Elizabeth da
Silva Stevenson:
“O Espiritismo é
luz em
nossas
vidas”
A presidente da
Fraternity
Spiritist
Society fala
sobre a
instituição que
preside, a qual
está comemorando
em março 20 anos
de existência
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Quem tem o
prazer de
conhecer
Elisabeth da
Silva Stevenson
(foto)
reconhece-a
facilmente nesta
frase. Seu
sorriso sincero
e sua maneira
carinhosa de
ser, sempre
pronta a
auxiliar,
refletem bem seu
caráter amigo.
Beth, como é
conhecida, nasceu em
Londrina, no
|
interior do
Paraná (Brasil),
e desde cedo,
por influência
da avó materna,
teve algum
conhecimento
sobre o mundo
espiritual, mas
foi só em
Londres, muitos
anos depois, que
se encontrou com
o Espiritismo,
doutrina que ela
abraçou com
muito carinho e
dedicação,
demonstrados em
tantos anos de
trabalho. Como
ela mesma
ressalta: “Sou
imensamente
feliz pela
oportunidade de
ser uma
trabalhadora.
Trabalhar para
Jesus só nos
traz alegria no
coração”.
|
Nesta conversa
com os nossos
leitores Beth
fala um pouco de
si, mas também
nos conta um
pouco da
história da
Fraternity
Spiritist
Society, da qual
é presidente.
Onde você mora
atualmente?
Londres,
Inglaterra.
Por que você se
mudou para a
Inglaterra?
Estou em Londres
desde 1990. Em
princípio, não
imaginei fixar
residência aqui,
mas tudo já
estava na minha
programação de
vida.
Qual a sua
formação
escolar?
Secretariado e
professora.
Que funções você
já exerceu no
movimento
espírita?
Na Casa
Espírita, cuidei
por vários anos
da Biblioteca e
trabalhei também
como médium
passista. No
movimento
espírita da
Inglaterra,
exerci a função
de Conselheira
da nossa
Federação, a
BUSS - British
Union of
Spiritist
Societies.
Atualmente qual
é sua função?
Presidente da
Fraternity
Spiritist
Society,
instituição
espírita situada
em Londres.
Quando você teve
o seu primeiro
contacto com o
Espiritismo?
Minha avó
materna era
médium e, quando
criança, fui com
ela algumas
vezes ao Centro
Espírita em que
trabalhava,
tendo visitado
também o Lar
Infantil Marília
Barbosa,
dirigido pelo
casal Dulce e
Hugo Gonçalves,
mas somente como
acompanhante.
Houve algum fato
ou circunstância
especial que
haja propiciado
sua integração
ao movimento
espírita?
Em 1994, já em
Londres, ganhei
o livro
“Evolução para o
Terceiro
Milênio”, de
Carlos Toledo
Rizzini. Graças
a esse livro,
durante três
anos fui
montando minha
biblioteca de
livros
espíritas,
seguindo a lista
contida na
bibliografia do
livro. Foi
somente por
volta de 1997
que comecei a
frequentar a
Fraternity.
Qual foi a
reação de sua
família?
Somos 13 irmãos
de formação
católica, os
quais, depois,
enveredaram para
outras
religiões.
Assim, em nossa
família temos
católicos,
luteranos,
mórmons,
metodistas e
evangélicos. Eu
sou a única
espírita.
Dos três
aspectos do
Espiritismo -
ciência,
filosofia,
religião - qual
o que mais a
atrai?
O Espiritismo, a
princípio, me
pegou pela parte
científica;
hoje, sem
dúvida,
inclino-me para
a parte
religiosa da
doutrina.
Você pode citar
um livro
espírita que
seja para você
inesquecível?
Por quê?
É muito difícil
escolher “um”
dentre tantos
livros
maravilhosos,
mas digo que
“Boa Nova”, de
Humberto de
Campos/Francisco
C. Xavier, é uma
obra especial,
sobretudo quando
sentimos
saudades de
Jesus.
Como presidente
da Fraternity há
3 anos, você
pode nos falar
um pouco sobre a
experiência de
coordenar uma
casa espírita?
A Fraternity foi
minha primeira
Casa, e desde o
primeiro dia já
fui motivada a
trabalhar com
alegria. Nós, os
espíritas que
moramos no Reino
Unido,
enfrentamos
muitas
dificuldades.
Uma delas é o
espaço físico,
porque os grupos
espíritas alugam
um horário na
semana para as
reuniões. A
outra diz
respeito a
contar com
trabalhadores
com
disponibilidade.
Se não fosse a
dedicação de
vários membros
que há anos
estão ali, não
teríamos chegado
aonde estamos.
Graças a Deus,
contamos com a
paciência e o
amparo da
espiritualidade.
A Fraternity
completou 20
anos no início
de março.
Conte-nos um
pouco sobre a
fundação e a
história dessa
instituição.
A Fraternity
Spiritist
Society foi
fundada em 1º de
março de 1992
por Kleber
Celadon e Lily
Celadon, sendo o
primeiro Grupo
bilíngue, isto
é, que adota os
idiomas inglês e
português em
suas reuniões, e
o primeiro a
abrir as portas
para os
brasileiros
espíritas e
iniciantes.
Alcançando um
grande número de
frequentadores,
seus
trabalhadores
foram, mais
tarde, abrindo
outros grupos:
Solidarity
Spiritist Group,
Sir William
Crookes
Spiritist
Society, Pathway
to Light,
Spiritist
Psychological
Society.
O movimento
espírita inglês
foi, desde
então,
expandindo-se
cada vez mais, o
que não
ocorreria se não
houvesse sido
dada abertura
para os
brasileiros,
pois somos nós,
brasileiros, que
estamos
sedimentando o
campo,
privilegiados
que somos com a
vasta literatura
espírita
publicada no
idioma
português, que
aos poucos vem
sendo traduzida
para outros
idiomas.
O processo de
transformar o
Grupo em Charity
(1)
foi demorado,
mas foi uma
conquista muito
importante. Você
pode nos
explicar o que
isso significa
para a
Fraternity?
Ser oficialmente
reconhecido
pelas leis
britânicas como
uma Instituição
Espírita é uma
grande conquista
para o movimento
espírita e para
nós da
Fraternity.
Lembro, porém,
que nossa
responsabilidade
também é muito
maior agora,
para com a
Doutrina e para
com as leis da
Inglaterra.
Temos que ter
todos os
registros de uma
instituição
pública sem fins
lucrativos, ter
os relatórios de
tesouraria
disponíveis para
quem quiser
checar nossas
contas e,
principalmente,
prestar serviços
que beneficiem a
sociedade, de
acordo com os
postulados da
Doutrina
Espírita.
Para celebrar os
20 anos da
Fraternity, qual
é a programação
prevista?
Tivemos
nos dias 4 e 11
de março
a presença
do confrade
Haroldo Dutra
Dias, do Brasil,
que veio pela
primeira vez ao
Reino Unido e
ministrou, em
nossa casa, dois
seminários:
“Parábolas de
Jesus” e
“Apocalipse -
Mito e
Verdades”, ambos
com tradução
para o idioma
inglês.
Receberemos
depois Gorete
Newton, da
Suíça, que
falará no dia 18
de março sobre o
tema “Sofrer ou
Ser Feliz? Posso
Escolher?”, e no
dia 25 de março,
encerrando o
mês, o confrade
Charles Kempf,
da França, vai
proferir
palestra sobre o
tema “Drogas,
Jovens e Álcool
– Desafios e
Possibilidades”.
A programação
completa pode
ser vista em
nossa página na
internet. Eis o
link:
http://www.fraternityspiritistsociety.org.uk/#/language/4558225847
(1)
Charity é, na
Inglaterra, como
são conhecidas
organizações do
tipo da
Fraternity, as
quais, a partir
do seu registro,
passam a ser
oficialmente
reconhecidas
pelas
autoridades
inglesas.