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Estudo das Obras de Allan Kardec  Inglês  Espanhol

Ano 10 - N° 478 - 14 de Agosto de 2016

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com

Londrina,
Paraná (Brasil)
 

 

Obras Póstumas

Allan Kardec 

(Parte 24)
 

Damos continuidade nesta edição ao estudo do livro Obras Póstumas, publicado depois da desencarnação de Allan Kardec, mas composto com textos de sua autoria. O presente estudo baseia-se na tradução feita pelo Dr. Guillon Ribeiro, publicada pela editora da Federação Espírita Brasileira.

Questões para debate 

152. O Espiritismo é fruto de uma concepção pessoal ou o resultado de um sistema preconcebido? 

153. A quais pessoas se dirige o Espiritismo? 

154. Quando Kardec ouviu falar pela primeira vez sobre os fenômenos? 

155. O que o levou a mudar de opinião com relação aos fenômenos? 

156. Quando se deu esse encontro? 

Respostas às questões propostas 

152. O Espiritismo é fruto de uma concepção pessoal ou o resultado de um sistema preconcebido? 

Não, nem uma coisa nem outra. O Espiritismo se apoia sobre fatos, e satisfaz às exigências da lógica e da justiça mais rigorosa, o que foi uma das principais causas da rapidez de sua propagação. A doutrina espírita é fruto de milhares de observações feitas em todos os pontos do globo que convergiram para o centro que as coligiu e coordenou. Todos esses princípios constituintes, sem exceção, foram deduzidos da experiência. A experiência sempre precedeu a teoria. O Espiritismo encontrou, assim, desde o início, raízes por toda a parte. A história não oferece nenhum exemplo de uma doutrina filosófica ou religiosa que haja, em dez anos, reunido um tão grande número de adeptos; entretanto não empregou, para se fazer conhecer, nenhum dos meios vulgarmente em uso; ela propaga-se por si mesma, pelas simpatias que encontrou.

Um fato não menos constante é que em nenhum país a Doutrina não nasceu na camada baixa da sociedade; por toda a parte, ela se propagou de alto a baixo da escala social, mas é nas classes esclarecidas que está mais difundida, e as pessoas iletradas nela estão em ínfima minoria.

Nas lutas que teve de sustentar, as pessoas imparciais se deram conta de sua moderação, porquanto jamais usou de represálias contra os seus adversários, nem restituiu injúria por injúria. (Obras Póstumas – Curta resposta aos detratores do Espiritismo.)

153. A quais pessoas se dirige o Espiritismo?

Coerente com sua posição de respeito a todas as convicções sinceras, o Espiritismo não se impõe a ninguém. Expõe sua doutrina e recebe aqueles que vêm a ele voluntariamente. Não procura desviar ninguém de suas convicções religiosas e não se dirige àqueles que têm uma fé, e a quem essa fé basta, mas àqueles que, não estando satisfeitos com aquilo que se lhes deu, procuram alguma coisa melhor.

O Espiritismo proclama a liberdade de consciência como um direito natural: reclama-a para os seus, como para todo o mundo. Da liberdade de consciência decorre o direito de livre exame em matéria de fé. O Espiritismo combate o princípio da fé cega e entende que toda fé imposta é sem fundamento. Por isso inscreveu entre as suas máximas: "Não há fé inabalável senão aquela que pode encarar a razão face a face em todas as épocas da Humanidade". (Obras Póstumas – Curta resposta aos detratores do Espiritismo.)

154. Quando Kardec ouviu falar pela primeira vez sobre os fenômenos?

Foi em 1854 que ele ouviu falar, pela primeira vez, sobre as mesas girantes. O Sr. Fortier, o magnetizador, que conhecia há muito tempo, lhe disse: “Sabeis a singular propriedade que se acaba de descobrir no magnetismo? Parece que não são somente os indivíduos que se magnetizam, mas as mesas que se fazem girar e caminhar à vontade”. Kardec lhe respondeu: "É muito singular, com efeito; mas, a rigor, isso não me parece radicalmente impossível. O fluido magnético, que é uma espécie de eletricidade, pode muito bem agir sobre os corpos inertes e fazê-los mover".

Os relatos, que os jornais publicaram, de experiências feitas em Nantes e Marselha, e em algumas outras cidades, não podiam deixar dúvida sobre a realidade dos fenômenos. Algum tempo depois ele reencontrou o Sr. Fortier, e este lhe disse: "Eis que é muito mais extraordinário; não só se faz a mesa girar magnetizando-a, mas a faz falar; interrogada, ela responde”. Kardec respondeu-lhe: “Isto é uma outra questão; crerei nisso quando o vir, e quando se me tiver provado que uma mesa tem um cérebro para pensar, nervos para sentir, e que possa se tornar sonâmbula; até lá, permiti-me nisso não ver senão uma história para fazer dormir". (Obras Póstumas – Segunda Parte – Os primeiros trabalhos.)

155. O que o levou a mudar de opinião com relação aos fenômenos?

Isso só se deu no ano seguinte. Era o começo de 1855 quando o Sr. Carlotti, um amigo de vinte e cinco anos, o entreteve com esses relatos durante quase uma hora, com o entusiasmo que punha em todas as ideias novas. O Sr. Carlotti era corso, de uma natureza ardente e enérgica; Kardec sempre estimara nele as qualidades que distinguem uma grande e bela alma, mas desconfiava de sua exaltação. Foi ele quem primeiro lhe falou da intervenção dos Espíritos, e contou tantas coisas surpreendentes que, longe de o convencer, aumentou as dúvidas do futuro Codificador do Espiritismo. “Sereis um dia dos nossos”, disse-lhe Carlotti. Algum tempo depois, pelo mês de maio de 1855, ele se encontrou na casa da sonâmbula Sra. Roger com o Sr. Fortier, seu magnetizador. Ali encontrou também o Sr. Pâtier e a Sra. Plainemaison que lhe falaram desses fenômenos no mesmo sentido do Sr. Carlotti, mas num outro tom. O Sr. Pâtier era funcionário público, de uma certa idade, homem muito instruído, de um caráter sério, frio e calmo; sua linguagem firme, isenta de todo entusiasmo, causou em Kardec uma viva impressão, e, quando lhe ofereceu uma oportunidade para assistir às experiências que ocorriam na casa da Sra. Plainemaison, na Rua Grange-Batelière, nº 18, Kardec aceitou prontamente. (Obras Póstumas – Segunda Parte – Os primeiros trabalhos.)

156. Quando se deu esse encontro?

O encontro realizou-se em maio de 1855, numa terça-feira, às oito horas da noite. Foi lá, pela primeira vez, que Kardec foi testemunha do fenômeno das mesas girantes, e em condições tais que não lhe era mais possível a dúvida. Na reunião ele viu também algumas tentativas, ainda imperfeitas, de escrita medianímica sobre uma ardósia, com a ajuda de uma cesta. (Obras Póstumas – Segunda Parte – Os primeiros trabalhos.)

 

 


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