Os Espíritos não
estão
indefinidamente
presos a um mundo
1. A
encarnação nos
diferentes mundos
obedece a um
critério de
progresso moral.
Quando, em
determinado planeta,
os Espíritos hão
realizado a soma de
progresso que o
estado desse planeta
comporta, eles o
deixam para encarnar
em outro mais
adiantado, onde
poderão adquirir
novos
conhecimentos.
2. Os Espíritos que
encarnam em um mundo
não se acham,
portanto, presos a
ele indefinidamente.
Cada mundo é para
eles o que escola
representa para a
criança, que muda de
classe à medida que
progride nos seus
estudos.
3. Os Espíritos
elevados são
destinados a
reencarnar em
planetas mais bem
dotados que o nosso.
A escala grandiosa
dos mundos apresenta
inúmeros graus,
dispostos para a
ascensão progressiva
dos Espíritos, que
os devem transpor
cada um por sua vez.
4. Falando a
respeito das
inumeráveis moradas
existentes no
Universo infinito,
Jesus afirmou: “Na
casa de meu Pai há
muitas moradas. Se
assim não fora, eu
vo-lo teria dito.
Pois vou
preparar-vos o
lugar”.
A Terra pertence à
categoria dos mundos
de expiação e provas
5. Segundo a
Doutrina Espírita,
os planetas podem
dividir-se em cinco
categorias
principais:
·
Mundos primitivos,
onde se verificam as
primeiras
encarnações da alma
humana.
·
Mundos de expiação e
provas, em que o mal
predomina.
·
Mundos
regeneradores, onde
as almas que ainda
têm o que expiar
adquirem novas
forças, repousando
das fadigas da luta.
·
Mundos felizes, onde
o bem supera o mal.
·
Mundos celestes ou
divinos, morada dos
Espíritos
purificados, onde o
bem reina sem
mistura.
6. A
Terra – assevera
Allan Kardec –
pertence à categoria
dos mundos de
expiação e de
provas, e é por isso
que nela o homem
está exposto a
tantas misérias.
“Não obstante –
ensina Santo
Agostinho – não são
todos os Espíritos
encarnados na Terra
que se encontram em
expiação. As raças
que chamais
selvagens
constituem-se de
Espíritos apenas
saídos da infância,
e que estão, por
assim dizer,
educando-se e
desenvolvendo-se ao
contacto de
Espíritos mais
avançados. ” (O
Evangelho segundo o
Espiritismo,
cap. III, item 14.)
7. Nas esferas
superiores à Terra o
império da matéria é
menor. Lá se
desconhecem as
guerras, carecendo
de objeto os ódios e
as discórdias,
porque ninguém –
devido ao estado de
adiantamento da
sociedade ali
encarnada – pensa em
causar dano ao seu
semelhante.
8. O homem que vive
nesses mundos não
mais se arrasta
penosamente sob a
ação de pesada
atmosfera. Ele se
desloca de um lugar
a outro com muita
facilidade. As
necessidades
corpóreas são quase
nulas e
desconhecidos os
trabalhos rudes.
Mais longa que a
nossa, a existência
ali se passa no
estudo, na
participação das
obras de uma
civilização
aperfeiçoada, que
tem por base a mais
pura moral, o
respeito aos
direitos de todos, a
amizade e a
fraternidade.
A forma humana é
comum também aos
mundos superiores
9. A
intuição que seus
habitantes têm do
futuro, a segurança
que uma consciência
isenta de remorsos
lhes dá, fazem com
que a morte nenhuma
apreensão lhes
cause, e eles a
encaram de frente,
sem temor, como
simples
transformação
necessária ao
processo evolutivo.
10. Nenhum
pensamento oculto,
nenhum sentimento de
inveja tem ingresso
nessas almas
delicadas. O amor, a
confiança, a
sinceridade presidem
às reuniões em que
todos recolhem as
instruções dos
mensageiros divinos
e onde se aceitam as
tarefas que podem
contribuir para
elevá-los ainda
mais.
11. A
encarnação de um
Espírito em um mundo
inferior àquele em
que viveu em sua
última existência
corpórea pode
ocorrer em dois
casos:
·
Como missão, com o
objetivo de auxiliar
o progresso, caso em
que aceita alegre as
tribulações de tal
existência, por lhe
proporcionar meio de
se adiantar.
·
Como expiação,
porque há casos em
que os Espíritos
devem recomeçar, no
meio conveniente à
sua natureza, as
existências mal
empregadas.
12. Nos mundos
superiores à Terra a
forma corpórea é
sempre a humana,
porém muito mais
bela, aperfeiçoada e
sobretudo
purificada. O corpo
físico nada tem da
materialidade
terrestre e, por
isso, não está
sujeito às
necessidades, às
doenças e às
deteriorações que a
predominância da
matéria provoca.
Respostas às
questões propostas
1. Que é que
determina a
encarnação de um
Espírito nesse ou
naquele planeta?
R.: A encarnação nos
diferentes mundos
obedece a um
critério de
progresso moral.
Quando, em
determinado planeta,
os Espíritos hão
realizado a soma de
progresso que o
estado desse planeta
comporta, eles o
deixam para encarnar
em outro mais
adiantado, onde
poderão adquirir
novos conhecimentos.
2. Segundo a
Doutrina Espírita, a
que categoria
pertence o planeta
Terra?
R.: A Terra pertence
à categoria dos
mundos de expiação e
de provas, e é por
isso que nela o
homem está exposto a
tantas misérias.
3. As condições de
vida nas esferas
superiores à Terra
são diferentes das
nossas?
R.: Sim. Nas esferas
superiores o império
da matéria é menor.
Lá se desconhecem as
guerras, carecendo
de objeto os ódios e
as discórdias,
porque ninguém –
devido ao estado de
adiantamento da
sociedade ali
encarnada – pensa em
causar dano ao seu
semelhante.
4. Que razões
haveria para um
Espírito reencarnar
em um mundo inferior
àquele em que viveu
em sua última
existência corpórea?
R.: A encarnação de
um Espírito em um
mundo inferior
àquele em que viveu
em sua última
existência corpórea
pode ocorrer como
missão, com o
objetivo de auxiliar
o progresso, caso em
que aceita alegre as
tribulações de tal
existência, por lhe
proporcionar meio de
se adiantar, ou como
expiação, porque há
casos em que os
Espíritos devem
recomeçar, no meio
conveniente à sua
natureza, as
existências mal
empregadas.
5. A
forma humana pode
ser também
encontrada nos
mundos superiores à
Terra?
R.: Sim. Nos mundos
superiores à Terra a
forma corpórea é
sempre a humana,
porém muito mais
bela, aperfeiçoada e
sobretudo
purificada.
Bibliografia:
O
Livro dos Espíritos,
de
Allan Kardec,
questões 178 e 182.
O
Evangelho segundo o
Espiritismo,
de
Allan Kardec,
capítulo III, itens
2 a 18.
A
Gênese,
de Allan Kardec,
item 28.
O
Evangelho segundo
João,
14:1-3.
Depois da Morte,
de
Léon Denis, pp. 221
e 224.