Alone
Again,
letra
pobre
para uma
linda
canção
Faz 40
anos que
o cantor
e
compositor
Gilbert
O’
Sullivan
alcançou
enorme
sucesso
em
vários
lugares
do
mundo,
inclusive
no
Brasil,
com a
canção
Alone
Again,
cuja
melodia
é,
indubitavelmente,
encantadora.
Clicando
neste
link, o
leitor
poderá
ouvi-la
e, ao
mesmo
tempo,
conferir
sua
letra em
inglês e
em
português:
http://www.vagalume.com.br/gilbert-osullivan/alone-again-naturally-traducao.html
A letra
não faz,
porém,
jus à
beleza
da
música,
por
passar
uma
ideia
negativa
a
propósito
das
agruras
e das
vicissitudes
que as
pessoas
em geral
enfrentam
em sua
passagem
pela
experiência
reencarnatória
no mundo
em que
vivemos.
Pensamento
suicida,
dúvida
sobre a
bondade
de Deus,
demonstração
de
impotência
ante as
dificuldades
da vida
e
desespero
com o
falecimento
da mãe,
eis, em
síntese,
o que
diz o
autor da
canção,
o que
demonstra
como a
filosofia
e a
religião
dominantes
pouco
ensinam
a
respeito
da
existência
humana e
de suas
superiores
finalidades.
O fato é
lamentável
mas não
nos
causa,
em
verdade,
surpresa
alguma.
Afinal,
nem o
atual
papa
conseguiu
abafar
suas
dúvidas
com
relação
a Deus
quando,
anos
atrás,
logo que
assumiu
a
direção
da
Igreja,
foi a
Auschwitz
(Polônia),
para uma
visita
ao
antigo
campo de
concentração
de tão
funesta
lembrança,
em que
morreram
mais de
um
milhão
de
pessoas,
a
maioria
de
origem
judia.
“Por
que,
Deus, o
senhor
permaneceu
em
silêncio?
Como
pôde
tolerar
tudo
isso?”,
eis as
palavras
de Bento
XVI
ditas
naquele
local,
comportando-se
diante
de uma
tragédia
como
geralmente
se
comportam
as
pessoas
que
ignoram
as leis
de Deus
e a
finalidade
de nossa
presença
no
mundo.
Teria o
papa
vacilado
em sua
fé?
A
repercussão
das
dúvidas
papais
foi
imediata.
Na
revista
VEJA, em
que a
declaração
do papa
foi
noticiada
na pág.
106 da
edição
de 7 de
junho de
2006,
leitores
vários
se
manifestaram.
Um deles
disse
“que o
Deus que
procuro
não é o
mesmo
que ele
conhece”.
“O meu
Deus,
magnânimo
e justo,
fala ao
homem
por meio
de suas
leis,
expressas
em tudo
o que
Ele
criou.”
Segundo
o mesmo
leitor,
Bento
XVI
parecia
ignorar
o que
Homero
intuiu
há 3.000
anos, ou
seja,
que as
desventuras
que
assolam
a
Humanidade
são
consequência
dos
nossos
próprios
erros,
das
faltas e
imprudências
que nós
mesmos
cometemos.
Dias
depois,
VEJA
transcreveu
uma
carta
enviada
por
Suzel
Tunes,
assessor
de
comunicação
da
Igreja
Metodista,
o qual,
baseando
suas
ideias
no
pensamento
do
teólogo
inglês
John
Wesley,
fundador
do
movimento
que deu
origem à
citada,
disse
que cabe
ao homem
restaurar
a
harmonia
divina
por meio
do
relacionamento
responsável
e
amoroso
com a
natureza
e com o
seu
semelhante.
Assim,
na
perspectiva
wesleyana,
na
tragédia
de
Auschwitz,
“era o
homem
que
estava
distante
de Deus
em
Auschwitz,
e não o
contrário”.
*
À vista
do que
acabamos
de
expor,
não nos
custa
lembrar
que,
sendo a
Terra um
mundo
destinado
a provas
e
expiações,
não
admira
que nela
ocorram
tantas
tragédias
e tantos
sofrimentos,
para o
que
Jesus
nos
advertiu,
há mais
de dois
mil
anos,
com
impressionante
clareza:
-
“Ai do
mundo,
por
causa
dos
escândalos;
porque é
mister
que
venham
escândalos,
mas ai
daquele
homem
por quem
o
escândalo
vem!”
(Mateus,
18:7.)
-
“Jesus
então
lhe
disse:
Mete no
seu
lugar a
tua
espada;
porque
todos os
que
lançarem
mão da
espada,
à espada
morrerão.”
(Mateus,
26:52.)
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