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Ano 3 - N° 111 – 14 de Junho de 2009

 


A caridade e seu ingrediente fundamental


Na entrevista que concedeu a Marcel Gonçalves, a qual constitui um dos destaques da presente edição, nosso confrade Hugo Gonçalves, exemplo de bondade e de dedicação à causa espírita, esclarece com notável precisão, à luz da Doutrina Espírita, o que significa a palavra caridade e como devemos exercitá-la.

Essa palavra integra, como se sabe, uma frase de Kardec que acabou, com o passar dos tempos, sendo elevada a autêntico lema do Espiritismo: “Fora da caridade não há salvação”.

Para os que associam o vocábulo caridade à esmola ou à simples beneficência, tal lema se afigura despropositado e mesmo absurdo. Mas caridade não se resume a isso, visto que sua conceituação é muito mais ampla e vai além, muito além, do ato de dar alguma coisa a alguém.

Numa conhecida questão d´O Livro dos Espíritos, os imortais ensinaram que, segundo o entendimento de Jesus, caridade significa benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições alheias, perdão das ofensas.

O ato de ajudar alguém insere-se, assim, na chamada beneficência, que seria uma das feições do exercício da caridade, denominada por alguns como sendo caridade material.

Como a caridade deve ser exercitada?

Respondendo a esta questão, Hugo Gonçalves diz que ela deve ser exercitada com amor, pois sem o amor a caridade é falsa e não pode, por conseguinte, ser assim considerada. Quando, ao contrário, há no seu exercício o sentimento do amor, a caridade é pura, é legítima, é, enfim, caridade propriamente dita.

Aliando as palavras do confrade ao ensino dos Espíritos, podemos, então, deduzir que – se o sentimento de amor é indispensável à caridade – só poderemos classificar como atos de caridade a benevolência, quando pura, a indulgência, quando sincera, e o perdão, quando incondicional.

É precisamente com esse sentido que se deve entender a frase de Kardec: “Fora da caridade não há salvação”.


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita