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Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita  Inglês  Espanhol
Programa IV: Aspecto Filosófico

Ano 2 - N° 86 - 14 de Dezembro de 2008

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br

Curitiba, Paraná (Brasil)  

 
Encarnação nos diferentes
mundos
 

 
Apresentamos nesta edição o tema no 86 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.

Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue.

Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo.

Questões para debate

1. Que é que determina a encarnação de um Espírito nesse ou naquele planeta?

2. Segundo a Doutrina Espírita, a que categoria pertence o planeta Terra?

3. As condições de vida nas esferas superiores à Terra são diferentes das nossas?

4. Que razões haveria para um Espírito reencarnar em um mundo inferior àquele em que viveu em sua última existência corpórea?

5. A forma humana pode ser também encontrada nos mundos superiores à Terra? 

Texto para leitura 

Os Espíritos não estão indefinidamente presos a um mundo

1. A encarnação nos diferentes mundos obedece a um critério de progresso moral. Quando, em determinado planeta, os Espíritos hão realizado a soma de progresso que o estado desse planeta comporta, eles o deixam para encarnar em outro mais adiantado, onde poderão adquirir novos conhecimentos. 

2. Os Espíritos que encarnam em um mundo não se acham, portanto, presos a ele indefinidamente. Cada mundo é para eles o que escola representa para a criança, que muda de classe à medida que progride nos seus estudos. 

3. Os Espíritos elevados são destinados a reencarnar em planetas mais bem dotados que o nosso. A escala grandiosa dos mundos apresenta inúmeros graus, dispostos para a ascensão progressiva dos Espíritos, que os devem transpor cada um por sua vez.  

4. Falando a respeito das inumeráveis moradas existentes no Universo infinito, Jesus afirmou: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos o lugar”. 

A Terra pertence à categoria dos mundos de expiação e provas 

5. Segundo a Doutrina Espírita, os planetas podem dividir-se em cinco categorias principais: 

·       Mundos primitivos, onde se verificam as primeiras encarnações da alma humana.

·       Mundos de expiação e provas, em que o mal predomina.

·       Mundos regeneradores, onde as almas que ainda têm o que expiar adquirem novas forças, repousando das fadigas da luta.

·       Mundos felizes, onde o bem supera o mal.

·       Mundos celestes ou divinos, morada dos Espíritos purificados, onde o bem reina sem mistura. 

6. A Terra – assevera Allan Kardec – pertence à categoria dos mundos de expiação e de provas, e é por isso que nela o homem está exposto a tantas misérias. “Não obstante – ensina Santo Agostinho – não são todos os Espíritos encarnados na Terra que se encontram em expiação. As raças que chamais selvagens constituem-se de Espíritos apenas saídos da infância, e que estão, por assim dizer, educando-se e desenvolvendo-se ao contacto de Espíritos mais avançados. ” (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. III, item 14.)  

7. Nas esferas superiores à Terra o império da matéria é menor. Lá se desconhecem as guerras, carecendo de objeto os ódios e as discórdias, porque ninguém – devido ao estado de adiantamento da sociedade ali encarnada – pensa em causar dano ao seu semelhante. 

8. O homem que vive nesses mundos não mais se arrasta penosamente sob a ação de pesada atmosfera. Ele se desloca de um lugar a outro com muita facilidade. As necessidades corpóreas são quase nulas e desconhecidos os trabalhos rudes. Mais longa que a nossa, a existência ali se passa no estudo, na participação das obras de uma civilização aperfeiçoada, que tem por base a mais pura moral, o respeito aos direitos de todos, a amizade e a fraternidade. 

A forma humana é comum também aos mundos superiores 

9. A intuição que seus habitantes têm do futuro, a segurança que uma consciência isenta de remorsos lhes dá, fazem com que a morte nenhuma apreensão lhes cause, e eles a encaram de frente, sem temor, como simples transformação necessária ao processo evolutivo. 

10. Nenhum pensamento oculto, nenhum sentimento de inveja tem ingresso nessas almas delicadas. O amor, a confiança, a sinceridade presidem às reuniões em que todos recolhem as instruções dos mensageiros divinos e onde se aceitam as tarefas que podem contribuir para elevá-los ainda mais. 

11. A encarnação de um Espírito em um mundo inferior àquele em que viveu em sua última existência corpórea pode ocorrer em dois casos: 

·       Como missão, com o objetivo de auxiliar o progresso, caso em que aceita alegre as tribulações de tal existência, por lhe proporcionar meio de se adiantar. 

·       Como expiação, porque há casos em que os Espíritos devem recomeçar, no meio conveniente à sua natureza, as existências mal empregadas. 

12. Nos mundos superiores à Terra a forma corpórea é sempre a humana, porém muito mais bela, aperfeiçoada e sobretudo purificada. O corpo físico nada tem da materialidade terrestre e, por isso, não está sujeito às necessidades, às doenças e às deteriorações que a predominância da matéria provoca.
 

Respostas às questões propostas 

1. Que é que determina a encarnação de um Espírito nesse ou naquele planeta?

R.: A encarnação nos diferentes mundos obedece a um critério de progresso moral. Quando, em determinado planeta, os Espíritos hão realizado a soma de progresso que o estado desse planeta comporta, eles o deixam para encarnar em outro mais adiantado, onde poderão adquirir novos conhecimentos. 

2. Segundo a Doutrina Espírita, a que categoria pertence o planeta Terra?

R.: A Terra pertence à categoria dos mundos de expiação e de provas, e é por isso que nela o homem está exposto a tantas misérias. 

3. As condições de vida nas esferas superiores à Terra são diferentes das nossas?

R.: Sim. Nas esferas superiores o império da matéria é menor. Lá se desconhecem as guerras, carecendo de objeto os ódios e as discórdias, porque ninguém – devido ao estado de adiantamento da sociedade ali encarnada – pensa em causar dano ao seu semelhante. 

4. Que razões haveria para um Espírito reencarnar em um mundo inferior àquele em que viveu em sua última existência corpórea?

R.: A encarnação de um Espírito em um mundo inferior àquele em que viveu em sua última existência corpórea pode ocorrer como missão, com o objetivo de auxiliar o progresso, caso em que aceita alegre as tribulações de tal existência, por lhe proporcionar meio de se adiantar, ou como expiação, porque há casos em que os Espíritos devem recomeçar, no meio conveniente à sua natureza, as existências mal empregadas. 

5. A forma humana pode ser também encontrada nos mundos superiores à Terra?

R.: Sim. Nos mundos superiores à Terra a forma corpórea é sempre a humana, porém muito mais bela, aperfeiçoada e sobretudo purificada.
 

Bibliografia:

O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, questões 178 e 182. 

O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, capítulo III, itens 2 a 18.

A Gênese, de Allan Kardec, item 28.

O Evangelho segundo João, 14:1-3.

Depois da Morte, de Léon Denis, pp. 221 e 224.


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita