A estrutura dos
seres vivos não é
simples como a dos
minerais
1. Nos mundos como a
Terra, ao lado dos
corpos materiais que
formam o substrato
permanente do solo
ou crosta terrestre,
das águas dos mares
e dos gases da sua
atmosfera, há seres
que apresentam um
ciclo de existência,
isto é, nascem,
crescem,
desenvolvem-se e
reproduzem-se,
definham e morrem.
São os seres vivos –
os vegetais e os
animais. Nos seus
corpos não há a
estrutura simples e
relativamente
homogênea de um
mineral, mas a
heterogeneidade de
uma organização
completa, órgãos que
se associam em
sistemas e
aparelhos, com
vistas à realização
das complexíssimas
funções vitais.
2. Os órgãos dos
seres vivos são
formados por tecidos
específicos, que,
por sua vez,
resultam da
associação de
pequeninas células.
Caracterizam-se,
assim, os seres
vivos, por sua
organização celular,
havendo-os também
unicelulares, ou
seja, formados por
uma única célula.
Esta é a unidade
vital em que se
realizam, por
intermédio de
orgânulos ou
corpúsculos
celulares, todas as
funções que
caracterizam o ciclo
da vida, desde o
nascimento até a
morte. A formação
dos seres vivos
obedece às mesmas
leis químicas que
regulam a formação
das substâncias
minerais, o que
significa que as
substâncias
orgânicas que entram
na constituição dos
corpos vegetais e
animais são
constituídas pelos
mesmos princípios ou
elementos químicos e
obedecem, na sua
formação, às mesmas
leis que regem a
constituição das
substâncias
inorgânicas.
3. É sabido como se
formam os compostos
minerais: os
elementos se
combinam obedecendo,
em primeiro lugar,
às afinidades
existentes entre
eles e decorrentes
das estruturas
específicas de seus
átomos, e, em
segundo lugar, às
leis das combinações
químicas, entre as
quais sobrelevam a
da conservação das
massas (de
Lavoisier) e a das
proporções definidas
(de Proust).
4. Quando em dadas
condições os
elementos se
combinam para formar
um determinado
composto, as massas
que se combinam
guardam entre si e
com a massa do
produto da reação
relações constantes.
Por exemplo: o
hidrogênio e o
oxigênio apresentam
grande afinidade
química e, em
condições
apropriadas, se
combinam para formar
água. Ao
combinar-se, suas
massas guardam entre
si uma relação
invariável que,
expressa pelos
menores números
inteiros, é de 1
para 8. Poderíamos
multiplicar os
exemplos com as
combinações binárias
do oxigênio com os
metais, de que
resultam os óxidos
metálicos, do flúor,
do cloro, do bromo,
do iodo, formando
fluoretos, cloretos,
brometos e iodetos
etc.
Os seres vivos
procedem sempre de
um gérmen
5. O que se quer
ressaltar é que os
compostos orgânicos
se formam a partir
dos mesmos elementos
químicos que entram
na composição dos
compostos
inorgânicos ou
minerais e obedecem
às mesmas leis de
conservação e
proporcionalidade.
Os compostos
orgânicos apresentam
somente a
particularidade de
terem todos eles
como elemento
primordial o
carbono, vindo
depois, em
importância, o
hidrogênio, o
oxigênio e o
nitrogênio
e, em seguida, o
enxofre, o fósforo,
o ferro e muitos
outros elementos.
Dizendo, porém, que
os compostos
orgânicos se
constituem dos
mesmos princípios
elementares e
obedecem às mesmas
leis, referimo-nos a
eles considerados em
si mesmos,
isoladamente, ou
tão-somente como
substâncias
individuais e
específicas, não
como participantes
dos conjuntos
biológicos, nas
células, nos
tecidos, nos órgãos
e nos organismos
vegetais e animais,
porque aí essas
substâncias aparecem
conjugadas numa
integração funcional
para constituírem
uma unidade viva,
fato que reclama,
evidentemente, uma
força integradora,
inerente a uma
substância sutil que
se chama princípio
vital. É este
princípio que
comunica aos
vegetais e aos
animais a vida
orgânica,
possibilitando-lhes
o exercício de todas
as funções vitais.
6. O ser vivo,
contudo, nunca se
mostra desde o
início de sua
existência como o
conhecemos no
indivíduo adulto.
