A
Doutrina
Espírita
apresenta
o
progresso
como um
dos seus
pilares
mais
relevantes.
O ser
humano
está
fadado
ao
progresso
e, dessa
caminhada
rumo ao
que o
Espiritismo
chama a
ciência
do
infinito,
ninguém
está
excluído.
O mesmo
se pode
dizer
dos
mundos,
que, tal
como
seus
habitantes,
também
progridem
e
avançam
numa
escalada
em que,
no
primeiro
momento,
não
passam
de
mundos
primitivos.
Em face
desse
princípio,
causou
espécie,
sobretudo
entre os
espiritistas,
o
pensamento
externado
pelo
pensador
inglês
John
Gray em
seu mais
recente
livro,
Cachorros
de Palha,
publicado
no
Brasil
pela
Editora
Record,
no qual
afirma
que a fé
no
progresso
é uma
ilusão e
que
nenhum
avanço
pode
tirar a
humanidade
de sua
condição
natural.
Para
Gray, a
história
tem
mostrado
que,
quando
pensamos
estar
progredindo,
na
verdade
estamos
regredindo
e, por
conseguinte,
o
progresso
científico
não é
real e
não
basta
para que
o mundo
efetivamente
melhore.
É claro
que ao
se
referir
a
progresso
John
Gray
está se
reportando
ao
progresso
moral, à
ética
nas
relações
humanas,
algo que
a
Ciência,
por si
só, é
incapaz
de
fornecer.
Não é
preciso
ter
qualquer
estudo
para se
compreender
tal
verdade.
Kardec,
o
Codificador
do
Espiritismo,
examinou
o
assunto
em
diversos
momentos
de sua
obra.
O
progresso
intelectual,
ensina
ele,
realiza-se
com mais
rapidez
do que o
progresso
moral.
Várias
razões
existem
para
explicar
esse
fato e
talvez a
mais
importante
esteja
ligada à
concepção
materialista
da vida,
em
virtude
da qual
damos
mais
valor ao
desenvolvimento
do
intelecto
do que
ao
desenvolvimento
moral de
nossos
filhos.
Não
obstante,
só um
cego não
percebe
o
progresso
moral,
conquanto
diminuto,
que se
tem
verificado
no mundo
em que
vivemos,
onde há
pouco
mais de
cem anos
mantínhamos
num
cativeiro
ignóbil
criaturas
semelhantes
a nós e,
como
nós,
filhas
do mesmo
Deus,
enquanto
hoje
organizações
inúmeras
defendem
as
florestas,
os rios
e as
baleias
contra o
egoísmo
que
ainda
impera
no
planeta.
Claro
que
estamos
longe de
conhecer
na Terra
uma
civilização
digna
desse
nome,
assunto
a que os
Espíritos
Superiores
se
referem
na
seguinte
questão
que
integra
“O Livro
dos
Espíritos”:
Questão
793 -
Por que
indícios
se pode
reconhecer
uma
civilização
completa?
“Reconhecê-la-eis
pelo
desenvolvimento
moral.
Credes
que
estais
muito
adiantados,
porque
tendes
feito
grandes
descobertas
e obtido
maravilhosas
invenções;
porque
vos
alojais
e vestis
melhor
do que
os
selvagens.
Todavia,
não
tereis
verdadeiramente
o
direito
de
dizer-vos
civilizados,
senão
quando
de vossa
sociedade
houverdes
banido
os
vícios
que a
desonram
e quando
viverdes
como
irmãos,
praticando
a
caridade
cristã.
Até
então,
sereis
apenas
povos
esclarecidos,
que hão
percorrido
a
primeira
fase da
civilização.”
Oportunidades
para
chegarmos
a esse
ideal
temos
tido e
teremos
inúmeras,
graças à
lei da
reencarnação,
segundo
a qual
Deus nos
concede
meios de
fazermos
ou
consertarmos
numa
existência
aquilo
que
deixamos
de fazer
ou
fizemos
com
imperfeição
em
existências
passadas.
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