Douglas Salvador
Boaretto:
“O bem que se
faz aos outros
acaba
retornando”
Com larga
prática na
divulgação do
Espiritismo, o
confrade
paulista
fala-nos sobre
sua iniciação e
sua
experiência
nas lides
espíritas
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Douglas Salvador
Boaretto
(foto),
natural de
Taquaritinga, no
interior
paulista, onde
reside, com
atuação
jornalística em
periódicos da
capital, guia de
turismo
internacional e
agente
alfandegário, é
vinculado a
várias
atividades de
união e
fortalecimento
das atividades
espíritas na
região onde
mora. Envolvido
igualmente em
trabalhos
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sociais e de
divulgação do
Espiritismo, bem
como com a
prática do
Evangelho no
Lar, ele nos
fala na presente
entrevista sobre
sua experiência
nas lides
espíritas. |
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Como se tornou
espírita?
Tornei-me
espírita
consciente e
praticante da
responsabilidade
que a Doutrina
Espírita
preconiza após a
leitura das
cinco obras
básicas da
Codificação
Espírita. E para
compreender
melhor a
natureza de
tudo, com o
apoio da oração
edificante,
urgia expiar a
ignorância do
porquê da
desigualdade
social com a
leitura dos
livros O que
é o Espiritismo,
Obras
Póstumas e
de alguns
opúsculos da
Revista Espírita.
O que mais lhe
chama atenção na
Doutrina
Espírita?
O que mais
realça na
Doutrina
Espírita é o
princípio da
prática de que
“fora da
caridade não há
salvação”,
lembrando que
caridade
significa
“benevolência
para com todos,
indulgência para
as imperfeições
dos outros,
perdão das
ofensas”, como
lemos na questão
886 d´O Livro
dos Espíritos.
Quais, a seu
ver, são as
principais
dificuldades do
movimento
espírita atual?
As dificuldades
do movimento
espírita sempre
foram árduas e
impeditivas de
uma maior
expansão do
próprio
movimento devido
à falta de
consciência
íntima e
solidária,
aliada ao
desconhecimento
teórico da
doutrina.
Todavia com a
atuação de Chico
Xavier e de
outros
palestrantes
expoentes, a
expansão de
novos Centros
Espíritas e o
trabalho
incansável de
uma legião
anônima de
divulgadores dos
preceitos
básicos, a
Doutrina está se
colocando ao
alcance da
maioria dos
homens de boa
vontade,
prenunciando o
advir da Nova
Era e promovendo
uma melhor
qualidade de
vida em termos
de evolução
espiritual.
E como vê as
ações de
divulgação e
prática espírita
no país?
A veiculação dos
ensinamentos do
Evangelho de
Jesus fora dos
centros e demais
entidades exige
cada vez mais
empenho das
Instituições
Espíritas.
Deve-se promover
e apoiar a
iniciativa de se
levar aos
familiares,
parentes e
simpatizantes o
estudo do
Espiritismo,
principalmente
considerando a
diversidade
humana
reencarnada em
seus múltiplos
planos e
desnivelada nos
estágios do
progresso
individual.
Laborar os
objetivos
voltados para o
estudo básico da
Doutrina
Espírita.
Instruir, pois
ainda há muito
misticismo e
incompreensão
com a
comunicabilidade
entre o mundo
físico e o
espiritual; e na
observância do
que é a Lei de
Causa e Efeito e
suas influências
reencarnatórias.
Algo marcante de
suas recordações
que gostaria de
relatar?
Passagens
marcantes que
gosto de
recordar são os
ensinamentos que
a interação
local nos
proporciona com
os semelhantes
que nos cercam
neste interregno
de tempo. Como
diz o ditado
espírita, “a
gente não erra
de endereço na
reencarnação”.
Aprimoramento
moral no meio
ambiente. A
causa e os
efeitos que nos
parecem
desconhecidos a
princípio, mas
nada é por
acaso. Vizinhas
e conhecidas que
se reuniam em
casa, para a Ave
Maria e o Pai
Nosso. Mútuo
sentimento
cristão num
mundo sem
preconceitos de
cor, etnia,
sexo, crença ou
condição
econômica ou
moral. Uma
infância em que
tudo era
saudável e
simples. As
tardes regadas
por chás,
licores e
cafezinho. E por
testemunhas, na
parede, duas
pequenas
plaquetas, com
as seguintes
frases: “Sê como
o sândalo, que
perfuma o
machado que o
fere” e “Cristo
é o Mestre desta
casa. Hóspede
invisível em
cada refeição.
Ouvinte
silencioso em
cada
conversação”
(Peixotinho).
O que mais lhe
chama atenção na
literatura
espírita?
A Doutrina
Espírita
professa as leis
universais do
Deus Pai, o
Criador da
Criação. Acato,
com o ditado
latino: “Ora et
Labora”, a
evidência
racional dos
seus aspectos
científico,
filosófico e
religioso. Creio
nos mandamentos
ensinados e
vivenciados por
Jesus, o Guia e
Modelo. E pleno
de gratidão pela
consoladora
frase de Chico
Xavier, de que:
- “Embora não
possamos voltar
atrás, podemos
recomeçar agora
em busca de um
novo fim”.
Beneplacitamente
estamos sendo
auxiliados por
nosso Espírito
Guardião e por
Mensageiros do
Mundo Maior,
para o progresso
que leva todos,
gradativamente,
à perfeição
espiritual.
E os desafios
que enfrenta a
humanidade? De
que forma se tem
utilizado do
conhecimento
espírita na
superação das
dificuldades e
adversidades?
O que existe
ainda nesta fase
da humanidade
são os
resquícios
finais de
expiação pela
falta do perdão
entre nós.
Todavia, já
estamos a
caminho da
regeneração pela
prática do verbo
Amar. De uma
forma que os
espíritas
restantes, já
plenos de
consciência dos
desígnios
eternos do Pai,
buscam quitação
dos débitos
contraídos; e
dos que estão
reencarnando já
instruídos dos
valores sociais
e espirituais ao
respeito dos
semelhantes na
cadeia da
evolução moral.
O bom
conhecimento é
aquele que
ampara o nosso
livre-arbítrio
no “Orai e
Vigiai”. E de
atitudes cristãs
numa justa e
correta
conjugação da
palavra em atos,
em todos os
níveis, para nos
tornarmos dignos
do Cristo.
Se algo pudesse
dizer ao
movimento
espírita, quais
seriam suas
palavras?
O movimento
espírita
floresce cada
vez mais no
cultivo da
semente do Novo
Mandamento
prescrito por
Jesus. Colhemos
amparo e
proteção por
comungarmos a
Nova Aliança com
o Divino Filho
de Deus. Gerindo
no meio ambiente
da humanidade a
constatação de
que o Cristo é,
de fato, o
médium de Deus,
conforme sua
bendita
autorrevelação:
“Eu sou o
Caminho, a
Verdade, a Vida
e a Luz! Ninguém
vai ao Pai senão
por Mim”.
Suas palavras
finais.
Aos irmãos de
jornada, de
minha parte, um
humilde
lembrete: -
“Ensinar, mas
fazer; crer, mas
estudar;
aconselhar, mas
exemplificar;
reunir, mas
alimentar”. Pois
o bem que se faz
aos outros acaba
retornando. Se
não a você agora
neste mundo,
mas, com
certeza, aos
seus entes mais
queridos.
Abençoados sejam
os desígnios da
Providência
Divina, justos e
misericordiosos
para conosco, e
busquemos honrar
o primeiro
mandamento de
Jesus que é o de
Amar a Deus,
“inteligência
suprema, causa
primeira de
todas as
coisas”.