Dentro de nossa
acanhada visão
de habitante do
planeta Terra, a
principal razão
de todos os
planetas
possuírem
atmosfera (3)
não seria para
que os seres
biológicos que
vivem em cada
mundo possam
respirar?
Obviamente que,
por ser
diversificada ao
infinito, a vida
que existe em
cada mundo está
plenamente
adaptada ao meio
ambiente no qual
ela
manifestou-se, e
também, a vida
evolui
conjuntamente
com as
transformações
ambientais que
acontecem em
cada globo com o
correr dos
milênios.
André Luiz
(4) explicou
que cerca de 70%
de nossa
alimentação é
processada pelas
vias nasais,
portanto,
alimentamo-nos
com os elementos
químicos
presentes na
atmosfera
terrestre. Não é
preciso ser um
erudito ou um
PhD em
nenhuma área do
saber humano
para perceber
que sem a
presença de vida
orgânica e
espiritual os
orbes não
passariam de
globos inúteis
flutuando no
espaço cósmico.
Atualmente nós
estamos vivendo
em uma época de
acelerado
progresso em
todas as áreas
do conhecimento
humano, e a
Psicologia está
aproximando-se
cada vez mais do
conceito que
originalmente
havia sido
proposto pelo
grande sábio
grego
Aristóteles
(384-322 a.C.),
de que ela é a
Ciência da
Alma.
O psiquismo
humano não pode
ser considerado
como sendo
resultante da
atividade de um
conjunto de
alguns bilhões
de neurônios,
porque as
pesquisas que
foram realizadas
por Ivan
Petrovich Pavlov
(1849-1936), por
Carl Gustav
Jung
(1875-1961), por
Sigmund Freud
(1856-1939) e
outros mais já
haviam detectado
que existe um
"componente" de
natureza
extrafísica
atuando no
cérebro dos
seres humanos, e
que aquele tal
"componente" é
algo que não
possui base
orgânica.
O que define um
ser humano em
sua essência não
é propriamente a
presença de
cabeça, de
tronco e de
membros compondo
um organismo,
visto que
existem
inumeráveis
anomalias as
quais podem
fazer com que os
bebês nasçam sem
os braços, sem
as pernas, com
duas cabeças
etc. E
compreendendo
assim a questão,
o que na verdade
define o que é
um ser humano é
a presença, no
organismo
biológico, de
uma essência
consciente,
inteligente e
individual, a
qual é
denominada
comumente de
Espírito, e é o
Espírito o
agente
extrafísico
portador de
carga emocional,
de capacidades
diversas, de
raciocínio etc.
Portanto,
tomando como
base esta
informação, não
é nem um pouco
coerente que
alguém possa
acreditar que
toda a riqueza
de aquisições
intelecto-morais
de cada ser
humano seja
completamente
perdida depois
da morte do
corpo
biológico.
A mediunidade
esteve sempre
presente entre
os povos
Tendo como uma
excelente fonte
de consulta o
volumoso
registro
histórico-religioso
que foi deixado
pelos povos do
pretérito
distante, nós
encontramos por
repetidas vezes
a informação de
que os
componentes –
principalmente
os mais
esclarecidos –
das civilizações
egípcia,
assíria, grega,
israelita,
celta, romana,
japonesa etc. já
acreditavam em
fatos como a
imortalidade da
alma e também na
comunicação
entre os homens
e os "mortos"; e
em decorrência
disso, em
Mêmphis, os
padres possuíam
– entre outras
atividades – a
função de evocar
os "deuses" para
que eles
receitassem
medicamentos e
tratamentos com
a finalidade de
curar os
doentes; em
Tebas, havia
uma grande
quantidade de
sacerdotes
iniciados nas
verdades do
espírito
imortal; na
Babilônia, os
magos eram
sempre
consultados para
que orientassem
as pessoas na
resolução de
problemas
diversos; em
Delphos, o
oráculo havia-se
tornado tão
popular que até
mesmo pessoas de
países distantes
iam com ele
consultar-se; em
Jerusalém, os
profetas
alertaram
durante séculos
a população
sobre o futuro
nascimento de um
Messias que iria
libertá-los; em
Nínive,
os adivinhos e
os astrólogos
eram
considerados
como sendo os
intermediários
entre os
"deuses" e os
homens; no Japão
e na China, os
"mortos" são até
hoje
reverenciados e
considerados
como protetores
dos homens. Por
causa de todos
esses fatos que
nós comentamos,
não é difícil
perceber a
evidente
presença de algo
que não pode ser
posto de lado
por aqueles que
buscam ampliar o
seu conhecimento
na área da
Metafísica. A
mediunidade
esteve sempre
presente entre
todos os povos,
conforme
registra a
História desde
os tempos mais
longínquos.
É de
conhecimento
geral que,
embora em seu
estágio inicial,
ela estivesse
profundamente
associada à
religião
dominante
(5). A
Ciência
ocidental
moderna deu os
seus primeiros e
cambaleantes
passos durante o
período de
declínio da
Idade Média.
Entretanto,
também sabemos
que os
principais
expoentes
daquele novo
setor do
conhecimento
humano não eram
propriamente o
que poderíamos
definir como
cientistas, e,
sim, religiosos
e pensadores
ligados à Igreja
Católica, e,
justamente em
razão da
ocorrência desse
fato, o
predomínio dos
dogmas, das
crendices, das
superstições
etc. era
absoluto sobre a
pesquisa
científica
iniciante e que
ainda carecia de
uma metodologia
adequada de
ação, porque
entre muitos
outros motivos
óbvios, a visão
que predominava
naqueles tempos
de extrema
dificuldade era
a de que a
Ciência tinha
como papel
fundamental a
função de
comprovar as
passagens
bíblicas. E o
resultado disso
era o de que
todos os
pesquisadores e
pensadores que
não objetivassem
seguir por esse
(tortuoso)
caminho sofriam
as fatais
imposições
inquisitoriais.
(6)
Uma gigantesca
revolução
científica
ocorre no
momento
Depois de muitos
séculos de
opressão
religiosa e de
extremo
sofrimento,
aconteceram
muitas mudanças
graças ao
gradual processo
de evolução do
pensamento
humano, em razão
dos esforços de
um número muito
extenso de
mártires. Os
cientistas e os
livre-pensadores
conseguiram
obter a tão
sonhada
liberdade de
pensamento e de
expressão, e,
então, eles
adotaram a
posição de
questionar a
"Bíblia", já que
aqueles textos,
considerados
como sendo
sagrados, não
eram capazes de
suportar o exame
crítico da
razão,
originando assim
um gradual
processo de
separação entre
a Ciência e a
Religião (no
caso, o
Catolicismo). Em
pouco tempo –
visando
apartar-se de
maneira
definitiva dos
dogmas e de tudo
aquilo que não
era possível de
ser registrado
por meio dos
sentidos físicos
–, os cientistas
passaram a
adotar uma visão
essencialmente
materialista,
chegando até
mesmo ao ponto
de negar
peremptoriamente
a existência de
Deus, dos
Espíritos e dos
chamados
fenômenos
sobrenaturais,
paranormais
(tidos como
eventos de
origem
demoníaca).
Atualmente um
novo aspecto
tem-se
apresentado para
os pesquisadores
do mundo
inteiro: o
entendimento de
que algumas
filosofias
religiosas -
entre elas, o
budismo, o
hinduísmo e o
taoísmo – já
abordavam
assuntos que são
essencialmente
científicos,
embora de
maneira velada,
expressando uma
série de
conceitos
relacionados às
descobertas
atuais na área
da Física
Quântica, da
Medicina
Psicossomática,
da Terapia da
Vida Passada
etc.
A Lei da
Reversibilidade
entre a Matéria
e a Energia
(7) –
apresentada pelo
físico alemão
Dr. Albert
Einstein
(1879-1955) – é
considerada como
sendo uma
ampliação da Lei
de Lavoisier
(1743-1794), a
qual, por sua
vez, é tida como
uma
reinterpretação
do antigo
conceito
alquímico que
enunciava uma
ideia
profundamente
esotérica de que
"tudo está em
tudo".
