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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 5 - N° 210 - 22 de Maio de 2011
ORSON PETER CARRARA
orsonpeter@yahoo.com.br
Matão, São Paulo (Brasil)

 
Guaraci de Lima Silveira: 

“É magnífico estar reencarnado!” 

Com inspirado livro de contos recém-lançado, larga experiência com o teatro e opiniões bem fundamentadas, o confrade mineiro fala-nos sobre o bem que o Espiritismo fez em sua vida

 

Guaraci de Lima Silveira (foto), natural de Oliveira Fortes-MG e radicado em Juiz de Fora-MG desde 1966, é espírita desde a infância e, com orientação recebida na “Casa do Caminho”, na mesma cidade, onde reside, pôde equilibrar a mediunidade e estudar o Espiritismo com dedicação.

Vinculado ao movimento espírita da cidade e mais particularmente à Associação Espírita Paz e Amor, onde atua no setor de mediunidade, é também palestrante e possui dois livros publicados: Navegador Racional, de poesias (1999, pela Minas Editora) e

Destinos, Marcas e Respostas, de contos (2011, Mythos), ambos psicografados, além de duas centenas de peças teatrais – sendo que três delas estão publicadas em livros e são comercializados pela Editora Eletrônica Gato Sabido: Reencontro - O aborto sob a visão espírita, As Caudas do Dragão - Peça Infantil e Aquarela de Luz - Educação para o Trânsito.

As lúcidas respostas à presente entrevista trazem-nos preciosas orientações. 

De onde e como surgiu a vontade de escrever contos? 

Quando jovem, escrevia contos e os lia em reuniões culturais na Sociedade Luso Brasileira desta cidade. Percebi que era muito bom fazê-los. Lembro-me de um que se chamava: "A Felicidade Existe". Teve boa repercussão naquela época. Depois o teatro entrou pra valer em minha vida. Deixei os contos um pouco de lado. Um dia recomecei a escrevê-los e os adaptar para o palco. Um deles, ”Estranha Caixa”, foi premiado num Festival de Teatro desta cidade. Outros eu os montava e apresentava em Centros Espíritas. Recentemente tenho mais de 120 contos escritos, distribuídos em sete livros, a serem publicados, sendo que o primeiro acaba de sair: Destinos, Marcas e Respostas - Contos inspiradores para elevar a alma. O conto Suarrina, que faz parte dessa Obra, também teve montagem para o teatro. 

Qual é a inspiração para sua elaboração? 

Ligo o computador, entro no Word, configuro a página e deixo acontecer. Também me emociono à medida que a história vai surgindo.. Não as elaboro. Elas vão surgindo. Ouço frases inteiras e as transponho para a tela. Assim tem sido atualmente. Geralmente os mentores me falam o tipo de obra a ser escrita. Por exemplo, acabei de escrever dezoito contos que farão parte do livro: "Tocados Por Ele". São dezoito momentos de pessoas anônimas na história que tiveram algum tipo de contato com o Mestre Jesus quando da Sua vinda ao Plano Físico. Antes fui emocionalmente preparado, pois que as histórias são envolventes e comovedoras. 

No seu contato com o Espiritismo, o que mais lhe chamou a atenção? 

Várias situações. Quando entrei no Centro Espírita para valer, eu havia escrito antes uma carta ao Chico Xavier. Na carta eu pedia que ele me orientasse, principalmente sobre como conviver com minha mediunidade ostensiva. Chico não me respondeu formalmente, contudo, seis dias depois um senhor, até então desconhecido, levou-me a uma casa espírita que naquela época me acolheu. No primeiro dia de reunião pública, sentei-me na cadeira e perguntei mentalmente: "Jesus, quem é o Senhor"? Ato contínuo a reunião pública teve início e a diretora dos trabalhos, Da. Isabel, a iniciou dizendo: "Jesus é aquele irmão que na hora das nossas dificuldades arregaça suas mangas e nos ajuda a caminhar". Percebi que a resposta era direta para mim. Finalmente poderia conviver com o Mestre de maneira mais concreta. E também admiro na Doutrina Espírita o seu empirismo e a possibilidade que temos de estudá-la, estudando o comportamento humano não só de hoje, mas também o de todas as fases e ciclos da história deste planeta. 

Hoje, após décadas de convivência espírita, que visão você tem dos progressos alcançados pela ideia espírita junto à mentalidade humana? 

Vejo com alegria contida. A Doutrina é muito rica e poucas pessoas querem mergulhar nesse oceano de luz. Muitos ficam na periferia. Lembro-me de Emmanuel quando disse: "Para começar o entusiasmo basta, mas para prosseguir é necessário algo mais". Acredito, contudo, que com o passar dos anos os homens se conscientizarão melhor deste tesouro que Jesus permitiu chegasse até nós.  

Como é sua percepção do auxílio espiritual quando escreve? 

Eu me entrego aos escritores do mundo espiritual. Tenho com eles uma convivência plena. Desde criança eu os via. Aos seis anos comecei a ver e falar diretamente com os Espíritos desencarnados. Hoje, quando escrevo, eles estão ao meu lado ditando o texto. Não sou médium mecânico. Toda a informação passa pela minha mente. O trabalho sai com naturalidade.  

Em sua forma de ver, como os contos podem ajudar o ser humano a compreender mais a vida e seus mecanismos? 

Pequenos traços muitas vezes enriquecem toda uma tela e marcam profundamente os olhos e os sentidos de quem os aprecia. Assim são os contos. Pequenos momentos de imersão num fato, numa história, que podem ajudar com mais intensidade. Também escrevo romances. Eles enriquecem os detalhes. Os contos trazem o fato diretamente do emissor ao receptor. A apreensão mental de um conto faz-se com mais facilidade e sua conclusão pode ser mais detalhada pela mente de quem o leu. Ou seja, age no sentido inverso do romance. Ambos são formas literárias belíssimas. Os contos dão um recado na porta do visitado. Os romances entram e tomam com ele um copo de suco. 

Como o teatro entrou em sua vida? 

Comecei aos oito anos, em 1958. Sempre fui e sou apaixonado pela dramaturgia. Já escrevi dezenas de peças espíritas, infantis e empresariais. Com um vasto currículo de apresentações em inúmeros municípios brasileiros, dedico-me atualmente a dirigir espetáculos teatrais que eduquem. Sou fundador do ART-VIDA - Grupo de Teatro Educativo. Aproximadamente 400 entidades públicas e privadas já contrataram nossos serviços. Hoje escrevo peças teatrais para o mundo empresarial e o movimento espírita, tanto infantil quanto para o público adulto. Tenho a felicidade de ter visto sair no livro da história do teatro de Juiz de Fora, publicado pela Secretaria de Cultura daqui, o nosso nome vinculado como sendo o primeiro grupo de teatro espírita desta cidade. Isto me gratificou muito. 

Falemos agora sobre palestras. Como tem sentido o público ouvinte nas que você profere? 

Não entrando ninguém ou não passando ninguém na frente do público, a atenção é toda voltada para as informações que passamos. Infelizmente o público ainda se dispersa durante as exposições. Se entra alguém, desviam com facilidade seus olhares. E olha que, em tese, as palestras são rápidas. Mas sempre existem aqueles que fixam a atenção naquilo que expomos. Depois nos procuram e trocam informações tirando suas dúvidas. Acho um trabalho necessário e enriquecedor tanto para quem o faz quanto para quem o absorve. 

Qual, em sua visão, a maior necessidade do público participante das reuniões públicas realizadas pelos centros espíritas? 

Envolver-se plenamente com o que está sendo dito. O expositor prepara o estudo e o leva para que o público possa entender melhor determinado ponto. Já ouvi diretor de centro espírita dizer que palestras são desnecessárias. Que pena! Sempre que não estou na tribuna, estou na plateia. Assisto ou faço palestras todos os dias, e todos os dias me enriqueço com elas. O público precisa estar mais atento. Só assim poderá opinar com justiça e sabedoria quando questionado ou posto em situações de conflitos naturais para seus crescimentos. 

Algo mais que gostaria de acrescentar? 

É magnífico estar reencarnado! É exuberante estar reencarnado e estudando a Doutrina Espírita. Sem ela a vida fica menor e as capacidades cognitivas um tanto carentes. Gostaria de dizer para todo mundo o bem que o Espiritismo fez e faz em minha vida. Tornou-me um ser consciente e entendedor da necessidade da cristianização.  Ser espírita é sair do rótulo de cristão e partir para ações conscientes e equilibradas. Assim deve ser. Agradeço profundamente a Allan Kardec, Chico Xavier, Divaldo Franco e tantos outros, bem como aos mentores espirituais que trabalham em prol do nosso progresso mental e espiritual. 

Suas palavras finais. 

São de agradecimento, principalmente pela oportunidade do contato com os leitores. Peço a Jesus que envolva os leitores em suas bênçãos. Digo aos leitores que pesquisem, questionem, proponham. O Espiritismo é luz que aumenta de intensidade à medida que nos aprofundamos, diferentemente de túneis escuros que ficam ainda mais escuros quando insistimos em nossos preconceitos e posturas vencidas porque arcaicas e enraizadas.




 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita