Andréa Pirotti
da Fontoura:
“Não nos cabe
ficar acomodados
quando há muito
por fazer”
A confreira
gaúcha fala do
trabalho
realizado em
Uruguaiana-RS
e
sua integração
com os espíritas
argentinos e
uruguaios
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Andréa Pirotti
da Fontoura (foto),
natural de Porto
Alegre-RS e
radicada na
cidade de
Uruguaiana-RS,
onde reside há
14 anos, é
vinculada a duas
instituições
espíritas de sua
cidade e integra
o Departamento
de Comunicação
Social e a
secretaria da 7ª
Coordenadoria
Regional
Espírita do Rio
Grande do Sul.
Servidora da
Procuradoria da
Fazenda
Nacional, a
confreira é
espírita há
apenas 8 anos,
mas desde então
participa
regularmente das
atividades
espíritas de sua
cidade, como
conta na
entrevista
seguinte.
|
Situe Uruguaiana
no contexto
econômico e
social.
|
Cidade de
fronteira,
localizada em
ponto
estratégico para
o Brasil,
principal
corredor do
Mercosul e maior
porto seco da
América Latina,
Uruguaiana tem
como geração
principal de
renda o setor de
serviços e a
agricultura, em
que também detém
a maior lavoura
de arroz
irrigado do
continente
americano.
Atualmente conta
com 130.000
habitantes. A
cidade faz
fronteira com a
cidade argentina
de Paso de Los
Libres e fica a
70 km
da fronteira com
o Uruguai.
Quantas
instituições
espíritas há na
cidade?
Em Uruguaiana
existem 15 casas
espíritas, mas
podemos
considerar
também como de
Uruguaiana a
Sociedade
Espírita
Caminando con
Jesus, situada
na vizinha
cidade de Paso
de los Libres,
Argentina, pois
ela possui
frequentadores e
trabalhadores
uruguaianenses.
A primeira
Sociedade
Espírita fundada
em Uruguaiana é
a Sociedade
Espírita Senda
de Jesus,
atualmente com
84 anos.
Quem foi o
vulto espírita
mais expressivo
na cidade?
Não temos a
personificação
em um só
irmão espírita,
mas Uruguaiana
destaca-se por
ter sempre, nos
últimos anos,
vários
trabalhadores
atuando de forma
relevante na
Federação
Espírita do Rio
Grande do Sul
como jornadeiros,
oficineiros,
gestores de
projetos e
participantes de
comissões.
Como é a
experiência de
viver na
proximidade com
duas
fronteiras?
É uma
experiência
bastante
interessante,
pois os
trabalhos de
capacitação e os
convites feitos
aos expositores
são realizados
pensando não
apenas no
público
citadino, mas
também nos
interesses dos
irmãos dos
países vizinhos,
que são
frequentadores,
estudantes e
expositores em
nossas casas.
Como é
realizada a
integração com
as cidades
vizinhas?
Nossa região tem
a característica
de ser muito
distante da
capital: 630 km.
Assim, as
cidades que
compõem a região
– Alegrete,
Itaqui, São
Borja, Quaraí e
Uruguaiana – se
unem para a
realização de
diversos
trabalhos de
integração,
capacitação e
estudo,
planejando em
conjunto as
atividades que
serão realizadas
na região,
conforme o
interesse e a
demanda
apresentados por
todos.
Fale-nos dos
eventos
espíritas que
envolvem várias
cidades.
Por se tratar de
uma região em
que as cidades
mais próximas
umas das outras
são em torno de
100 km,
procuramos
realizar
jornadas de
palestrantes em
conjunto com as
cidades vizinhas
e também de
outras regiões,
o que tem
proporcionado o
vínculo de
amizade e
trabalho com
irmãos
de diversos
locais do Rio
Grande do Sul,
buscando,
através desses
contatos, fortalecer,
facilitar,
ampliar e
aprimorar a ação
do Movimento
Espírita.
De que forma
a atuação da
Federativa
estadual – a
FERGS – tem
beneficiado a
região e a
cidade?
Em nossa região
consideramos que
FERGS somos
todos nós, e
isso não é
apenas chavão,
processa-se na
realidade. Mesmo
distantes da
Federativa
estadual,
constantemente
estamos buscando
atualização e
mantendo
contato. A
gestão regional
é bastante
atuante, como
citado
anteriormente e
muitos dos
nossos
trabalhadores
pertencem aos
quadros de
trabalhadores da
Federativa.
Que
resultados foram
colhidos com as
recentes
jornadas que
envolveram
palestrantes de
fora?
Acreditamos que
poder
proporcionar
àqueles que não
têm condições de
se deslocarem
até os grandes
centros, onde
são realizados
seminários e
congressos, o
contato com os
expositores
renomados é um
trabalho muito
gratificante.
Também sabemos
que é
através desse
contato do
palestrante com
o público em
geral, da venda
de livros,
distribuição de
mensagens,
dos programas
radiofônicos ou
televisivos
realizados nas
cidades
visitadas, que a
Doutrina
Espírita se
torna conhecida
na comunidade,
atingindo um
novo público,
contribuindo
para aumentar o
interesse nos
Centros
Espíritas de
novos frequentadores
e estudantes
interessados em
conhecer mais
sobre a
doutrina.
Quais são os
projetos para o
futuro?
Solidificar as
bases da
Unificação
através da
Divulgação e
Difusão da
Doutrina
Espírita.
Expandir a
autonomia
regional sem
perder a
essência
federativa,
procurando
ampliar os
contatos com os
expositores que
conhecemos,
muitas vezes,
apenas de
nome através de
livros ou de
sites
da internet.
Desejamos
propiciar cada
vez em maior
número e com
maior frequência
as visitas à
nossa
região de expositores
dispostos a
enfrentar as
longas distâncias
para divulgar
esta doutrina
que tão bem faz
a todos nós.
Algo mais a
acrescentar?
Depois que Jesus
proferiu o
Sermão da
Montanha, Ele
dirigiu-se aos
apóstolos
dizendo-lhes:
“Ide pelo mundo
e pregai a minha
palavra a toda
criatura”. Não
nos cabe ficar
acomodados
quando há muitos
lugares a
visitar e
proporcionar o
conhecimento da
doutrina. A
responsabilidade
do divulgador e
expositor
espírita
torna-se cada
vez maior diante
de uma população
que se encontra
sequiosa de
ouvir uma
palavra
edificante. Que
consigamos,
portanto, seguir
o caminho
indicado por
Jesus quando
disse: “larga
tudo e
segue-me”.