cidade, que
completou 75
anos de
atividades em
janeiro último.
O Consolador:
Quando você teve
contato pela
primeira vez com
o Espiritismo?
Foi em 1988 que
entrei pela
primeira vez em
uma Casa
espírita, mas
somente quatro
anos depois, em
1992, comecei a
frequentá-la
mais
assiduamente.
O Consolador:
Houve algum fato
que haja
propiciado esse
contato inicial?
Posso situá-lo
em dois
momentos. O
primeiro, no ano
de 1988, quando
namorava então
minha esposa,
que na época já
era espírita. A
convite dela
assisti então a
palestras no
“Nosso Lar”. O
segundo momento,
no ano de 1992,
deveu-se à
mediunidade
ostensiva de
minha mãe, o que
me levou a
frequentar o
Centro de
Estudos
Espirituais
Vinha de Luz,
que na época
funcionava em
uma casa de
madeira situada
no Jardim Novo
Bandeirantes
e era então
dirigido pelo
saudoso confrade
Pedro Cândido
Romero.
(N. R.:
A mãe do
entrevistado
chama-se Zoraide
Siqueira de
Oliveira e sua
esposa, Cirlene
Teixeira de
Oliveira.)
O Consolador:
Dos três
aspectos do
Espiritismo –
científico,
filosófico e
religioso - qual
é o que mais o
atrai?
Com certeza, o
religioso.
O Consolador:
Que autores
espíritas mais
lhe agradam?
Apesar de não
ser um assíduo
leitor de obras
espíritas, tenho
muito interesse
pelas obras do
Divaldo Franco.
O Consolador:
Que livros
espíritas você
considera de
leitura
indispensável
aos confrades
iniciantes?
Sem dúvida o
“Nosso Lar”, que
pode fornecer
bons subsídios
para os leigos.
E se
demonstrarem
interesse, devem
se aprofundar
nas obras
básicas, mas
daria a sugestão
de começar pelo
Evangelho,
principalmente
se a leitura
desse livro for
feita em
família.
O Consolador: As
divergências
doutrinárias em
nosso meio
reduzem-se a
poucos assuntos.
Um deles diz
respeito ao
chamado
Espiritismo
laico. Para
você, o
Espiritismo é
uma religião?
Eu o considero,
sim, uma
religião, mesmo
sabendo que
Kardec se
utilizou, na
codificação do
Espiritismo, de
uma metodologia
científica. Mas
hoje no Brasil é
difícil não
pensar em
Espiritismo como
sendo uma
religião.
O Consolador: Na
obra de J. B.
Roustaing
ensina-se que a
encarnação dos
Espíritos não é
necessária à
evolução e só
ocorre a título
de castigo,
tendo o ser
humano, nesse
caso, de
encarnar numa
forma animal
primitiva, o que
significa
admissão da
metempsicose.
Que você acha de
tais ideias?
Realmente sei
muito pouco ou
quase nada sobre
Roustaing. Em
certa época até
procurei alguma
coisa sobre ele,
mas agora fiquei
curioso e vou
pesquisar mais
sobre o assunto.
Acreditar nestes
preceitos de
Roustaing vai
realmente contra
os princípios da
evolução
espiritual.
Aprendemos que
nós nascemos
simples e
ignorantes, e ao
longo do caminho
vamos evoluindo
até atingirmos a
perfeição.
Muitas vezes
reencarnamos em
situação que
para nós parece
degradante
e absurda, mas
sabemos ser
necessária para
nossa evolução.
Se acreditarmos
que determinadas
situações
reencarnatórias
servem para nos
castigar, vamos
cair no velho
dilema de que
Deus pune as
nossas falhas (o
que é pregado em
grande parte das
religiões).
Quanto ao fato
de encarnar como
animal, como
prega a
metempsicose,
seria um
retrocesso e nós
kardecistas
sabemos que o
Espírito jamais
regride e, por
menos que seja,
ele sempre
progride em
algum ponto de
seu processo
evolutivo.
