A PSICOGRAFIA DO
MÉDIUM DIVALDO
FRANCO (6)
Espíritos que em vida ganharam o Nobel de Literatura
Até agora comentamos
mensagens mediúnicas que
Divaldo psicografou de
Espíritos que foram em
vida pessoas comuns,
escritores (Amélia
Rodrigues) e até mesmo
acadêmicos de Letras
(Humberto de Campos, no
Brasil, e Victor Hugo,
na França). Agora vamos
nos ocupar de escritores
que ganharam o Prêmio
Nobel de Literatura e,
por isso, a situação
muda muito de posição.
Se já não bastasse
psicografar vários
livros desses diferentes
autores espirituais, em
diversos estilos e em
muito diferentes
temáticas, de alto nível
acadêmico, agora
psicografar ganhadores
do Prêmio Nobel de
Literatura é algo que
não pode passar
despercebido e, por mais
cética que seja a
pessoa, não pode ela
ficar indiferente a
isso.
Faremos um
despretensioso registro
comparativo gramatical e
literário dos livros
mediúnicos que foram
ditados por esses
Espíritos que foram
detentores do Nobel com
os livros que eles
escreveram em vida.
Explicação necessária
A primeira coisa que
precisamos saber é que
não é certo esperar que
livros mediúnicos
repitam exatamente,
100%, o que o
Espírito manifestou em
vida como escritor. Não
esqueçamos que todos os
Espíritos
estamos sujeitos
à Lei de Evolução e
naturalmente adquirimos
novas ideias e nos
adequamos ao tempo e
espaço em que vivemos.
Além do que há uma
adequação do aparelho
mediúnico aos Espíritos
que se manifestam,
atendendo a uma sintonia
vibratória e psíquica.
Seria um contrassenso
esperar que um Espírito
continue exatamente
igual, passadas décadas
e até séculos.
Somos testemunha de que
todos sofremos mudanças,
por vezes até de um dia
ou de um ano para outro.
Desvestidos da matéria
pelo fenômeno da morte,
os Espíritos continuam
evoluindo,
aperfeiçoando-se e
aprendendo. O que se
deve esperar é que se
mantenha, sim, uma
pálida nuança
característica do
Espírito, mais
predominantemente quando
tratamos de Espíritos
que foram escritores e
ganhadores do Prêmio
Nobel de Literatura,
porque nesses casos
estas peculiaridades
gramaticais e literárias
e suas nuanças são muito
mais marcantes neles,
correspondendo muito às
próprias condições
evolutivas como
Espírito.
Espírito de Selma Lagerlöf, prêmio Nobel de Literatura
A contista,
poetisa e
moralista sueca
Selma Lagerlöf
(1858-1940) (foto)
foi
possuidora de
uma admirável
intuição da
psicologia
infantil e muito
enraizada às
lendas e
tradições de sua
terra. Primeira
mulher a ganhar
o Prêmio Nobel
de Literatura em
1909, além de
algumas novelas
escreveu muitos
contos, tudo em
geral sobre
assuntos
nórdicos e
cristãos.
Especificamente
na área de
contos, que mais
a tornaram
famosa, escreveu
muitas lendas,
como A Lenda
de uma Quinta
Senhorial, A
Lenda de Gösta
Berling, A Lenda
de uma Dívida,
Uma Lenda em
Jerusalém
etc.
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Por meio do
médium Divaldo
Franco,
Selma Lagerlöf
ditou também
lendas, que
foram contos
intitulados A
Lenda dos
Milagres do Amor
e A Lenda
do Esconderijo
Seguro.
Interessa
destacar
peculiaridades
importantes para
este estudo
literário: |
a. O Espírito Selma
Lagerlöf manteve como
Espírito uma
característica que teve
em vida, que foi
escrever contos sob a
forma de lendas.
b. Os contos de Selma
Lagerlöf que Divaldo
psicografou tiveram dez
ou mais páginas, tal
como se verificou com o
número de páginas que
tiveram os contos de
Selma Lagerlöf em vida.
c. Os contos ditados
pelo Espírito Selma
Lagerlöf a Divaldo foram
voltados à psicologia
infantil, igualmente
como ocorreu em suas
obras como escritora.
d. Os contos mediúnicos
desse Espírito versaram
assuntos cristãos, como
ocorreu várias vezes nas
suas obras como
escritora.
e. Na obra mediúnica
A Lenda dos
Milagres do Amor, um
detalhe importantíssimo
é que um dos personagens
é um Troll, ou
duende, que é uma
criatura antropomórfica
do folclore escandinavo.
Troll é figura
totalmente desconhecida
do folclore brasileiro.
A Sra. Solveig Nordström,
que por alguns anos foi
a tradutora das
palestras de Divaldo na
Escandinávia, traduziu
esse conto para o sueco
e afirmou que a lenda
psicografada por Divaldo
está completamente
dentro do estilo de
Selma Lagerlöf. Em
poucas linhas, o
Espírito exteriorizou
sua fé no poder da
bondade do amor e a ação
se passa em uma
autêntica paisagem
sueca, com vegetação
típica: tílias, rönn e
bétulas. Estes são
detalhes importantes que
não se pode ignorar.
Recorremos à amiga
Cidinha Bergmann, esposa
do Sr. Oloff, que reside
em Estocolmo, na Suécia,
para que procurasse o
jornalista Alf Folmer,
que conheceu
pessoalmente Selma
Lagerlöff e, de igual
modo, teve oportunidade
de ouvir uma palestra do
médium Divaldo na
Suécia, há alguns anos,
e conheceu o opúsculo –
ou seja, a lenda –
psicografado por Divaldo
do Espírito Selma.
Um depoimento importante acerca do conto psicografado
Gentilmente o Sr. Alf
prestou um importante
testemunho, que precisa
ficar registrado nos
anais da história da
literatura mediúnica.
Ei-lo, na íntegra:
Divaldo e Selma Lagerlöf
Eu mesmo conheci Selma Lagerlöf quando menino. Ela costumava reunir
as crianças em torno de
si para contar-lhes
estórias. Estórias de
duendes e de pessoas
humanas. A estória do
duende de Åsberg, que
morava na montanha mais
próxima e queria estar
junto das pessoas, mas
quedou-se na montanha.
Eu mesmo fiz uma grande
escultura abstrata deste
duende.
Quando Divaldo esteve em Estocolmo a 12 de junho de 1994, Selma
Lagerlöf (Espírito)
apareceu para contar uma
nova estória de 'troll'
(duende). Divaldo a
psicografou. Foi Selma
quem conduziu o lápis e
a mão de Divaldo, e
resultou na estória do
duende que queria estar
entre as pessoas
humanas, mas era
constantemente enxotado.
Mas o duende voltava
para brincar com o
menino que sempre estava
tristonho. O menino e o
duende se tornaram bons
amigos. O menino passou
a ficar
contente, dançava e era
feliz. O semblante do
duende agora veio
a transformar-se no de
um belo jovem.
A mensagem de Selma Lagerlöf resultou na Lenda dos Milagres do
Amor. Este conto é
inteiramente no estilo
de Selma Lagerlöf. –
Alf Folmer -
alf@folmer.se
*
Nos próximos artigos
prosseguiremos nesta
análise temática,
gramatical e literária
de outro Espírito que
foi Prêmio Nobel de
Literatura e que ditou
quatro livros (três
exclusivos e outro em
parceria com o Espírito
Marco Prisco) por
intermédio do médium
Divaldo Franco.