Denise Storare
Furlan:
“A nossa
evolução
espiritual
depende somente
das
nossas
ações”
A conhecida
dirigente,
radicada na
cidade paulista
de Santa Bárbara
do Oeste, fala
sobre sua
vivência nas
lides espíritas
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Denise Storare
Furlan (foto),
espírita desde
1991 e vinculada
ao Grupo
Espírita Caminho
do Progresso, em
Santa Bárbara do
Oeste, cidade do
interior
paulista, onde
reside, é
vice-diretora do
Conselho de
Doutrina da
instituição e
tem larga
vivência no
movimento
espírita, como
mostram as
respostas que
deu à entrevista
seguinte.
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Meu esposo
começou a ler
romances
espíritas, que
uma amiga
emprestava, e
comentava comigo
as passagens dos
livros. Um dia
ele começou a
ler “Nosso Lar”
e se empolgou
tanto que, a
cada capítulo
lido, ele vinha
me contar.
Começamos a
frequentar a
livraria
espírita, e num
belo dia resolvi
que estava na
hora de entrar e
assistir a uma
palestra. Nunca
mais saí.
Quais as
repercussões
íntimas do
conhecimento
espírita?
A primeira,
certamente, foi
a de querer me
melhorar de um
dia para o
outro. Com o
conhecimento da
Doutrina,
percebi que não
existiam
milagres, que
todos os ensinos
passados pelos
Espíritos me
ajudariam a
fazer uma
transformação
moral, que
certamente não
seria num mês,
mas por toda a
minha
existência, e
que a nossa
evolução
espiritual
depende somente
das nossas
ações.
Quais suas
impressões sobre
o movimento
espírita atual?
Infelizmente, o
movimento
espírita em
minha cidade,
por mais que a
USE tente, ainda
não é muito
dinâmico nem
desfruta de
grande adesão.
Hoje está muito
melhor do que há
20 anos, mas
ainda deixa
muito a desejar.
Temos pessoas
muito boas na
frente do
movimento; o
problema ainda é
o comodismo da
grande maioria.
O que mais lhe
chama atenção no
tocante à
doutrina
espírita?
A doutrina
espírita é
maravilhosa e
tudo nela chama
atenção, mas
devo confessar
que a parte
filosófica e a
religiosa me
atraem mais do
que a parte
científica,
embora eu tenha
total convicção
da importância
de todas.
De sua
experiência na
coordenação de
estudos, o que,
a seu ver,
sobressai?
A parte de
estudo me
encanta, mas me
entristece muito
saber que muitas
pessoas procuram
os estudos
somente nas
horas de
sofrimento e
dor. Quando as
coisas melhoram,
voltam para as
palestras e
passes, pois
ainda é o meio
mais fácil.
Temos um grupo
de estudos há
mais de 20 anos,
e vejo quantas
pessoas já
passaram por
ele, sem ao
menos terminar
um livro
inteiro.
Portanto,
infelizmente, o
que sobressai é
o desinteresse
que as pessoas
têm em
aprender.
E quanto ao
público, como
sente o
interesse dele
pelo
conhecimento
espírita?
Notamos que
ainda hoje
muitas pessoas
só procuram as
casas espíritas
em busca de
manifestações.
Estudar e se
aprofundar na
doutrina ainda
interessa a
poucos...
Sobre as
palestras, a que
também você se
tem dedicado,
quais suas
impressões?
Com relação a
palestras, sou
suspeita em
falar. É uma das
coisas que mais
gosto de fazer e
tenho percebido
grande
receptividade em
todas as casas
de que participo
– 5 centros
espíritas em
Santa Bárbara e
um em
Piracicaba.
Algo marcante
que gostaria de
relatar de sua
vivência
espírita?
Tudo que faço é
marcante e me
envolvo com
muito amor. A
cada palestra,
um novo rosto,
uma nova
amizade, uma
nova esperança
que essa
doutrina
consegue passar;
então tudo é
marcante na
vivência
espírita. A
única coisa
difícil para as
pessoas
entenderem é que
não é porque
estamos lá na
frente, fazendo
uma palestra,
que somos
melhores ou
piores que
qualquer um que
a ela esteja
assistindo.
Palavras
finais.
Gostaria de
dizer que,
embora a
Doutrina
Espírita não
tenha sido
revelada por
inteiro, pois
não temos ainda
condições de
entender tudo,
devido ao nosso
grau de
evolução, Kardec
é, e será
sempre, a base
dessa doutrina
abençoada e
consoladora.
Precisamos
conhecer as
obras de Kardec,
estudá-las e,
acima de tudo,
procurar
vivenciar os
ensinamentos que
nelas se
contêm.