Vegetal ou animal,
procede sempre de um
gérmen. Os germens
são sistemas
orgânicos minúsculos
em que
potencialidades
funcionais se
encontram em estado
latente, à espera de
condições propícias
de calor, umidade,
meio nutritivo
apropriado, para
eclodirem,
determinando o
crescimento, o
desenvolvimento e a
multiplicação
celular, de modo que
surja do gérmen o
embrião, e do
embrião o ser
completo.
7. Foi a partir
desses germens que a
vida apareceu na
Terra. No começo,
quando tudo era
ainda caos, os
elementos se
mantinham separados,
em sutilíssimos
estados de fluidez e
disseminados na
imensidão do espaço.
Pouco a pouco foram
cessando as causas
que os mantinham
afastados e eles se
foram combinando,
obedecendo às
recíprocas
afinidades, de
acordo com as
condições que iam
surgindo e conforme
às leis das
combinações
químicas.
Formaram-se, assim,
todas as modalidades
de matéria e até
mesmo a matéria dos
germens das diversas
espécies animais e
vegetais. Só que
neles a vida
permanecia ainda
latente, como se dá
com as sementes e as
crisálidas, que
permanecem inertes
até que condições
propícias lhes
proporcionem fluido
vital que lhes
comunique o
movimento da vida.
Nada existiria no
Universo, não fosse
a Vontade Divina
8. Uma vez formados
a partir dos seus
germens, os seres
vivos traziam em si
mesmos, absorvidos,
os elementos que
poderiam servir para
a própria formação e
passaram a
transmiti-los,
segundo as leis da
reprodução. A
espécie humana terá
do mesmo modo
surgido na Terra,
que lhe conteria na
atmosfera ou na
própria crosta os
germens, como se
pode deduzir das
respostas dadas
pelos Espíritos
Superiores a Kardec,
nas questões 44, 47
e 49 d’O Livro dos
Espíritos.
9. Sabemos, pela
revelação dos
Espíritos
superiores, que
Deus, ao criar o
cosmo ou matéria
primitiva,
estabeleceu também
leis para reger as
suas transformações.
Essas leis são, em
verdade, meras
diversificações de
uma lei maior que a
todas abrange e
resume. Tudo no
Universo é atração e
magnetismo. A
gravitação universal
governa os
movimentos dos
mundos, mantendo-os
em suas órbitas,
como a gravidade
condiciona o peso
dos corpos,
inexoravelmente
atraindo-os para o
centro da Terra. A
força de coesão
atrai as moléculas
das substâncias,
mantendo-as
solidariamente
unidas para formar
as massas dos
corpos, e a lei de
afinidade química
preside à atração
entre os átomos dos
diferentes
elementos,
mantendo-os ligados,
combinados nos
compostos químicos.
10. Nada existiria,
contudo, nem o
cosmo, nem as forças
cósmicas, não fosse
a Vontade Divina,
por cuja ação
soberana tudo em
realidade se criou.
O começo absoluto
das coisas, diz
Galileu (Espírito),
remonta, assim, a
Deus. As sucessivas
aparições delas no
domínio da
existência constitui
a ordem da criação
perpétua. Nada mais
podemos avançar,
senão que a matéria
cósmica é a fonte de
onde Deus, pelo seu
pensamento e
vontade, faz
surgirem os mundos e
os seres. A matéria
cósmica primitiva
continha e contém
todos os elementos
materiais, fluídicos
e vitais de todos os
mundos que se
formaram e continuam
a formar-se, pois a
criação prossegue
sempre.
11. Kardec perguntou
aos Espíritos
Superiores:
“Poderemos conhecer
o modo de formação
dos mundos?” e eles
responderam: “Tudo o
que a esse respeito
se pode dizer e
podeis compreender é
que os mundos se
formaram pela
condensação da
matéria disseminada
no espaço”. O
Codificador
perguntou também se
os mundos, uma vez
formados, podem
desaparecer,
disseminando-se no
espaço a matéria que
o compõe, e eles
informaram: “Sim,
Deus renova os
mundos como renova
os seres vivos”.
Deduz-se disso que
os mundos têm seus
ciclos de formação,
de evolução – para
que se tornem
moradas apropriadas
aos seres que os
deverão habitar – e
de desaparecimento,
quando a matéria
condensada que os
forma se
desagregará,
voltando novamente
ao estado fluídico e
retornando,
portanto, à fonte
primitiva de onde
saíram – o cosmo.
Respostas às
questões propostas
1. De que são
formados os órgãos
dos seres vivos?
R.: Os órgãos dos
seres vivos são
formados por tecidos
específicos que, por
sua vez, resultam da
associação de
pequeninas células.
Caracterizam-se,
assim, os seres
vivos, por sua
organização celular,
havendo-os também
unicelulares, ou
seja, formados por
uma única célula.
Esta é a unidade
vital em que se
realizam, por
intermédio de
orgânulos ou
corpúsculos
celulares, todas as
funções que
caracterizam o ciclo
da vida, desde o
nascimento até a
morte. A formação
dos seres vivos
obedece às mesmas
leis químicas que
regulam a formação
das substâncias
minerais, o que
significa que as
substâncias
orgânicas que entram
na constituição dos
corpos vegetais e
animais são
constituídas pelos
mesmos princípios ou
elementos químicos e
obedecem, na sua
formação, às mesmas
leis que regem a
constituição das
substâncias
inorgânicas.
2. Como se formam os
compostos minerais?
E os compostos
orgânicos?
R.: É sabido como
se formam os
compostos minerais:
os elementos se
combinam obedecendo,
em primeiro lugar,
às afinidades
existentes entre
eles e decorrentes
das estruturas
específicas de seus
átomos e, em segundo
lugar, às leis das
combinações
químicas, entre as
quais sobrelevam a
da conservação das
massas (de
Lavoisier) e a das
proporções definidas
(de Proust). Os
compostos orgânicos
se formam a partir
dos mesmos elementos
químicos que entram
na composição dos
compostos
inorgânicos ou
minerais e obedecem
às mesmas leis de
conservação e
proporcionalidade.
Os compostos
orgânicos apresentam
somente a
particularidade de
terem todos eles
como elemento
primordial o
carbono, vindo
depois, em
importância, o
hidrogênio, o
oxigênio e o
nitrogênio e, em
seguida, o enxofre,
o fósforo, o ferro e
outros elementos.
3. Que são germens?
R.: Seja vegetal ou
animal, o ser vivo
procede sempre de um
gérmen. Os germens
são sistemas
orgânicos minúsculos
em que
potencialidades
funcionais se
encontram em estado
latente, à espera de
condições propícias
de calor, umidade,
meio nutritivo
apropriado, para
eclodirem,
determinando o
crescimento, o
desenvolvimento e a
multiplicação
celular, de modo que
surja do gérmen o
embrião, e do
embrião o ser
completo.
4. Como apareceram
os seres vivos na
Terra?
R.: A vida apareceu
na Terra com o
surgimento dos
germens. No começo,
quando tudo era
ainda caos, os
elementos se
mantinham separados,
em sutilíssimos
estados de fluidez e
disseminados na
imensidão do espaço.
Pouco a pouco foram
cessando as causas
que os mantinham
afastados e eles se
foram combinando,
obedecendo às
recíprocas
afinidades, de
acordo com as
condições que iam
surgindo e conforme
às leis das
combinações
químicas.
Formaram-se, assim,
todas as modalidades
de matéria e até
mesmo a matéria dos
germens das diversas
espécies animais e
vegetais. Só que
neles a vida
permanecia ainda
latente, como se dá
com as sementes e as
crisálidas, que
permanecem inertes
até que condições
propícias lhes
proporcionem fluido
vital que lhes
comunique o
movimento da vida.
Uma vez formados a
partir dos seus
germens, os seres
vivos traziam em si
mesmos, absorvidos,
os elementos que
poderiam servir para
a própria formação e
passaram a
transmiti-los,
segundo as leis da
reprodução. A
espécie humana terá
do mesmo modo
surgido na Terra,
que lhe conteria na
atmosfera ou na
própria crosta os
germens, como se
pode deduzir das
respostas dadas
pelos Espíritos
Superiores a Kardec,
nas questões 44, 47
e 49 d’ O Livro dos
Espíritos.
5. Que ensina o
Espiritismo a
respeito da formação
dos mundos?
R.: Tudo o que a
esse respeito se
pode dizer, segundo
os ensinos
espíritas, é que os
mundos se formaram
pela condensação da
matéria disseminada
no espaço e que Deus
os renova, como
renova os seres
vivos, o que nos
permite deduzir que
os mundos têm seus
ciclos de formação,
de evolução e de
desaparecimento.
Bibliografia:
O
Livro dos
Espíritos,
de Allan Kardec,
itens 38, 39,
41, 44, 47 e
49.
A
Gênese,
de Allan Kardec,
itens 4, 6, 7,
10, 17, 20 e 22.