(8)
A gigantesca
revolução
científica que
nós estamos
vivendo
presentemente
está gerando uma
visão cada vez
menos
materialista
sobre as pessoas
e os fatos.
Novos conceitos
mais amplos
estão surgindo,
elucidando um
número muito
grande de
antigas dúvidas,
e apontando para
horizontes
anteriormente
nem imaginados.
No futuro, uma
ponte religará a
Ciência e as
religiões
Observamos que é
algo muito comum
entre as pessoas
comentarem que a
fé e a lógica
são duas coisas
que não se
misturam, e
concordamos com
esse ponto de
vista, mas,
antes que os
nossos leitores
julguem
erroneamente o
que estamos
comentando aqui,
nós dizemos que
existe a fé
comum e a fé
espírita (ou fé
raciocinada),
esta segunda é
baseada na
razão, e como
uma consequência
natural disso, a
fé espírita e a
certeza são
sinônimos. A fé
comum e a lógica
são
incompatíveis,
enquanto que a
fé raciocinada e
a lógica são
dois elementos
que formam um
todo
harmonioso.
Muitas religiões
apregoam que
somente
participando
delas o ser
humano
encontrará a sua
salvação,
todavia, é bem
óbvio que, para
alguém ser
salvo, ele tem
de primeiramente
estar condenado
a alguma coisa,
e aqui entra em
cena a lenda
sobre o pecado
original
cometido por
Adão e Eva, e
como
consequência
direta desse
pecado, todos os
seres humanos
nasceram com
esse estigma
marcado na alma.
Analisemos essa
questão de forma
bem objetiva: a
justiça humana,
que ainda é tão
falha, não
condena os pais,
os avós e demais
familiares só
porque naquela
família nasceu
alguém que
entrou para o
mundo do crime.
Ora, se a
justiça humana
não condena uma
família inteira
só porque nela
há um integrante
que comete
assaltos ou usa
tóxicos, como a
Justiça Divina,
que é perfeita,
condenaria todos
os integrantes
da Humanidade
por causa de
algo que
hipoteticamente
fora cometido há
6.000 anos?
É lógico que o
meio social no
qual vivemos
exerce
influência sobre
nós, mas é
justamente para
que possamos
superar as
dificuldades que
nós nascemos em
um determinado
meio social, e
nós, espíritas,
sabemos que para
a aquisição de
entendimento
sobre esse fato
temos de
conhecer o
mecanismo
reencarnatório.
Particularmente,
nós acreditamos
que quando uma
religião
impõe-se aos
seus seguidores,
ameaçando-os com
o conceito do
inferno, de
purgatório etc.,
ela perde
completamente a
sua principal
função, que é
pacificar o
coração humano
por meio de
ensinamentos
morais; e,
justamente por
causa de muitas
religiões
estarem baseadas
em dogmas
incoerentes, foi
estabelecido um
abismo entre a
Ciência e as
religiões. No
futuro, uma
ponte religará a
Ciência e as
religiões.
Referências:
(1)
O Livro dos
Espíritos
(questão de
número 112); de
Allan Kardec.
(2)
A Gênese
(Capítulo VI,
Astronomia
Geral); de
Allan Kardec.
(3)
Embora varie ao
infinito a
composição
química de cada
uma delas.
(4)
Evolução em
dois Mundos
(Segunda Parte,
Alimentação dos
Espíritos).
(5)
O Catolicismo.
(6)
Como foi o caso
de Jan
Hussinet
(1369-1415), do
frade dominicano
Giordano
Bruno
(1548-1600), que
foram queimados
vivos por
discordarem dos
dogmas
católicos; de
Galileu Galilei
(1564-1642), que
teve de
retratar-se
publicamente
para não ser
condenado a
morrer na
fogueira, e de
outros mais.
(7)
E=m.c² (E
= energia, m =
massa, e, c =
velocidade da
luz ao
quadrado).
(8)
O Livro dos
Espíritos
(questão de
número 33).