O Consolador:
O Mês Espírita
de Barra Mansa
alcança em 2009
sua 21ª edição.
Fale-nos sobre
as origens do
evento.
Em nossa região
era realizada a
Confraternização
Sul Fluminense,
cada dia em uma
cidade, e graças
a esse evento é
que cresceu o
movimento
espírita na
região. Mas a
cidade de Três
Rios há 10 anos
já realizava as
Semanas
Espíritas e
Barra Mansa
ainda não
realizava a sua.
Foi então na
sede do Centro
Espírita Filhos
da Luz realizada
a 1ª Semana
Espírita de
Barra
Mansa. Depois a
União Municipal
Espírita de
Barra Mansa,
presidida pelo
confrade Armando
e pelo
vice-presidente
Soares, deu
assim
continuidade,
realizando
contato com
expositores, na
sua maioria do
Rio de Janeiro,
através de
cartas pelo
Correio. Era a
dificuldade da
época, esse
contato com os
expositores
através da
carta-convite,
devido à demora
da resposta.
Foram os
seguintes os
expositores da
época: Deolindo
Amorim, Martins
Peralva, Gerson
Simões, Ranieri,
Prof. Ramiro
Gama, Newton de
Barros, Hermínio
Correa de
Miranda, Carlos
Imbassahy,
Terezinha
Oliveira, de
Campinas, e D.
Marciana, de
Cachoeira
Paulista, dentre
outros.
Veio a
necessidade de
se realizar
então o Mês
Espírita,
facilitando uma
melhor
programação
desse importante
evento para
nossa cidade,
com palestras
aos sábados e
seminários aos
domingos,
aproveitando a
vinda de
excelentes
expositores, na
sua maioria
vindos de outros
estados.
O Consolador:
Qual a
instituição
pioneira em
Barra Mansa? Em
que ano foi
fundada e
quantas
instituições
espíritas
existem hoje na
cidade?
O Centro
Espírita Filhos
da Luz foi
fundado em 16 de
junho de 1945.
Hoje Barra Mansa
tem 16
instituições
espíritas, sendo
15 adesas ao
Conselho
Espírita de
Unificação (CEU)
e uma em
processo de
adesão.
O Consolador:
Conte-nos algo
sobre as
curiosidades
históricas
envolvendo a
cidade de Barra
Mansa e o
Espiritismo.
Costumo dizer
que a cidade de
Barra Mansa tem
algo em comum
com o
Espiritismo. Em
1832, quando
Allan Kardec se
casava com a
doce Gabi, o
governo do
estado do Rio
decretava a
criação do
município, com
desmembramento
de terras de
Resende. Em
1857, quando
Allan Kardec
lançava O
Livro dos
Espíritos, a
vila de Barra
Mansa foi
elevada à
categoria de
cidade. Foi
inaugurada
também em 1857 a
Câmara Municipal
da cidade, onde
tivemos a
oportunidade de
comemorar em
2007 os 150 anos
de lançamento de
O Livro dos
Espíritos.
Portanto aí
estão algumas
curiosidades
relacionadas com
nossa querida
Barra Mansa.
O Consolador:
Todas as
instituições
espíritas da
cidade
participam do
Mês Espírita?
Todas
participam. O
16º CEU se reúne
toda segunda
sexta-feira de
cada mês. Nessas
reuniões
fortalecemos os
laços,
planejamos
outros eventos,
discutimos temas
e sugestões de
expositores para
o Mês Espírita,
envolvendo a
participação e
presença de
todas as
instituições.
O Consolador:
Qual a
programação
prevista para o
ano de 2009?
O Mês Espírita
será mais uma
vez realizado
em agosto,
sempre nos
finais de
semana. Para
palestra de
abertura do XXI
Mês
Espírita, vamos
contar com a
presença de
Orson Peter
Carrara, de
Matão (SP), no
dia 1º de
agosto, às 20h.
Dia 2 (domingo),
teremos o
seminário de
8h30 às 12h com
o mesmo
expositor. Dias
8 e 9 de agosto,
é a vez de
Carlos Augusto
Abranches, de
São Paulo; nos
dias 15 e 16
receberemos
Adeilson Salles,
do Guarujá (SP);
em 22 e 23 de
agosto
contaremos com a
presença de
Rogério Coelho,
de Muriaé (MG)
e, encerrando o
mês, no dia 29
teremos Oswaldo
Esteves, de
Volta Redonda
(RJ), e no
domingo, dia 30,
teremos a
presença de
Cristina Delou,
do Rio de
Janeiro, para o
seminário de
encerramento.
Todas as
palestras e
seminários serão
realizados na
sede do Centro
Espírita Filhos
da Luz, na Rua
Eduardo
Junqueira – 702,
no centro de
Barra Mansa.
O Consolador:
Que critério
norteia a
escolha de temas
e oradores?
Aproveitamos
sempre algumas
datas
comemorativas, a
exemplo do que
foi feito em
2007, quando em
várias partes do
mundo se
comemorou o
aniversário de
150 anos de O
Livro dos
Espíritos.
Então fazemos
essa proposta
aos expositores.
Quanto aos
oradores,
fazemos vários
contatos e, como
cresceu muito o
movimento
espírita com
eventos por toda
parte, ficou
cada vez mais
difícil o
agendamento com
os expositores.
Por isso, assim
que termina um
evento como o
Mês Espírita, já
iniciamos o
contato
novamente com
aqueles que se
dispõem a essa
nobre tarefa de
divulgação da
Doutrina
Espírita, o
Consolador
Prometido por
Jesus.
