Year 10 - N° 468 - June 5, 2016

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Ano 10 - N° 483 - 18 de Setembro de 2016

WELLINGTON BALBO
wellington_balbo@hotmail.com
Salvador, BA (Brasil)   

 

 
Aveli Valdo Modesto do Nascimento: 

“Acredito ser a arte um instrumento eficientíssimo para enlevar a alma”

 O dirigente e palestrante espírita, cultor também da arte poética, diz como anda o movimento espírita na Bahia

Aveli Valdo Modesto do Nascimento (foto), mais conhecido como Modesto, nasceu há 67 anos em Salvador (BA), onde reside. Funcionário aposentado da Petrobras, é bastante atuante no Movimento Espírita da Bahia, pois, além de orador e coordenador na FEEB – Federação Espírita do Estado da Bahia, é o atual presidente do CEOL –

Centro Espírita Obreiros da Luz. Poeta e compositor, percebe na arte uma maneira de encantar-se pela vida.

Foi para falar desse e outros assuntos que ele, gentilmente, nos concedeu a seguinte entrevista. 

Como conheceu o Espiritismo?

Como nada é por acaso, quando fui admitido na Petrobras, em 1975, encaminharam-me para um setor onde iria integrar uma equipe de técnicos cujos supervisores eram João Neves e José Ferraz, do Projeto Manoel Philomeno de Miranda. Eles foram os introdutores da Doutrina em minha vida, graças a Deus. 

Então o Espiritismo não entrou em sua vida pela face da dor?

Felizmente, não. Ingressei na Doutrina em uma das melhores fases da minha vida. Acabávamos de ganhar o nosso caçula, eu e minha esposa estávamos exultantes. Embora a experiência tenha mostrado que a maioria costuma adentrar muito mais pela dor do que pelo amor, esse não foi o meu caso, graças a Deus.  

Fale-nos um pouco sobre seu trabalho na FEEB (Federação Espírita do Estado da Bahia).

Sob a coordenação da minha querida irmã Edinólia Peixinho, no DIF (Departamento de Integração Federativa), coordeno os Centros Distritais 09 e 13, cuja finalidade é consolidar a integração e a união dos espíritas na Bahia. A coordenação é um braço da FEEB e atua como um traço de união entre a referida Instituição e os Centros Espíritas. Para tanto, trabalhamos sob a orientação da diretoria do DIF, com reuniões efetivas e periódicas para o encaminhamento das ações e divulgação dos trabalhos federativos nas Casas Espíritas sob a nossa jurisdição. Cada ano é sugerido um tema para reflexão. Esse ano o tema foi “Para Viver em Deus”. Durante todo o ano temos vários eventos, cujos principais são: Caravana Baiana da Fraternidade, Macrorregional, Encontro Estadual e a Palestra de final de ano, no Congresso, normalmente comemorando o aniversário da FEEB. Mantemos também uma página no facebook dos Centros Distritais 09 e 13, na qual reportamos as atividades de que  os referidos C.D. participam. 

Quantos centros espíritas estão, atualmente, filiados à FEEB?

A Bahia perfaz um total de 646 Centros cadastrados, sendo que 284 são adesos. Em Salvador são 197 cadastrados e 96 adesos.

Como está o Movimento Espírita na Bahia?

Apesar de fatores internos e externos, dificuldades e desafios socioeconômicos, problemas interpessoais, espaço geográfico etc., que ainda interferem substancialmente no processo, tenho observado um grande avanço no Movimento Espírita da Bahia. Lembro que há vinte anos os Centros Espíritas e seus representantes eram muito mais refratários aos assuntos federativos e hoje, mesmo que ainda presentes as dificuldades citadas, observo uma melhora substancial, inclusive com adesão considerável de Centros e Presidentes antes completamente arredios. Os eventos são provas evidentes dessa assertiva. A presença e o comparecimento das Instituições nos eventos são muito significativos e estimulantes atualmente.  

Você citou, dentre as dificuldades, a de cunho financeiro. Como faz a FEEB para angariar fundos e manter a todo vapor suas atividades e demais eventos, além, naturalmente, de coordenar os centros espíritas baianos?

Através das doações, mensalidades dos sócios, pagamento mensal das Casas Espíritas adesas, Livraria, eventos etc. Mas a principal fonte ainda é a distribuidora. A FEEB possui uma distribuidora de livros que é a mola mestra das finanças.

Você é o atual presidente do Centro Espírita Obreiros da Luz, em Salvador. Comente um pouco sobre a Casa e suas atividades.

