Telepatia é a
transmissão do
pensamento de um ser
para outro
1. Os Espíritos
exercem tamanha
influência sobre
nossos pensamentos e
atos que amiúde
somos por eles
dirigidos. O fato se
dá porque eles
povoam os mesmos
espaços em que
vivemos,
acompanham-nos em
nossas atividades e
ocupações, intervêm
em nossas reuniões e
nos seguem ou nos
evitam, conforme os
atraímos ou
repelimos. Estamos,
pois, cercados por
Espíritos,
independentemente de
sermos ou não
médiuns produtivos,
e sua influência
oculta sobre nós se
faz sentir em razão
do grau de afinidade
que mantivermos com
eles.
2. Essa influência
é, às vezes, tão
sutil que não
conseguimos
estabelecer uma
separação entre o
que nos é próprio e
o que é dos
Espíritos. Daí é
fácil deduzir que
entre nossas idéias
e imagens mentais
podem estar
disseminadas idéias
e desejos de
Espíritos estranhos,
sem que disso nos
apercebamos.
3. Analisando essa
influência podemos
entender melhor o
fenômeno vulgarmente
denominado
telepatia, que
consiste, em
essência, na
ocorrência de uma
impressão psíquica
intensa que se
manifesta geralmente
de inopino, seja
durante o estado de
vigília, seja
durante o sono,
impressão essa que
tem ligação com um
acontecimento
desenrolado a
distância.
Resumidamente,
telepatia é a
transmissão do
pensamento de um ser
para outro.
4. Há entre certos
indivíduos uma certa
comunicação de
pensamentos que dá
causa a que se vejam
e se compreendam sem
precisarem, para
isso, dos sinais
ostensivos da
linguagem. Pode-se
dizer que eles falam
a linguagem dos
Espíritos. Em tais
fenômenos há sempre
alguém que é mais
apto para transmitir
o pensamento e outro
com maior
predisposição para
ser receptor.
O termo telepatia
foi proposto por
Frederic Myers em
1882
5. O estudo da
telepatia iniciou-se
por volta de 1825,
quando se fizeram na
França as primeiras
experiências
magnéticas, mas
somente muito mais
tarde é que se
encarou a telepatia
com seriedade
científica. O termo
foi proposto por
Frederic Myers em
1882 e adotado nos
trabalhos da
Society Psychical
Research.
Asseverou Myers:
“Entendo por
telepatia a
transmissão do
pensamento e das
sensações feita pelo
Espírito de um
indivíduo a outro
sem que seja
pronunciada uma
palavra, escrito um
vocábulo ou feito um
sinal”.
6. A
telepatia faz-nos
subir mais um degrau
na escala da vida
psíquica. Achamo-nos
diante desse
fenômeno na presença
de um ato poderoso
da vontade. As
manifestações
telepáticas não
comportam limites. O
poder e a
independência da
alma nelas se
revelam
soberanamente porque
o corpo físico
nenhum papel
representa no
fenômeno; em
verdade, ele
constitui mais um
obstáculo do que um
auxílio. Por causa
disso, tais
manifestações se
produzem com maior
intensidade depois
da morte.
7. A
telepatia pode ser
espontânea ou
experimental.
8. A
telepatia espontânea
subdivide-se em:
a) relativa a um
acontecimento futuro
iminente – casos de
pressentimentos,
premonições, visões
premonitórias e
aparições de
moribundos; b)
relativa ao presente
ou a um passado
recente – casos de
visões nítidas ou
adivinhação de
acontecimentos
afastados, bem como
aparições de vivos.
Com freqüência, o
fenômeno diz
respeito a uma
pessoa unida ao
percipiente por
laços afetivos mais
ou menos fortes.
Pressentimento é uma
intuição vaga das
coisas futuras
9. A
telepatia
experimental engloba
os casos que
traduzem uma
impressão psíquica
produzida a
distância sobre uma
pessoa pela ação e
força da vontade de
outra pessoa. Os
estudiosos
reconhecem, porém,
que a telepatia
experimental
encontra-se longe de
ser estabelecida de
modo tão nítido
quanto a espontânea.
