Richard Ricardo
Suarez Rodriguez:
“Na tarefa
evangelizadora,
a música é um
valioso recurso
que agrega e
alegra
nossos
corações”
O confrade
gaúcho fala
sobre sua
iniciação no
Espiritismo, o
trabalho
desenvolvido
pela União
Municipal
Espírita de
Ijuí-RS
e a experiência
adquirida na
importante de
evangelização
|
O jovem e
dinâmico
presidente da
União Municipal
Espírita de
Ijuí-RS,
Richard Ricardo
Suarez Rodriguez
(foto),
é técnico em
telecomunicações
e está cursando
Administração.
Nascido na
fronteira com o
Uruguai, em
Santana do
Livramento, tem
peregrinado pelo
Rio Grande do
Sul para estudar
e trabalhar.
Nesta
entrevista,
relata como se
deu seu
|
ingresso no
Espiritismo e no
Movimento
Espírita,
expondo um pouco
de suas ideias e
iniciativas.
|
Conte-nos como
se tornou
espírita.
Quando
adolescente,
tive contatos
esporádicos com
a Doutrina
Espírita, por
intermédio de
familiares e
amigos, através
de livros
espíritas e
eventuais idas
ao centro
espírita na
condição de
frequentador em
busca dos
benefícios do
passe, ainda sem
dar a isso a
atenção devida,
mais a título de
curiosidade. Foi
muito
significativa a
experiência de
quando, pela
primeira vez
longe da casa
dos meus pais,
tive em minhas
mãos “O Livro
dos Espíritos”,
em sua versão em
espanhol. Li
algumas questões
de meu interesse
e interrompi a
leitura
(Montevidéu/Uruguai,
1998). Quando
adulto, já no
mercado de
trabalho, também
longe de minha
cidade natal,
ganhei de
presente de
minha namorada
(que já era
espírita), hoje
minha esposa, “O
Evangelho
segundo o
Espiritismo”, em
que encontrei
valiosas lições,
mas ainda não
estava desperto
para as
realidades da
vida espiritual
(Santa Maria-RS,
2000). Ao ser
transferido para
Porto Alegre-RS,
resolvi buscar
uma religião que
respondesse
minhas
indagações
perante a vida e
foi na Doutrina
dos Espíritos
que encontrei
guarida, mas
somente quando
já casado e
transferido mais
uma vez, agora
para a cidade de
Santo Ângelo-RS,
onde fomos
recebidos como
filhos pródigos,
que, em família,
nos dedicamos ao
estudo sério e
continuado, como
nos recomenda o
Codificador, e
ali começamos de
fato nas lides
espíritas
(2002). Ocorreu
então uma nova
transferência,
agora para a
vizinha cidade
de Ijuí, onde,
graças a Deus,
continuamos
nesta seara
bendita.
Relate-nos a
história do seu
envolvimento no
Movimento
Espírita.
O envolvimento
com o Movimento
Espírita deu-se
de forma natural
e gradual. Na
medida em que
fomos adentrando
nas atividades
iniciadas no
grupo de
estudos, logo
sentimos a
necessidade de
compartilhar e
praticar os
ensinamentos
adquiridos.
Desta forma,
solicitamos ao
Departamento
Doutrinário uma
tarefa e fomos
“presenteados”
com o trabalho
de auxiliar na
Evangelização da
Juventude. Ao
findar o
primeiro ano,
ainda vacilante
diante da
responsabilidade
percebida,
pedimos para
sair, ao que
ouvimos da
Coordenadora do
DIJ uma
solicitação para
permanecermos
mais um ano
junto aos
Jovens, e de
pronto
percebemos quão
valioso é este
legado de
evangelizar e,
desde então, tem
sido este nosso
ponto de contato
com o Movimento,
que se expande à
medida que
inseridos neste
contexto.
Assumimos a
presidência da
União Municipal
Espírita de Ijuí,
logo depois de
termos
colaborado como
Diretor de DIJ
da mesma, na
gestão anterior,
dando
continuidade ao
trabalho
iniciado pelos
valorosos
companheiros que
me antecederam.
Quais as
diretrizes
básicas que tem
procurado
empreender na
UME Ijuí?
Unificação! É a
palavra que nos
acorre à mente
ao respondermos
esta indagação.
Claro está que,
para tal, são
imprescindíveis
o diálogo
franco, o
trabalho
contínuo e a
participação de
todos.
