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Ano 6 - N° 270 - 22 de Julho de 2012

 


A polêmica na imprensa espírita


Várias ilações podem ser tiradas de um fato ou de um ensinamento qualquer, o que significa que em uma revista semanal, como esta, a multiplicidade de ideias deveria ser objeto de aplauso, não de censura.

Diferentes visões acerca de um mesmo assunto só podem contribuir para a formação de um pensamento sólido em termos de doutrina espírita. E nessa pluralidade de ideias, ninguém tem dúvida de que o joio – caso exista – logo aparece, sobretudo quando a publicação mantém um canal permanente com seus leitores e leva ao público suas observações ou críticas.

Voltamos a este assunto porque nos têm chegado, às vezes, manifestações de leitores da revista que não entendem por que em determinada edição se permitiu a veiculação dessa ou daquela matéria que estaria, segundo as mesmas pessoas, em desacordo com os propósitos deste periódico.

Em face de tais manifestações, consideramos oportuno lembrar aqui um trecho da Carta ao leitor que abriu a edição n. 1 desta revista, publicada em 18 de abril de 2007.

Ei-lo:

“Expostas as razões, falemos de nossas propostas e de nosso compromisso.

A revista buscará divulgar sempre aquilo que se convencionou chamar no Brasil os três EEE – Espiritismo, Evangelho e Esperanto, sem jamais fugir à polêmica construtiva, pouco presente na imprensa espírita brasileira, cujos dirigentes costumam ignorar o exemplo e a lição de Kardec, que afirmou que havia um gênero de polêmica a que jamais recuaria: a discussão séria dos princípios espíritas.” (Eis o link que permite o acesso ao texto transcrito: http://www.oconsolador.com.br/1/cartaaoleitor.html .)

A revista O Consolador não foi criada para tão-somente publicar mensagens mediúnicas, que já preenchem, em número considerável, as produções das editoras espíritas.

A discussão séria de assuntos que dizem respeito ao Espiritismo, eis um de seus propósitos principais, e é exatamente para isso que abrimos espaço a colaboradores diversos, radicados em diferentes localidades deste País, cuja participação dá vida às páginas de nossa revista, além de enriquecê-las, ainda que essa ou aquela opinião não nos agrade.

Entendemos igualmente oportuno lembrar aqui – como foi dito na Carta ao leitor da edição passada – que as matérias e os artigos assinados publicados em nossa revista não representam necessariamente a opinião da direção deste periódico, sendo lícito ao leitor concordar ou não com o ponto de vista ou a argumentação utilizados nessa ou naquela matéria. Em havendo discordância, esta revista oferece ao interessado o direito de publicar suas críticas na edição imediata, como nossos leitores podem conferir à vista do conteúdo das mensagens que têm sido publicadas semanalmente na seção de Cartas.

A polêmica construtiva que não descambe para a ofensa ou a agressão, desde que fundamentada em fatos, obras ou autores de idoneidade comprovada, será sempre bem-vinda, embora seja tão rara na imprensa espírita que muitos a consideram incabível numa revista como O Consolador.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita