Em 2003 foi
lançada a nossa
primeira obra,
Esboço da
Obra-da-vida-inteira,
um livro
não-espírita mas
com tintas
humanistas e
espiritualistas,
pela editora da
Universidade
Federal de
Rondônia (EDUFRO).
Em 2005 foi a
vez da primeira
obra espírita,
Lições de um
Suicida: um
Estudo do
Clássico
Memórias de um
Suicida,
pela Editora
Allan Kardec, de
Campinas. Em
2006 saiu do
prelo um livro
infantil, com
fundo histórico
regional, A
casa de dona
Dodó. No
prelo existem
muitas outras
obras, inclusive
O mistério da
cabana, um
livro
infanto-juvenil
a ser lançado
ainda este ano.
O Consolador:
Seu livro
Lições de um
Suicida,
lançado pela
Editora Allan
Kardec, analisa
o profundo
conteúdo do
precioso livro
de Yvonne
Pereira
Memórias de um
Suicida,
editado pela
FEB. O que o
levou a essa
análise? Quais
as maiores
dificuldades e
alegrias
encontradas?
Conte-nos a
experiência.
O Lições de
um Suicida
nasceu dentro do
nosso propósito
de compensar as
horas perdidas
ao longo desta
encarnação... Há
9 anos adotamos
o hábito de
acordar às 4
horas da manhã
para ler,
escrever, orar.
E ao reler pela
terceira vez o
Memórias de
um Suicida
nos veio a
vontade de
escrever sobre o
mesmo. Entre a
idéia inicial e
a publicação
transcorreram
mais de seis
anos e muitos
companheiros se
juntaram a nós
para tornar
possível a sua
publicação. A
alegria maior
foi ter recebido
algumas cartas e
mensagens
eletrônicas com
notícias de que
o nosso livro
estava a ser
estudado. Um dos
propósitos da
obra é realmente
esse: despertar
o interesse pelo
estudo mais
sistematizado
dos livros
espíritas. E
como complemento
desta boa nova,
soubemos também
de muitos
companheiros que
decidiram
enfrentar a
leitura do
Memórias, o
que era também
um dos nossos
objetivos.
Devemos dizer,
de passagem, que
a riqueza do
livro do Camilo
Castelo Branco,
grafado graças à
mediunidade da
Yvonne Pereira,
é tamanha, que
pelo menos mais
umas duas obras,
no mesmo
formato,
poderiam ser
escritas!
O Consolador:
Você possui
outras obras
publicadas ou
aguardando
publicação?
Temos uma
coletânea de
contos,
vinculados uns
aos outros, que
denominamos de
Histórias do
Cego Oliveira.
Pretendemos
vê-los
publicados um
dia, sem
pressa... Um
outro projeto,
já iniciado, é
trabalhar um
tema específico,
dentro do
contexto das
obras básicas e
complementares,
para alargamento
de algumas
discussões. O
primeiro da
série é "O
Pensamento
segundo os
Espíritos".
Para a melhor
idade
sonhamos com a
possibilidade de
elaborarmos uma
nova versão das
obras básicas de
Kardec, numa
escrita mais
atualizada,
simples e sem
rebuscamentos,
feita a partir
da língua
internacional, o
esperanto. Uma
editora já
demonstrou
interesse pelo
projeto. Existem
outras obras,
mas serão
publicadas pela
nossa editora, a
Temática, com
foco no
incentivo à
leitura nas
escolas e em
casa, projeto
profissional a
que temos nos
dedicado
atualmente. Por
meio destas
obras temos
conseguido levar
a mensagem
espírita-cristã
para os
gentios, ao
abordar questões
de natureza
ético-moral em
uma linguagem
mais universal,
com a vantagem
extra de que
estes livros
poderão ser
lidos e
trabalhados
também na
evangelização
infanto-juvenil...
O Consolador:
E quanto à sua
atividade
acadêmica?
Relate-nos sua
experiência na
área da
educação.