Como a UME se
relaciona com as
Casas Espíritas
e qual o apoio
que oferece a
estas?
O relacionamento
da diretoria da
UME tem sido
pautado pela
presença amiga
nas Casas que a
compõem, sempre
disposta a dar o
suporte
necessário.
Atendendo à
demanda delas,
sempre de forma
colaborativa e
fraterna,
orientando e
fomentando o
intercâmbio
entre estas e,
assim,
estreitando os
laços que nos
unem.
Você tem
divulgado o
livro espírita
pelo Clube do
Livro. Qual o
motivo desta
opção?
Sim. Esta tarefa
tem-nos sido
gratificante,
pois temos no
Clube do Livro
uma ferramenta
de múltiplas
oportunidades,
dentre elas, a
divulgação
segura da
Doutrina dos
Espíritos, em
vista da
qualidade das
obras ali
ofertadas, e
também a
possibilidade de
adentrar os
lares de irmãos
que, mesmo não
frequentando uma
Casa Espírita,
desfrutam de uma
boa e edificante
leitura.
Salientamos o
sorriso
estampado em
cada face ao
receber a obra
mensal e, muito
especialmente, o
sorriso das
crianças, já que
temos o Clube do
Livro infantil e
juvenil. Outra
possibilidade
também oferecida
pelo clube é o
subsídio
econômico que
nos auxilia na
manutenção das
atividades da
Casa Espírita.
Para terem uma
ideia, no último
mês de novembro,
iniciamos a
troca do telhado
da Casa e boa
parte dos
recursos são
oriundos dos
livros
distribuídos
pelo Clube do
Livro.
Como avalia o
nível de
consciência
espiritual dos
brasileiros?
Temos na
consciência
espiritual um
patrimônio
individual de
grande valor a
ser desenvolvido
e, desta forma,
tendemos a
avaliar a partir
do ponto em que
nos encontramos.
Sendo assim,
acreditamos que,
à medida que
estas realidades
tomam conta dos
mais variados
espaços da
mídia, sejam
elas através da
rede de
computadores,
com sites, blogs,
revistas
eletrônicas e
também o
contributo da
TV, cinema,
teatro, música,
livros de boa
qualidade, sejam
impressos ou em
e-books, as
possibilidades
do despertar das
consciências é
inevitável e uma
questão de
tempo, algo que
observamos
nitidamente ao
convivermos e
dialogarmos com
nossos jovens.
Ainda se veem
muitos escolhos,
porém, isso se
deve à luz que
nos permite
vê-los.
Você incentiva a
música espírita
entre os jovens.
O porquê desta
ação?
São sinônimos
Jovem e Música,
como também o
são a alegria e
a música. A
música é um
canal direto ao
coração, não só
dos
adolescentes,
mas mais
especialmente
destes. A cada
dia ampliamos os
conceitos do que
é a música
espírita, que
ultrapassa
rótulos e
evidencia a
mensagem cristã
em essência,
sendo, em nossa
tarefa
evangelizadora,
um valioso
recurso que
propicia a
reflexão, agrega
e alegra nossos
corações.
Qual o
ensinamento que
o Espiritismo
tem lhe
permitido
aprender na
vida?
A imortalidade
da alma tem sido
objeto constante
de nossas
reflexões.
Sabedores da
existência de
Deus,
soberanamente
justo e bom, a
indagação
perante a vida
ganha, a cada
experiência, um
novo matiz, e as
inquietações e
as
inconformidades
passam a ter um
novo sentido,
reclamando nossa
atenção. Dessa
forma, o
Espiritismo me
ensina que
sempre haverá
possibilidade de
fazer diferente,
de recomeçar,
como nos indica
o saudoso Chico
Xavier: a
oportunidade de
fazer um novo
final.
Suas palavras
finais.
Considerando o
respeito e a
admiração ao
nosso
interlocutor e
aos irmãos que
levam adiante a
revista “O
Consolador”,
agradecemos a
oportunidade de
expressarmos
nossas
considerações a
respeito das
atividades
desenvolvidas no
Movimento
Espírita e do
carinho pela
tarefa
evangelizadora.
Temos a certeza
de um porvir
venturoso, que
passa pelas
nossas mãos.
Parafraseando um
destes amigos de
caminhada:
prossigamos!