Hélio Ribeiro
Loureiro:
“O trabalho que
Dr. March
realizou e
realiza até hoje
é algo notável”
O confrade
fluminense
explica quem foi
Dr. Guilherme
March, o Médico
dos Pobres de
Niterói e
fundador do
Instituto
Hahnemanniano do
Brasil
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Hélio Ribeiro
Loureiro
(foto),
natural de
Niterói, no
Estado do Rio de
Janeiro,
advogado,
diretor da área
de ensino do
Instituto
Espírita Bezerra
de Menezes, de
Niterói,
presidente da
Casa de Batuíra
– Grupo de Apoio
ao Menor, de São
Gonçalo-RJ, é
membro do
Conselho Diretor
do Conselho
Espírita do
Estado do Rio de
Janeiro e do
Conselho
Superior da
Federação
Espírita
Brasileira e,
ainda,
vice-presidente
de Assuntos
Doutrinários da
Associação
Jurídico
Espírita do
Brasil.
Nesta
entrevista, ele
nos fala sobre o
Dr. March,
talvez a figura
mais marcante de
Niterói-RJ em
todos os tempos,
por seus
exemplos
de amor
ao próximo
e de
|
vivência
legítima da
caridade, cuja
trajetória de
vida tem sido
objeto de
palestras
proferidas por
nosso
entrevistado. |
Quem foi Dr.
March?
Guilherme Taylor
March
foi o segundo
filho de um
imigrante inglês
que chegou ao
Brasil em pleno
Império de Pedro
I. Fez fortuna
rápido e comprou
uma fazenda no
hoje conhecido
município de
Teresópolis-RJ.
No meio da Serra
dos Órgãos,
nasceram
Guilherme e o
irmão, George.
Ele formou-se em
medicina,
apaixonou-se
pela homeopatia
e foi o fundador
do Instituto
Hahnemanniano do
Brasil, uma
sociedade civil,
de caráter
científico
cultural, sem
fins lucrativos,
fundada em 2 de
julho de 1859.
Além disso, foi
amigo pessoal do
Dr. Bezerra de
Menezes e
participou
ativamente da
campanha
abolicionista.
Qual a
influência do
eminente médico
no movimento
espírita de
Niterói?
Por seu exemplo
caridoso, deixou
um rastro de luz
como médico dos
pobres, curando
e auxiliando a
muitos,
gratuitamente,
por meio da
homeopatia.
A cidade
reconhecia seu
valor?
Sim. Ele era
adorado em
Niterói e ficou
conhecido como o
Anjo de Guarda
da cidade. Todos
eram seus
clientes, sem
distinção de
classe social.
Era espírita
convicto e amigo
dos líderes de
outras
religiões.
Qual o maior
exemplo que
ficou de sua
vida pessoal?
Sua total
dedicação aos
pobres, enfermos
e desafortunados
de toda sorte. O
povo de Niterói,
por gratidão,
lhe deu uma casa
de presente.
Qual é o livro
biográfico
existente sobre
ele?
O livro chama-se
"Dr. March em
Dois Planos", de
autoria de
Alexandre
Rocha.
Cite um exemplo
marcante dentre
os vários de seu
apostolado.
A cura de uma
menina
desenganada por
vários médicos e
que ele curou
com homeopatia e
caldo de rã.
Das mensagens
ditadas por meio
da psicografia,
cite a que você
considera mais
expressiva.
Sem dúvida, a
mensagem
recebida por
Raul Teixeira
numa reunião do
Conselho
Federativo da
FEB. Intitulada
"O Trabalhador e
Jesus", é por
demais profunda
e veio num
momento muito
especial, quando
estávamos
prestando contas
ao Brasil
Espírita do
processo de
unificação do
Movimento
Espírita
Fluminense, ao
qual dedicamos,
com
exclusividade,
cinco anos de
nossa atual
existência.
Comente o caso
do atendimento
por meio da
mediunidade
enquanto ainda
se
encontrava encarnado
mas travado por
uma enfermidade.
Adoentado e
acamado,
desenvolveu-se-lhe,
de forma
espontânea, a
clariaudiência,
de tal forma que
muitos pacientes
foram ajudados,
tendo ele a
faculdade
mediúnica de
ouvir os amigos
espirituais dos
pacientes, os
quais nem
precisavam dizer
nada. Os amigos
espirituais
falavam ao
ouvido do
Benfeitor do que
sofria seu
protegido.
O que faltou
para o Dr. March
ser conhecido
nacionalmente,
pelos exemplos
que deixou?
O apoio da mídia
espírita da
época.
Algo mais que
gostaria de
acrescentar?
Sim. Gostaria de
registrar que o
trabalho que
esse Benfeitor
realiza até
hoje, integrando
falanges
socorristas, é
algo notável.
Além disso, por
intermédio do
médium Raul
Teixeira ele nos
trouxe
belíssimas
páginas para
nossa profunda
reflexão.