10. Um outro tipo de
influência dos
Espíritos em nossos
pensamentos e atos é
o pressentimento,
que é definido por
Allan Kardec em O
Livro dos Médiuns
como sendo uma
intuição vaga das
coisas futuras.
Algumas pessoas, diz
o Codificador, têm
essa faculdade mais
ou menos
desenvolvida. O fato
deve-se às vezes a
uma espécie de dupla
vista, que permite
ao indivíduo
entrever as
conseqüências e a
filiação dos
acontecimentos; mas,
em muitos casos, é o
resultado de
comunicações
ocultas. É então,
sobretudo nesses
casos, que se pode
dar aos que dela são
dotados o nome de
médiuns de
pressentimentos, que
constituem uma
variedade dos
médiuns inspirados.
11. Neste último
caso, isto é, no
pressentimento como
conseqüência de uma
comunicação oculta,
quem geralmente se
comunica é um
Espírito amigo e
bondoso, alguém que
traz um conselho
íntimo ou uma
advertência
carinhosa a uma
pessoa estimada.
12. O pressentimento
pode manifestar-se
também através de
uma vaga lembrança
que o Espírito tem
das provas ou dos
acontecimentos a que
deverá submeter-se.
Pressentir a hora da
desencarnação, por
exemplo, tem sido
uma ocorrência até
certo ponto comum em
muitos indivíduos. E
se alguns pressentem
a sua desencarnação
porque foram
avisados por
parentes ou amigos
desencarnados,
outros, contudo, têm
disso uma firme
convicção sem que
saibam explicar o
motivo.
Respostas às
questões propostas
1. Como podemos
definir a
telepatia?
R.: O fenômeno
vulgarmente
denominado telepatia
consiste na
ocorrência de uma
impressão psíquica
intensa que se
manifesta geralmente
de inopino, seja
durante o estado de
vigília, seja
durante o sono,
impressão essa que
tem ligação com um
acontecimento
desenrolado a
distância.
Resumidamente,
telepatia é a
transmissão do
pensamento de um ser
para outro.
2. As manifestações
telepáticas se
produzem com maior
intensidade antes ou
depois da morte
corpórea?
R.: Elas se produzem
com maior
intensidade depois
da morte.
3. Que casos se
enquadram na chamada
telepatia
espontânea?
R.: Casos relativos
a acontecimentos
futuros –
pressentimentos,
premonições, visões
premonitórias e
aparições de
moribundos – e casos
relativos ao
presente ou a um
passado recente –
visões nítidas ou
adivinhação de
acontecimentos
afastados, bem como
aparições de vivos.
4. Como Kardec
define o
pressentimento?
R.: O pressentimento
é, segundo Allan
Kardec, uma intuição
vaga das coisas
futuras.
5. A
que se deve, segundo
o Espiritismo, a
ocorrência dos
pressentimentos?
R.: O pressentimento
deve-se às vezes a
uma espécie de dupla
vista, que permite
ao indivíduo
entrever as
conseqüências e a
filiação dos
acontecimentos, mas,
em muitos casos, é o
resultado de
comunicações
ocultas. O
pressentimento pode
manifestar-se também
através de uma vaga
lembrança que o
Espírito tem das
provas ou dos
acontecimentos a que
deverá submeter-se.
Bibliografia:
O
Livro dos Espíritos,
de
Allan Kardec,
questões 421, 459 e
522.
O
Livro dos Médiuns,
de
Allan Kardec, itens
184 e 232.
O
Problema do Ser, do
Destino e da Dor,
de
Léon Denis, FEB, p.
91.
O
Desconhecido e os
Problemas Psíquicos,
de
Camille Flammarion,
FEB, vol. 1, pp. 111
e 112; vol. 2, pp.
38, 39 e 47.
O Ser
Subconsciente,
de
Gustave Geley, FEB,
pp. 109 a 111.
Dicionário
Enciclopédico
Ilustrado,
de
João Teixeira de
Paula, pp. 257 e
258.