Continuo
vinculado à
educação por
produzir
material
literário
(didático e
paradidático),
mas, por ora,
fora de sala de
aula. Fui
professor em
tempo integral
durante oito
anos, no ensino
fundamental e
médio, no
início, e depois
no ensino
superior. Além
dos milhares de
alunos que
ajudei a formar
e com os quais
mantenho
vínculos
fraternos,
desenvolvi
alguns projetos
a que darei
continuidade,
como o da
Metodologia
Científica como
Recurso
Didático-pedagógico,
voltado aos
docentes de
qualquer área ou
nível.
O Consolador:
Como é o
movimento
espírita no
Estado em que
você reside? A
distância dos
grandes centros
econômicos do
país cria
dificuldades
também para a
expansão do
movimento
espírita?
Por vivermos na
Amazônia, em um
Estado há pouco
mais de 20 anos
emancipado,
estamos ainda a
construir tudo.
E o movimento
espírita reflete
este estado
de pioneirismo
em que
estamos
mergulhados. Com
um agravante,
que é o fluxo
migratório ainda
intenso, o que
faz com que
percamos muitos
companheiros
em trânsito
para outros
locais do país.
A distância não
é obstáculo, mas
o isolamento
sim. Muitas
cidades daqui,
longe do eixo
viário
principal, a
BR-364, ainda
não têm centros
ou grupos
espíritas.
Aceitamos a
colaboração de
alguns
bandeirantes
corajosos... Na
capital e nas
principais
cidades, no
entanto, o
movimento já
está bem
consolidado, com
muitas
atividades sendo
realizadas
dentro do
espírito de
integração e
unificação, sob
o comando do
companheiro
Pedro Barbosa,
presidente da
Federação
Espírita de
Rondônia.
O Consolador:
Como você tem
encarado os
temas polêmicos
em circulação no
movimento
espírita,
atualmente?
Nos meus tempos
de estudante eu
tinha um gosto e
uma inclinação
às polêmicas em
geral e às do
movimento
espírita, em
particular,
acompanhando com
certo ardor e
parcialidade os
embates.
Hoje, percebo
que há muitas
ações de
natureza
afirmativa a
serem realizadas
e dispersar
forças debatendo
questões menos
essenciais nos
parece
desperdício de
energia e tempo.
Adotamos, além
disso, uma
medida
preventiva que
tem trazido bons
resultados: não
debater temas
polêmicos face a
face, para não
criar
inimizades,
mas abordá-los
sempre que
necessário e
oportuno nas
palestras e na
impressa
escrita, por
podermos
expor melhor
nosso pensamento
e tomar partido
(em favor da
Doutrina
Espírita,
evidentemente),
sem ferir
suscetibilidades...
O Consolador: E
os temas
polêmicos da
sociedade?
Estes devem,
sempre que
possível, ser
"assimilados" e
"convertidos" à
linguagem
espírita e
trazidos à
discussão nos
centros
espíritas, nos
momentos e
lugares
adequados. Um
deles, em
especial, clama
por uma visão
e um debate de
natureza
espírita - a
polêmica das
células-tronco.
Que os
estudiosos
espíritas possam
se manifestar e
esclarecer o
tema!!
O Consolador:
Suas palavras
finais.
Precisamos
estudar mais e
mais a Doutrina
Espírita, de
forma
sistemática,
constante, de
modo a assimilar
melhor os seus
princípios. Uma
sugestão que
temos a dar é:
leiam aos
poucos, porém
todos os dias. É
o que temos
feito há nove
anos, pelas
madrugadas.
Neste momento
estamos a ler
sistematicamente
quatro obras:
1)
Itinerários de
Antígona,
livro
não-espírita de
Barbara Freitag,
mas que aborda
magistralmente
um tema que nos
interessa a
todos: a questão
da moralidade;
2) Seareiros
de volta,
livro da fase
uberabense do
Waldo Vieira,
editado pela
FEB, com
mensagens de
diversos
Espíritos;
3) O
Consolador,
de Emmanuel, na
psicografia de
Chico Xavier, e
4)
La Konsolanto,
a versão em
esperanto da
obra anterior,
em belíssima e
elucidativa
tradução.
Por vezes
demoramos um
ano, um ano e
meio para
finalizarmos a
leitura das
obras maiores...
Mas vale a pena
este esforço
passo-a-passo!!
Grato pela
oportunidade!!
|