WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual
Capa desta edição
Edições Anteriores
Adicionar
aos Favoritos
Defina como sua Página Inicial
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco
 
Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 2 - N° 97 – 8 de Março de 2009

 

A semente

 

Olavo, menino de sete anos, irrequieto e sem paciência, não conseguia realizar suas pequenas tarefas, reclamando de tudo. 

Sentava-se para fazer os deveres da escola, mas em poucos minutos largava o lápis, irritado, alegando: 

— Esta tarefa é muito difícil! Não sei fazer. 

Convidado pelos colegas para assistir a um filme, logo se mostrava impaciente, reclamando: 

— Este filme é muito comprido! Não aguento mais! 

Ao ser chamado para jogar bola, em pouco tempo estava cansado da brincadeira: 

— Este jogo não acaba nunca! Vamos brincar de outra coisa? 

A mãe, preocupada com o comportamento do filho, ouvia suas reclamações, aconselhava-o a ter paciência e a se esforçar mais, sem conseguir resultado algum. 

Certo dia ela resolveu levá-lo para passear. 

Era primavera. Caminhando por uma praça, Olavo ficou encantado com uma árvore florida e exclamou: 

— Veja, mamãe, que árvore grande e bela! Suas flores são lindas e perfumadas!    

Mais adiante, Olavo parou diante de uma estátua recentemente inaugurada. A escultura homenageava um pioneiro da cidade, reproduzindo sua figura em tamanho natural. Olavo, admirado diante da estátua, comentou: 

— Veja, mamãe, que estátua bonita. Parece ter vida! 

Logo em seguida, passaram por uma grande pedra que compunha a ornamentação do jardim, e o menino considerou: 

— Já esta pedra não serve para nada! 

A mãezinha, aproveitando a ocasião, explicou: 

— Engana-se, meu filho. De uma pedra bruta como esta é que o artista fez aquela escultura que você admirava há pouco. 

— Como será que o artista consegue fazer um trabalho tão bonito? 

A mãe sorriu e respondeu: 

— Certamente gasta muito esforço e tempo. 

E apanhando uma vagem no chão, abriu-a, retirou uma das sementes e colocou-a na palma da mão do menino, considerando: 

— Tudo na vida depende de esforço, meu filho. De uma pequena semente como esta é que nasceu a árvore enorme e bela que você está vendo. Representa o esforço conjugado da natureza e do homem, pois alguém cuidou dela para que se desenvolvesse. 

O garoto teve uma ideia e disse, animado: 

— Vou levar esta semente e plantá-la em nossa casa. Quero vê-la crescer logo!  

— Boa ideia, meu filho. Porém, não tenha pressa. Serão precisos muitos anos para que esta pequena semente se transforme em uma árvore. Mas você terá a oportunidade de vê-la nascer, crescer e se desenvolver. 

Olavo ficou decepcionado. 

— Gostaria que crescesse logo! 

— Nada acontece de um dia para o outro, meu filho. Tudo que formos fazer demanda esforço, tempo e boa vontade. Você já viu um prédio surgir de repente, uma ponte ser construída do dia para a noite? 

— Não. Nem a tarefa da escola se revolve sozinha. 

— Isso mesmo. A natureza precisa de tempo para realizar seu trabalho, e nós também. Então, vá em frente. Plante sua semente e verá como é lindo vê-la crescer. 

Delicadamente, Olavo levou a semente em sua mão. Chegando em casa, sob a orientação da mãe, ele abriu um buraco, depositou a semente, cobriu-a com terra e regou. 

Todos os dias, logo ao acordar, Olavo ia ver o local onde tinha plantado sua semente. Um dia, deu pulos de alegria: um brotinho estava apontando. 

Depois, com satisfação Olavo acompanhou o desenvolvimento da plantinha, que todo dia crescia

um pouco, até que passou em muito a altura de Olavo. 

Aquele menino irrequieto e impaciente aprendeu com aquela semente que tudo tem um tempo certo na vida e que não adianta atropelar as coisas. 

Olavo tornou-se bom aluno na escola e alguns anos depois, já moço, foi estudar em outra cidade. 

Ao voltar, encantou-se com o que viu. Sua sementinha transformara-se numa linda e frondosa árvore, cheia de perfumadas flores.  

Olhando o tronco possante, os galhos frondosos que permitiam sombra e frescor, as lindas flores que enfeitavam a frente de sua casa, Olavo disse à sua árvore, emocionado: 
 

— Nós dois crescemos e já estamos produzindo. Eu, porque consegui terminar a faculdade, e você, porque nos alegra com suas flores e sua sombra. Aprendi muito com você, querida amiga. Obrigado! 

Aproximou-se e, abraçando o belo tronco, encheu-o de beijos.

                                                        Tia Célia   

 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita