Renato Prieto:
“Não desistam
nunca dos seus
sonhos”
O conhecido ator
e diretor
teatral, que
interpretou
André Luiz no
cinema, revela o
que Chico Xavier
dizia sobre a
necessidade de
utilizar os
meios de
comunicação para
falar sobre
doutrina
espírita e
espiritualidade
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Nascido em
Vitória, capital
do Espírito
Santo, o ator e
diretor Renato
Prieto (foto)
está na estrada
da arte há
muitos anos,
percorrendo todo
o Brasil com
suas peças,
muitas delas de
temática
espírita. Já fez
novelas, teatro
e cinema e, no
filme Nosso
Lar, o ator
e diretor deu
vida ao
personagem do
Espírito André
Luiz. Baseado no
livro homônimo
psicografado
pelo médium
Chico Xavier, o
filme foi um
verdadeiro
sucesso de
crítica e
público.
Atualmente
Prieto está em
cartaz na cidade
de São Paulo com
a peça A
morte é uma
piada!
Foi para falar
desse e de
outros assuntos,
tais como o
propalado
Nosso Lar II
e |
outras peças,
que ele
gentilmente nos
concedeu a
entrevista
seguinte:
Você entrou em
contato com a
Doutrina
Espírita ao
pegar dois
livros que
estavam no lixo.
Isso é verdade?
|
Há muito tempo
eu vinha
questionando o
porquê de tantas
diferenças no
planeta. Achava
Deus injusto. E
é verdade sim.
Um dia encontrei
vários livros
espíritas no
lixo. Não li,
devorei.
Encontrei ali
respostas e
descobri também
que “alguém
tinha esquecido”
O Livro dos
Espíritos,
de Allan Kardec,
em casa.
Estudei-o e
encontrei respostas
às questões que
eu mesmo fazia.
Encontrei depois
uma boa reunião,
onde estou até
hoje.
Como foi
interpretar um
personagem
empolgante como
André Luiz no
cinema?
Primeiro, me
sinto muito
honrado com essa
responsabilidade.
Segundo, fiquei
muito feliz de
poder contar
através do meu
trabalho de ator
uma história tão
contundente e
importante. Fiz
o máximo e
espero ter
atingido o
público com
emoção
verdadeira do
ator e do
espírita, que
tem muita
vontade em
ajudar na
divulgação desta
bela doutrina.
Indubitavelmente
a
espiritualidade
esteve presente
em todo o
processo do
filme. Por isso
perguntamos se
houve algum fato
marcante que
gostaria de
compartilhar com
os leitores de
nossa revista?
Para mim, o fato
mais marcante
foi o respeito
de todos da
equipe para com
a história do
André Luiz e da
colônia Nosso
Lar.
Sentiamo-nos
sempre muito
protegidos e não
tenho dúvidas
com relação à
presença ali dos
amigos
espirituais durante
todo o tempo.
Você,
Augusto César
Vannucci,
Felipe Carone e
outros atores
recebiam
orientações do
Chico Xavier
para produzirem
um espetáculo
com temática
espírita.
Conte-nos como
foi.
Chico sempre nos
dizia da
necessidade e
responsabilidade
que tínhamos
enquanto
profissionais da
arte e
espíritas.
Tínhamos os
meios de
comunicação e
precisávamos
utilizar-nos
deles e dar
nossos
testemunhos,
falar da
doutrina e da
espiritualidade.
Carone e
Vannucci
retornaram ao
plano espiritual
e não tenho
dúvidas de que
cuidam de lá do
projeto que
levamos adiante
e do qual
continuam
fazendo parte.
Vocês
enfrentaram
algum
preconceito pela
razão de as
peças terem a
temática
espírita?
Num planeta de
provas e
expiações
enfrentamos
lutas diárias.
Não dou margem a
comportamentos
preconceituosos.
Penso que os
bons dirão de
mim o melhor e
os outros vão
falar mal; é da
natureza de cada
um. Sigo sempre
as orientações
ditadas pelos
amigos
espirituais.
Afinal, a cada
um segundo suas
obras. E eu vou
continuar
fazendo a minha
parte e feliz
sempre com
minhas escolhas.
Quando criança
você tinha
problemas de
saúde e foi
curado por um
Espírito. Como
foi isso? Quem é
esse Espírito?
Volta e meia
penso que mamãe
não podia ter
retornado ao
plano
espiritual.
Ninguém contava
essa história
melhor que ela.
Com três meses
tive um problema
sério de saúde e
a medicina não
encontrava
solução. E aí...
apareceu na
varanda da nossa
casa uma mulher
chamada Noêmia,
que conversou
com mamãe, disse
saber do
problema e que
iria apresentar
a solução. Eu
precisava
continuar no
corpo. Ela deu à
mamãe uma
receita, minha
mãe fez e eu
fiquei curado.
Assim como
apareceu, Noêmia
sumiu diante
dela na varanda.
Como estão seus
novos projetos?
Estou em
temporada na
capital de São
Paulo e depois
viajo pelo país
com o espetáculo
A morte é uma
piada!
Acredito que em
breve começarão
a filmar
Nosso Lar II.
Como Nosso Lar
demorou 5 anos
para chegar ao
cinema, breve
pode ser ano
que vem.
Pretendo também
fazer um
espetáculo
intitulado
Encontros
Impossíveis.
Não posso falar
muito, pois ele
ainda está em
gestação.
As pessoas que
vão assistir às
suas peças são
em sua maioria
espíritas ou é
um público
diferenciado que
busca, dentre
outras coisas, a
arte pela arte
ou o prazer de
ver um show
bem produzido?
Sempre brinco
que conto um
caso engraçado e
dou em seguida
uma bordoada.
Vejo um público
misto e também
muitos jovens.
Acho que as
pessoas buscam
respostas. Digo
isso porque já
fiz muitos
espetáculos
dentro da
temática – foram
12 ao todo –,
assistidos por
mais ou menos 6
milhões de
pessoas. Hoje o
público,
principalmente
depois do
sucesso do
filme, é
composto de
curiosos e
sedentos de boa
informação, ao
lado dos amigos
espíritas que me
acompanham com
seu carinho e
compreendem
minha luta na
divulgação de
nossa doutrina.
Além do
espiritual
existe o lado
social de suas
peças. Fale-nos
sobre essa
questão.
Viajo pelo país
levando nossos
espetáculos e
também, com a
renda obtida,
ajudamos as
instituições de
todo o país.
Quais são os
livros de sua
predileção?
Kardec sempre é
minha base.
Gosto da boa
literatura, bons
autores, vários
gêneros. Tem um
que volto a ler
sempre: Cem
Anos de Solidão,
de Gabriel
García
Márquez. Outro? Faz
Escuro, mas eu
Canto, de
Thiago de Mello.
Suas palavras
finais.
Não desistam
nunca dos seus
sonhos.
Acreditem!
Sempre existe
alguém para
ouvir suas
ideias. Ouçam o
outro. Observem
a vida e seus
exemplos. Não
tenham medo de
errar; quem não
tropeça e nem
cai certamente
não saiu do
lugar. Mexam-se.