Cássio, onde e
quando você
nasceu?
Nasci em
Mineiros do
Tietê-SP no dia
14/3/1988.
Resido em Matão
desde dezembro
de 2000.
Qual a sua
formação
profissional?
Sou graduado em
Comunicação
Social, com
habilitação em
Jornalismo, pelo
Centro
Universitário de
Araraquara.
Fale-nos de seu
livro sobre a
Casa Editora O
Clarim e como
foi escrevê-lo.
O livro O Som
da Nova Era – O
Clarim e seus
maestros foi
pensado como um
livro-reportagem,
apresentado como
trabalho de
conclusão de
curso para a
obtenção da
graduação em
Jornalismo. O
objetivo dos
trabalhos
apresentados
pelos alunos era
produzir um
material
jornalístico que
tivesse
relevância
social e/ou
histórica, e que
também
valorizasse a
cultura e a
história de
Araraquara e
demais cidades
da região. Com
esse pensamento,
pensei em contar
um pouco da
história da Casa
Editora O
Clarim, mas com
foco principal
nos personagens
que fizeram
parte de sua
história. Muito
se conhece sobre
Cairbar Schutel,
mas a editora
não pôde ser
sustentada até
hoje apenas por
sua atuação – já
que ele
desencarnou em
1938. Desde 1905
o trabalho
continua
ininterrupto e,
por esse motivo,
o livro procura
trazer algumas
pequenas
biografias
destes
personagens, bem
como do próprio
Cairbar Schutel,
ligando-as ao
desenvolvimento
de O Clarim,
suas
dificuldades ao
longo do tempo,
o
desenvolvimento
de sua
estrutura, a
comemoração do
centenário,
entre outros
fatos.
Quanto tempo
você demorou
para elaborar o
livro?
Como se tratou
de um trabalho
acadêmico, além
da redação do
livro em si, foi
preciso
desenvolver
também um
projeto, um
relatório
explicativo, que
envolveu um
estudo sobre
livro-reportagem
e suas técnicas,
bem como as
teorias de
comunicação e
jornalismo.
Defini o tema em
março de 2011 e
a maior parte do
projeto foi
desenvolvida até
novembro daquele
ano, ficando
apenas alguns
ajustes para o
ano seguinte. Em
janeiro de 2012
fiz a primeira
entrevista para
o livro e em
setembro do
mesmo ano
finalizei a
redação. Foram
aproximadamente
18 meses desde a
definição do
projeto até a
conclusão da
redação e
revisão.
No tempo de sua
elaboração
sentiu a
presença da
espiritualidade?
Não
explicitamente,
mas senti muita
facilidade para
escrever.
Escrevi o livro
em partes,
conforme
concluía alguma
pesquisa, e
sempre que
dedicava um
tempo para isso
o texto fluía
naturalmente.
Não precisei
apagar e
reescrever, ou
ficar um tempo
parado,
pensando.
Simplesmente
escrevia e o
resultado sempre
me agradava.
O livro é um
resgate da
história da Casa
Editora O Clarim
e de tantas
pessoas que
fizeram parte
desta
respeitável
instituição. O
fato de você
trabalhar lá
teve alguma
influência em
sua decisão de
escrever o
livro?
Não, pois a
definição do
tema foi feita
em março de 2011
e na época eu
trabalhava em
outra empresa.
Comecei a
trabalhar na
editora algumas
semanas depois,
em abril, o que
foi uma grande
coincidência – e
também me ajudou
na pesquisa.
O fato de ser de
família espírita
e conhecer o
Espiritismo
ajuda-o no
desenvolvimento
de sua atividade
profissional?
Com certeza,
ajuda, pois você
já tem em mente
os princípios do
Espiritismo e
consegue pensar
de uma forma
segmentada, ou
seja, espírita.
Ao elaborar uma
entrevista, por
exemplo, se eu
fosse um
jornalista
não-espírita,
talvez fizesse
ao entrevistado
a seguinte
pergunta: “O que
é
reencarnação?”.
Numa revista
destinada a
falar somente
sobre
Espiritismo não
há, em uma
entrevista,
espaço para esse
tipo de
pergunta. É
possível filtrar
melhor o que é
de interesse do
leitor e o que
não é.
Quais são seus
projetos
futuros? Há
ideia de mais
algum livro?
Estou me
dedicando ainda
aos estudos,
agora com uma
pós-graduação na
área de
Comunicação
Corporativa e
pretendo me
especializar e
ganhar mais
experiência com
o jornalismo,
que é uma área
fascinante e
muito
abrangente. No
momento, não
penso em
escrever outro
livro, mas
gostaria de
ampliar O Som
da Nova Era
assim que tiver
oportunidade.
Em nosso
Movimento
Espírita o que
te serve de
fonte de
inspiração?
Procuro enxergar
aquilo que está
relacionado ao
meu trabalho,
que é esta área
de comunicação
social. Vejo que
hoje em dia as
federações,
principalmente,
estão
trabalhando
muito bem a
divulgação
espírita,
elaborando bons
releases
sobre os
eventos, fazendo
boas reportagens
sobre os
congressos e
entrevistas com
autores e
palestrantes. O
jornalismo
espírita, se
pudermos assim
denominar a
nossa atividade,
está crescendo e
cada vez mais
atrai o
interesse de
espíritas e
não-espíritas,
já que os
assuntos são
interesse da
vida de todos,
do cotidiano.
Acho que se
fizermos um bom
trabalho, nos
focarmos em
esclarecer bem
os conceitos
espíritas e
transmitirmos
nos artigos e
reportagens o
máximo de
fidelidade
doutrinária,
estaremos
contribuindo
para o
esclarecimento
dos leitores.
Suas palavras
finais.
Gostaria de
agradecer-lhe
pela
oportunidade de
falar um pouco
sobre a
experiência de
unir o
Jornalismo ao
Espiritismo.
Considero
importante a
valorização
daqueles que
trabalham com a
imprensa
espírita e que,
mesmo com
públicos
pequenos,
incentivam a
leitura e
informação
daqueles que têm
o Espiritismo
como religião ou
admiração.
Muitas vezes a
leitura de um
artigo em um
jornal ou uma
revista – ou
mesmo na
internet – pode
incentivar a
pessoa a
procurar mais
informações,
mais livros de
estudo,
frequentar
palestras.
Então, é um
trabalho que não
pode parar e é
de muita
importância. |