O Consolador:
A proximidade
com Volta
Redonda e
Resende exerceu
alguma
influência no
desenvolvimento
do movimento
espírita da
cidade? Existe
integração com
esses
municípios?
Com a criação da
União Municipal
Espírita foi
realizada a 1ª
Confraternização
Sul Fluminense
pelo confrade
Macedo, da
cidade de
Mendes, e cada
dia numa cidade.
Assim iniciou-se
o
estreitamento e
fortalecimento
dos laços
dos espíritas,
depois transformado
em semanas
espíritas. Hoje,
Volta Redonda
realiza seu Mês
Espírita em
abril, Resende o
realiza em
setembro e
outras cidades
seguem esse
modelo. Pela
proximidade das
cidades fica
fácil a
participação.
Realizamos
também sempre no
primeiro domingo
de maio o
Encontro
Regional
Espírita de
Unificação (EREU),
promovido pelo
CEERJ, cada ano
em uma cidade.
Em 2008 foi em
Barra Mansa,
2009 foi na
cidade de
Valença. Ficam
por conta da
cidade anfitriã
os preparativos
do evento, a
logística e o
almoço para
todos.
Participam desse
evento a III
Região, que
abrange o 16º
CEU Barra Mansa,
o 24º CEU
Valença, o 31º
CEU Miguel
Pereira, o 36º
CEUNIVRE Volta
Redonda, o 40º
CEU Resende,
Itatiaia,
Serrinha e o 41º
CEU Barra do
Pirai, Piraí,
Arrozal e
Pinheiral.
Trata-se de um
grande encontro
que dura o dia
todo, no qual o
objetivo maior é
confraternização
e troca de
experiências.
Este ano o tema
escolhido seguiu
uma orientação
da FEB: O
Plano de
Trabalho para o
Movimento
Espírita
Brasileiro.
Dividimos os
participantes
por centro de
interesse, e
durante o
período de
inscrição cada
participante
escolheu o
centro de
interesse de que
desejava
participar.
O Consolador:
Em termos de
movimento
espírita
estadual, como
se situa Barra
Mansa?
Barra Mansa
participa das
reuniões
realizadas pelo
CEERJ, na Rua
dos Inválidos no
centro do Rio de
Janeiro, levando
ao Conselho as
nossas
dificuldades e
buscando junto a
ele orientações
e soluções.
Participando dos
vários
seminários
promovidos pelo
CEERJ, tivemos a
oportunidade de
representar bem,
participando de
todas as
reuniões durante
o processo de
unificação e
fusão da FEERJ e
USEERJ, iniciado
em 2000 e
concluído em
março de 2006,
em uma grande
reunião
realizada na
sede histórica
da FEB, na
Avenida Passos,
com presença em
massa dos
espíritas do
estado do Rio.
O Consolador:
Quais as maiores
dificuldades e
maiores alegrias
na realização de
um Mês
Espírita?
A maior
dificuldade está
mesmo em
conseguir
expositores e
agendá-los. O
restante é só
alegria. Sou um
grande
entusiasta desse
evento porque
nos dá a grande
oportunidade de
conhecer e
conquistar novos
amigos e
constatar que
todos trabalham,
renunciam e nos
fazem recordar
uma bela
mensagem de
Francisco
Thiesen,
psicografada por
Divaldo P.
Franco e
publicada no
Reformador, na
qual ele
constata, ao
chegar ao mundo
espiritual,
quanta gente há
trabalhando pelo
amor aqui na
Terra.
O Consolador:
Os recursos para
a realização do
Mês Espírita, de
onde provêm?
Realizamos bazar
beneficente,
tarde da torta,
jantar
beneficente. No
ano de
2008 fizemos um
Coquetel
Beneficente com
uma bela
apresentação
musical da nossa
querida Célia
Tomboly, da
cidade de São
Vicente (SP).
Realizamos esses
eventos na sede
da APAE, para
procurar manter,
mesmo sendo fora
da instituição,
o equilíbrio e o
respeito que a
Doutrina
Espírita e a
APAE merecem,
por isso nada de
exageros nem
bebidas
alcoólicas em
todos esses
eventos
realizados.
O Consolador:
Quanto à
repercussão do
evento, que você
pode nos
relatar?
A repercussão é
notada de
imediato, pois a
cada palestra e
seminário que
termina já somos
cobrados na
preparação do
próximo Mês
Espírita e
alguns gostariam
que isso
ocorresse a
cada seis meses.
Vamos trabalhar
para que isso
aconteça.
O Consolador:
Há algo mais que
gostaria de
acrescentar?
Tudo isso que
realizamos hoje
é graças a esses
grandes
companheiros de
Doutrina que
iniciaram e
tiveram a
coragem de no
passado promover
caravanas e
semanas
espíritas,
congressos e
seminários,
apesar das
dificuldades que
existem na
realização
desses eventos.
Entendemos, tal
como dizia
Bezerra de
Menezes:
“Divulgar o
Espiritismo, por
todos os meios e
modos dignos ao
alcance, é
tarefa
prioritária”.
O Consolador:
Suas palavras
finais.
Dedico este
momento aos
espíritas de
todos os estados
e àqueles que
nasceram em
Barra Mansa e
que ainda estão
por aqui, ou
passaram por
aqui
deixando seus
exemplos de amor
a essa doutrina.