O Consolador:
Como você vê o
nível da
criminalidade e
da violência que
parece aumentar
em todo o País e
como nós,
espíritas,
podemos cooperar
para que essa
situação seja
revertida?
Eu não vejo que
a violência
esteja
aumentando da
forma como nos é
bombardeada hoje
em dia. O que
tem aumentado,
sim, são as
divulgações em
órgãos de
imprensa. É só
lembrarmos o
caso Isabela e o
do menino João
Hélio, e outros
que os órgãos de
imprensa, sem
ter mais nada
que divulgar,
repetiram
incessantemente,
explorando muito
as tragédias.
Mas cabe a nós
espíritas
propagar a
doutrina
lembrando
principalmente a
passagem em que
Jesus nos ensina
que devemos
“Amar os nossos
inimigos” e
“Perdoar ao
próximo”, visto
que não se deve
jamais combater
violência com
violência.
O Consolador: A
preparação do
advento do mundo
de regeneração
em nosso planeta
já deu, como
sabemos, seus
primeiros
passos. Daqui a
quantos anos
você acredita
que a Terra
deixará de ser
um mundo de
provas e
expiações,
passando
plenamente à
condição de um
mundo de
regeneração, em
que, segundo
Santo Agostinho,
a palavra
amor estará
escrita em todas
as frontes e uma
equidade
perfeita
regulará as
relações
sociais?
Se formos pensar
no tempo que o
homem está na
Terra, eu diria
que ainda serão
necessários mais
um ou dois
séculos para
alcançarmos essa
plenitude, e
posso estar até
sendo otimista.
O Consolador: Em
face dos
problemas que a
sociedade
terrena tem
enfrentado, qual
deve ser a
prioridade
máxima dos que
dirigem
atualmente o
movimento
espírita no
Brasil e no
mundo?
Volto a bater na
mesma tecla de
que deveríamos
divulgar mais o
Espiritismo como
uma doutrina
cristã, a
questão da vida
após a morte, a
reencarnação, a
comunicabilidade
dos Espíritos,
assuntos esses
que intrigam
muito as pessoas
vinculadas às
demais
religiões.
O Consolador:
Você tem em
mente algum
projeto com
vistas a
divulgar o
Espiritismo por
meio do rádio e
da televisão?
Uma das
primeiras
providências que
estamos tomando
é atualizar o
nosso site.
Fiquei muito
contente em
saber que por
inspiração do
nosso site é que
surgiu esta
maravilhosa
ferramenta hoje
conhecida como
O Consolador.
Em segundo
lugar, quero
divulgar
bastante nossos
trabalhos,
cursos e eventos
na imprensa em
geral.
(N.R.: O site do
Centro Espírita
Nosso Lar é
http://www.cenl.com.br.)
O Consolador:
Fale-nos das
principais metas
que você
pretende
realizar à
frente do Centro
Espírita Nosso
Lar.
A primeira
grande campanha
que vamos lançar
é a da troca das
cadeiras do
salão principal.
Agora no mês de
agosto devemos
começar com
previsão para
trocá-las em
janeiro de 2010.
Em relação às
atividades da
casa, temos um
projeto de uma
vez por mês
trazermos
palestrantes de
outras cidades
do Paraná para
um ciclo de
palestras no
final de semana.
Voltaremos
também com o
Cine pipoca,
onde mensalmente
exibiremos
filmes com
temática
espírita. Vamos
criar um mural
para que os
frequentadores e
trabalhadores da
casa possam
divulgar suas
atividades e
profissões,
buscando assim
uma integração
maior entre
todos. E
promover mais
reuniões com as
coordenações dos
grupos públicos.
Atualmente as
reuniões são
quadrimestrais.
O que queremos é
fazer um
trabalho mais
efetivo com
esses grupos,
ouvir o que cada
grupo tem a
dizer, reclamar
ou sugerir.
Afinal de
contas, esses
grupos são o
cartão de visita
de nosso Centro.