O
centenário
de Chico
Xavier
será,
como
sabemos,
comemorado
durante
todo o
ano,
colocando
em
evidência
a
Doutrina
e o
próprio
movimento
espírita.
É
conhecida
a
profusão
de peças
espíritas
que têm
sido
levadas,
nos
últimos
anos, ao
teatro,
o que
continuará
certamente
ao longo
deste
ano; mas
2010
será
lembrado,
no
futuro,
como o
ano em
que o
cinema
abriu de
verdade
suas
portas
ao
Espiritismo.
A
temporada
de
filmes,
que se
iniciou
na
última
sexta-feira,
dia 2,
com o
lançamento
do filme
“Chico
Xavier”,
terá
outras
grandes
produções
com
elenco
de
renome
ao longo
de 2010,
uma vez
que,
além do
filme
dirigido
por
Daniel
Filho,
que
apresenta
Ângelo
Antonio
e Nelson
Xavier
no papel
do
saudoso
médium,
estão
previstos
para
lançamento
neste
ano os
filmes
“Nosso
Lar”,
dirigido
por
Wagner
Assis;
“As Mães
de
Chico”,
por
Glauber
Filho;
“E a
Vida
Continua”,
de Paulo
Figueiredo,
e o
documentário
“As
Cartas”,
de
Cristiana
Grumbach.
Do filme
“Chico
Xavier”,
em
cartaz
em todo
o
Brasil,
muito já
se
escreveu.
A obra
mostra a
vida do
saudoso
médium
em três
fases,
na
infância,
na
maturidade
e na
velhice.
“Nosso
Lar”,
que deve
ser
lançado
em
setembro,
baseia-se
no livro
homônimo
psicografado
por
Chico
Xavier
que deu
início à
chamada
Série
André
Luiz e,
com mais
de 2
milhões
de
exemplares
comercializados,
é a obra
de Chico
mais
vendida
até
hoje.
Sua
adaptação
para as
telas
foi
feita
pelo
cineasta
Wagner
Assis,
da
produtora
Cinética
Filmes.
O filme
mostra
os
primeiros
anos do
médico
André
Luiz,
após sua
morte,
no plano
espiritual,
uma
prova da
imortalidade
e da
sobrevivência
da alma
que
terá,
com
certeza,
grande
repercussão
no seio
dos que
assistirem
ao
filme.
O médium
Francisco
Cândido
Xavier
psicografou
também o
livro "E
a Vida
Continua",
do mesmo
autor
espiritual,
André
Luiz. A
obra
será
outra a
ganhar
as telas
em 2010,
sob a
direção
do
conhecido
ator
Paulo
Figueiredo.
Em "As
Cartas",
a
diretora
Cristiana
Grumbach
focou a
atenção
nas
mensagens
psicografadas
por
Chico
Xavier.
A
produção
deve
estrear
no
primeiro
semestre
deste
ano. O
documentário
reúne
relatos
de
pessoas
que
receberam
textos
psicografados
pelo
médium.
"Durante
as
filmagens
– disse
Cristiana
–,
descobri
que a
maioria
dessas
cartas
eram de
filhos
para
seus
pais."
Ainda em
fase de
criação,
"As Mães
de
Chico"
reunirá
histórias
de
mulheres
que
receberam
cartas
de
filhos
mortos,
em um
novo
filme de
Glauber
Filho,
responsável
pela
obra
cinematográfica
"Bezerra
de
Menezes
- O
Diário
de Um
Espírito",
de 2008,
que
alcançou
grande
sucesso
nos
cinemas
do País.
"Começamos
com um
documentário,
depois
nasceu a
ficção.
Foi uma
grande
surpresa,
conquistamos
503 mil
espectadores
em 27
semanas.
Isso com
um
orçamento
de R$
2,7
milhões."
*
Na
Revue
Spirite
de 1860,
Kardec
publicou
as
seguintes
palavras
atribuídas
ao
Espírito
de
Alfred
de
Musset
acerca
da arte
espírita:
"O
verme é
verme;
torna-se
bicho da
seda,
depois
borboleta.
Que há
de mais
aéreo,
de mais
gracioso
do que
uma
borboleta?
Então! a
arte
pagã é o
verme; a
arte
cristã é
o
casulo;
a arte
espírita
será a
borboleta".
Comentando
o
assunto,
o
Codificador
do
Espiritismo
disse
que tal
imagem
não
significa
diminuir
o valor
da ideia
cristã,
visto
que o
Espiritismo
se apoia
essencialmente
no
Cristianismo
e não
vem
substituí-lo,
mas
completá-lo.
"Nas
fraldas
do
Cristianismo
encontram-se
os
germes
do
Espiritismo;
se eles
se
repelissem
mutuamente,
um
renegaria
o seu
filho, o
outro, o
seu
pai",
asseverou
Kardec.
(Obra
citada,
Edicel,
págs.
384 e
385.)
No
entendimento
de Allan
Kardec,
a
teogonia
pagã e a
mitologia
não
passam
de um
quadro
da vida
espírita
poetizada
pela
alegoria.
Quanto à
arte
cristã,
diz que
ela se
ressente
da
austeridade
de sua
origem e
inspira-se
no
sofrimento
dos
primeiros
adeptos,
cujas
perseguições
impeliram
os
homens
ao
isolamento
e à
reclusão.
O
Espiritismo
abre, no
entanto,
para a
arte um
campo
novo,
imenso e
ainda
não
explorado.
Quando o
artista
trabalhar
com
convicção,
como
trabalharam
os
artistas
cristãos,
colherá
nessa
fonte as
mais
sublimes
inspirações.
É isso
que
esperamos
se
verifique,
não
apenas
nos
filmes
ora
citados,
mas nas
produções
que,
impulsionadas
por
essas
obras, o
teatro e
o cinema
nos
apresentarão
nos anos
porvindouros,
o que
nos leva
a
afirmar
que 2010
será,
sem
dúvida,
um ano
para ser
lembrado.
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