O Centro Espírita Obreiros da Luz, que chamamos CEOL, com sede e domicílio no Setor L, Rua A, nº 1 B. Mussurunga 2, Salvador (BA), foi fundado em 27 de novembro de 1991 por um grupo familiar do qual eu faço parte. A princípio o grupo reunia-se na casa de uma das fundadoras, depois construímos um andar na casa da minha mãe, em Mussurunga, e estamos lá até hoje. É uma associação civil, de caráter religioso, educacional, cultural, de assistência e promoção social, filantrópico, sem fins lucrativos, que realiza as seguintes atividades:

Doutrinárias – 19h aos sábados

Tratamento com passes – 20h aos sábados

Evangelização de Jovens (JEOL) - 17h aos sábados

Evangelização Infantil - 19h aos sábados

Evangelho no Lar – 20h às quintas

Curso do ESDE – 19h30 às quartas

Aconselhamento fraterno – 19h às quintas

Atendimento social (dentista) – 8h aos sábados

Atendimento social (entrega de sopa) – 1 domingo por mês. 

Há dificuldades para conquistar trabalhadores voluntários?

E como há, meu amigo! Mas isso é perfeitamente compreensível uma vez que nós ainda estamos a caminho, buscando encontrar a trilha definitiva que nos conduzirá à felicidade plena. O que fazemos para mantê-los é tratá-los com muito amor e compreensão, buscando motivá-los com palavras incentivadoras, além do esclarecimento necessário alicerçado no exemplo do Mestre Maior. Tudo isso não surtiria nenhum efeito se não houvesse o exemplo. Procuramos, apesar das barreiras morais que enfrentamos no estágio atual, não só teorizar, mas também agir. Ainda assim, de quando em vez fracassamos. É a prática prioritária do livre-arbítrio em ação.

Em sua atividade como orador espírita provavelmente tenha presenciado muitas coisas nas palestras já realizadas. Há algo interessante que queira registrar aos nossos leitores?

Sim, a experiência tem mostrado que a doutrina espírita ainda caminha atrelada ao materialismo dialético, ainda que sub-repticiamente. Os Centros mais frequentados são aqueles onde existem os fenômenos ou palestrantes médiuns. Eu já fui a alguns Centros ministrar palestra onde só havia duas pessoas presentes, o dirigente e a esposa. Assim, só dois encarnados assistiram à palestra. Com o advento da tecnologia, tenho observado uma melhora significativa na frequência das casas espíritas, mesmo assim ainda observamos a procura pela solução imediata dos problemas como fator prioritário imperando nas pessoas que buscam o Espiritismo. Essa é a minha opinião; posso, pois, estar equivocado.

Você diz que gosta de compor e também de poesia. Utiliza a arte em suas atividades doutrinárias?

Sim. A poesia é mais frequente do que a música em minhas palestras, mas sempre vão existir, uma vez que acredito ser a arte um instrumento eficientíssimo para enlevar a alma e, dessa forma, facilitar o encontro com a divindade que há dentro de nós. É um recurso de que me utilizo com bastante frequência. 

Deixe uma mensagem final para nossos leitores.

Invocando Léon Denis: O amor é a celeste atração das almas e dos mundos, a potência divina que liga os Universos, os governa e fecunda; o amor é o olhar de Deus! Não se designe com tal nome a ardente paixão que atiça os desejos carnais. Esta não passa de uma imagem, de um grosseiro simulacro do amor. O amor é o sentimento superior em que se fundem e se harmonizam todas as qualidades do coração; é o coroamento das virtudes humanas, da doçura, da caridade, da bondade; é a manifestação na alma de uma força que nos eleva acima da matéria, até alturas divinas, unindo todos os seres e despertando em nós felicidades íntimas que se afastam extraordinariamente de todas as volúpias terrestres.

E eu pergunto: ONDE ESTÁ O AMOR?

O amor. Onde será que ele está?

Eu busco essa bênção em todo lugar.

Tem gente que busca tanto e, não achando, desiste.

Às vezes eu fico pensando, será que em verdade ele existe?

Argumento comigo mesmo; como então ser feliz, vou querer?

Eu tento, mas não consigo entender.

Não tem como parar de pensar,

Como querer ser feliz sem amar?

Como posso afinal ser feliz? Onde encontrar o amor verdadeiro?

Pensei até que era só ter dinheiro.

Pensei também que o prazer solucionava a questão.

Essa forma de pensar causou-me enorme decepção.

Na religião tentei encontrá-lo então.

Mas, sequer amava o irmão.

Tudo, até o meu proceder parecia anormal.

O deus que pregavam não era racional.

Mudei então a atitude mental e tentei encontrá-lo na flor.

Seria na natureza o conluio com o amor?

Onde posso encontrá-lo afinal?

Será mesmo que é fora ou dentro de mim?

O amor, que me ouvia, respondeu sem demora,

Deixando-me a paz que eu nunca senti:

– Para de olhar para fora.

Não vê que estou dentro de ti?

 

 


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