Marly Salete e
Flávio Webber:
“A verdade
atravessou os
séculos através
da palavra
levada pela voz
e acima de tudo
pelo exemplo”
|
Marly Salete é
professora
municipal de
educação
infantil, com
formação em
Pedagogia e
Psicopedagogia.
Flávio Alberto
Webber é formado
em Letras, está
cursando
Psicologia e é
um destacado
radialista em
Lagoa Vermelha,
cidade situada
no Rio Grande do
Sul. Juntos
(foto)
lideram uma
dedicada equipe
de trabalhadores
espíritas na
Sociedade
Espírita
Teresinha de
Jesus.
|
Aos 19 anos,
motivada pela
necessidade de
encontrar
respostas claras
e objetivas
sobre a
existência do
espírito e o
sentido real da
vida, Marly
buscou a
Sociedade
Espírita
Teresinha de
Jesus, onde
passou a
frequentar as
sessões
doutrinárias e
os estudos ali
realizados,
vindo mais tarde
a se tornar uma
trabalhadora.
Hoje, ela está
na presidência
da casa, onde
atua como
facilitadora do
ESDE e do DIJ,
além de
trabalhar na
doutrinária e na
mediúnica. |
Flávio,
incentivado pela
esposa, passou a
frequentar as
sessões e ler
obras espíritas,
e em pouco
tempo, após
compreender
questões básicas
como a
reencarnação,
teve uma enorme
disposição de
estudar a
doutrina. Desde
então, meados de
1990, ingressou
na sociedade
passando a
desenvolver
atividades
doutrinárias,
coordenando
grupos de
estudos,
participando de
diretorias e
permanece até
hoje nesse
ideal. No
momento, Flávio
colabora na área
doutrinária, no
ESDE e no
Atendimento
Fraterno.
Na entrevista
seguinte, eles
relatam à nossa
revista um pouco
de suas ideias e
ações.
Vocês são
dedicados
trabalhadores da
Casa Espírita. O
que isto
significa em
suas vidas?
A doutrina
espírita em
nossas vidas tem
um papel
fundamental.
Podemos afirmar
que nossas vidas
estão
organizadas de
tal forma que o
trabalho na casa
espírita nunca
seja
comprometido.
Procuramos
conciliar a vida
em família, o
trabalho e as
ações no
Movimento
Espírita com a
mesma dedicação
e interesse.
Acima de tudo
somos gratos a
Deus pelo
privilégio de
sermos espíritas
e de podermos
ser úteis,
apesar das
nossas
limitações.
Alguma situação
acontecida na
vida os fez
pensar em
desistir da
atuação na linha
de frente da
Casa Espírita?
Tivemos muitos
momentos
difíceis, mas
jamais pensamos
em desistir,
pois nosso maior
compromisso é
com a doutrina
do Cristo. Se
com o apoio da
doutrina os
percalços,
frutos amargos
das nossas
imperfeições,
aparecem no
caminho,
imaginem o que
aconteceria se
não tivéssemos
esse farol a nos
guiar?
Como vocês
procuram adequar
o Centro
Espírita ao
aumento de
público que se
verifica
ultimamente?
Na nossa
sociedade
espírita, o
público não tem
aumentado
consideravelmente,
a não ser em
eventos como a
semana espírita,
quando chega a
quadruplicar.
Para isso temos
uma equipe de
trabalho unida
que consegue
atender a toda
essa demanda.
Procuramos
planejar com
antecedência as
atividades e
distribuir as
tarefas,
envolvendo todos
os trabalhadores
da casa.
Como procuram
atender as
necessidades das
crianças e
jovens que
chegam ao Centro
Espírita?
De acordo com a
nossa realidade
procuramos fazer
o melhor, dando
maior ênfase à
busca de
conhecimentos e
a preparação dos
trabalhadores
para a tarefa,
propiciando um
espaço lúdico,
alegre e aberto
ao diálogo para
as crianças e
jovens.
Flávio, como
você, um
conceituado
radialista,
utiliza o dom da
voz para
auxiliar na
construção de um
mundo melhor
através de sua
profissão?
Como em qualquer
profissão, para
o radialista é
importante ser
ético,
responsável e
acima de tudo
consciente da
responsabilidade
que tem na vida
de outras
pessoas. Procuro
sempre que
possível levar
uma mensagem de
otimismo, de
esperança e de
fé aos meus
ouvintes e
renovar todos os
dias meus apelos
a Deus para que
possa minha voz
ser uma
ferramenta do
bem e da
verdade, da
defesa da paz,
dos valores
morais e a
serviço de um
mundo melhor.
Penso que
devemos
vivenciar a
doutrina em
todos os lugares
e situações em
que nos
encontramos
comprometidos.
Vocês realizam a
Semana Espírita
de Lagoa
Vermelha. Como
acontece e qual
a repercussão na
região?
A Semana
Espírita nasceu
em 2005 com o
objetivo de
comemorar os 60
anos da casa e
de divulgar a
doutrina através
de conferências
que pudessem
despertar o
interesse das
pessoas,
esclarecendo e
aprofundando
determinadas
questões
doutrinárias.
Desde então,
acontece todos
os anos no mês
de fevereiro,
mês de
aniversário da
sociedade. As
palestras são de
segunda a
sexta-feira. A
presença do
público é
grande,
inclusive de
irmãos de outras
religiões e que
geralmente não
conheciam a casa
e a própria
doutrina. O
evento está
consolidado e
percebemos uma
boa repercussão
na região mais
próxima. Temos
constatado que
vários desses
participantes
passam a
frequentar as
nossas sessões
doutrinárias e
até grupos de
estudos
motivados pela
semana
espírita.
Como atender a
família, em sua
integralidade,
no Centro
Espírita?
Quando um homem
cai, a
humanidade cai
com ele. Sendo
assim, quando um
homem se levanta
das suas quedas
morais, se ergue
do lamaçal da
sua ignorância e
caminha resoluto
na direção da
luz, a
humanidade se
regenera e as
instituições,
pouco a pouco,
são renovadas, a
união é
restabelecida e
a fraternidade
passa a reinar.
Acolher com amor
a todos que
chegam a um lar
espírita é dever
de
todo o
trabalhador da
casa e da causa.
Oferecer apoio
nas situações de
dificuldades e
propor
alternativas
para
restabelecer o
equilíbrio de
todos, nos
trabalhos e
ações possíveis.
O incentivo à
prática do
Evangelho no
lar, a
evangelização
das crianças, os
grupos de
estudos e o
atendimento
fraterno têm
sido uma porta
aberta para a
família na casa
espírita. Se
pararmos para
pensar sobre
nossa
reencarnação é
fácil constatar
que tudo começa
e tudo termina
na família. É
preciso
preservar essa
instituição,
verdadeira
oficina onde os
afetos se
renovam, o
perdão se torna
possível, o
caráter é
burilado e os
corações se
encontram.
Suas palavras
finais.
Agradecemos a
oportunidade de
sermos úteis
relembrando o
pensamento de
Emmanuel: “Se
muitos
companheiros
estão vigiando
os teus gestos
procurando o
ponto fraco para
criticarem,
outros muitos
estão fixando
ansiosamente o
caminho em que
surgirás,
conduzindo até
eles a migalha
do socorro de
que necessitam
para sobreviver.
É impossível que
não saibas quais
deles formam o
grupo de
trabalho em que
Jesus te
espera”. Um
grande abraço a
todos!