeridas por outros Espíritos, na forma
de inspiração, quando estes últimos
consideram que suas idéias serão dignamente
compreendidas.
6.
Lembra-nos Rodolfo Calligaris que “pensar é
vibrar, é entrar em relação com o Universo
espiritual que nos envolve, e, conforme a
espécie das emissões mentais de cada ser,
elementos similares se lhe imanizarão,
acentuando-lhe as disposições e cooperando
com ele em seus esforços ascensionais ou em
suas quedas e deslizes” (Páginas de
Espiritismo Cristão, FEB, cap. 53).
7. Não
podemos descuidar da nossa casa mental e
seguir, vida afora, arrastados pela ação
maléfica dos Espíritos atrasados. “Os
Espíritos infelizes, de mente ultrajada, -
diz Calligaris – vivem mais com os
companheiros encarnados do que se supõe.”
8.
Misturam-se – acrescenta Calligaris - nas
atividades comuns, perambulam no ninho
doméstico, participam das conversações,
seguem com os comensais, de quem dependem em
processo legítimo de vampirização.
“Perturbam-se e perturbam. Sofrem e fazem
sofrer. Odeiam e geram ódios. Amesquinhados
em si mesmos, amesquinham os outros.
Infelicitados, infelicitam.”
9. Os bons
Espíritos, ao contrário, suscitam bons
pensamentos, desviam os homens do caminho do
mal, protegem a vida daqueles que se mostram
dignos de sua proteção e neutralizam a
influência dos Espíritos imperfeitos
naqueles que não se comprazem em tais
sugestões.
Como
neutralizar a influência negativa
10. Para
neutralizar a influência dos maus Espíritos,
a Doutrina Espírita nos indica uma receita
simples, mas infalível: a prática do bem e a
fé em Deus.
11. Eis o
que, a respeito do assunto, ensinaram os
Espíritos Superiores: “Fazendo o bem e pondo
a vossa confiança em Deus, repelireis a
influência dos Espíritos inferiores e
destruireis o domínio que sobre vós tentam
exercer. Guardai-vos de escutar as sugestões
dos Espíritos que vos suscitam maus
pensamentos, que vos insuflam a discórdia e
que vos induzem às más paixões. Desconfiai
sobretudo dos que exaltam o vosso orgulho,
pois que vos apanham pelo ponto fraco. Por
isso Jesus vos faz repetir na Oração
Dominical: Não nos deixeis cair em tentação,
mas livrai-nos do mal” (O Livro dos
Espíritos, item 469).
Respostas às questões propostas
1. É certo
dizer que os Espíritos nos influenciam
tanto, que muitas vezes são eles que nos
dirigem? R.: Sim. É
isto que aprendemos na Doutrina Espírita.
2. Como podemos classificar as influências espirituais?
R.: As influências
podem ser boas ou más, ocultas ou
ostensivas, fugazes ou duradouras, mas, em
qualquer situação, elas só se concretizam
por meio da sintonia que se estabelece entre
nós e os Espíritos.
3. Se somos
influenciados por outros indivíduos, como
distinguir com clareza os nossos pensamentos
daqueles que nos são sugeridos?
R.: Uma forma de
distinguir os nossos pensamentos dos que nos
são sugeridos é compreender que,
normalmente, é nosso o primeiro pensamento
que nos ocorre. O mais importante, contudo,
é saber que, independentemente de sugestões
ou não, a responsabilidade pelos atos é
nossa, cabendo-nos o mérito pelo bem que daí
resultar ou o demérito se a ação for
negativa.
4. Por que
os Espíritos infelizes gostam de nos
prejudicar? R.:
Porque são inferiores e não sabem que,
agindo assim, acabam prejudicando a si
mesmos. É por isso que não podemos descuidar
da nossa casa mental e seguir, vida afora,
arrastados pela ação maléfica dos Espíritos
atrasados. Os Espíritos infelizes, de mente
ultrajada, vivem mais com os companheiros
encarnados do que supomos. Misturam-se em
nossas atividades comuns, perambulam no
ninho doméstico, participam de nossas
conversações, seguem com os comensais, de
quem dependem em processo legítimo de
vampirização. Perturbam-se e perturbam.
Sofrem e fazem sofrer. Odeiam e geram ódios.
Amesquinhados em si mesmos, amesquinham os
outros. Infelicitados, infelicitam.
5. Se as
influências espirituais negativas existem,
como proceder para neutralizá-las?
R.: Para
neutralizar a influência dos maus Espíritos,
a Doutrina Espírita nos indica uma receita
simples, mas infalível: a prática do bem e a
fé em Deus. Agindo sempre assim,
conseguiremos neutralizar a influência
negativa, imunizando-nos contra a maldade
que, em outros casos, poderia atingir-nos.
Bibliografia:
O Livro
dos Espíritos,
de Allan Kardec, itens 107, 459, 461, 462,
464 e 469.
Páginas de Espiritismo Cristão, de
Rodolfo Calligaris. Somos o que pensamos,
cap. 53.
Glossário Espírita Cristão, de Divaldo
Pereira Franco. Perturbadores, pág. 106.
Nos Domínios da Mediunidade, de André
Luiz. Dominação telepática, pág. 186.
Cartas e crônicas, de Irmão X. Obsessão
pacífica, pp. 38 a 42.
Idéias e ilustrações, de Espíritos
diversos. O poder das trevas, pp. 111 a 113.
Almas em desfile, de Hilário Silva.
Proteção espiritual, p. 33.