É o
Espiritismo
uma
ciência?
De vez
em
quando
discute-se
na
imprensa
espírita
se o
Espiritismo
pode ser
considerado
efetivamente
uma
ciência,
como
Kardec o
conceituou
em
conhecida
passagem
constante
do livro
O que
é o
Espiritismo.
Recordemos
o que o
codificador
da
doutrina
espírita
escreveu:
“O
Espiritismo
é, ao
mesmo
tempo,
uma
ciência
de
observação
e uma
doutrina
filosófica.
Como
ciência
prática
ele
consiste
nas
relações
que se
estabelecem
entre
nós e os
Espíritos;
como
filosofia,
compreende
todas as
consequências
morais
que
dimanam
dessas
mesmas
relações.
Podemos
defini-lo
assim: O
Espiritismo
é uma
ciência
que
trata da
natureza,
origem e
destino
dos
Espíritos,
bem como
de suas
relações
com o
mundo
corporal.”
(O
que é o
Espiritismo
–
Preâmbulo.)
(Grifamos.)
Recentemente,
em carta
publicada
nesta
revista,
um
leitor
afirmou
que a
doutrina
espírita
não pode
ser
considerada
religião,
porque
não tem
ritos
nem
dogmas,
e também
“não
pode ser
considerada
ciência,
pois
seus
fenômenos,
por não
se
repetirem
metodicamente,
não
podem
ser
estudados”.
É óbvio
que se
trata de
uma mera
opinião
manifestada
por uma
pessoa
leiga,
visto
que nos
dois
casos –
seja
negando-lhe
a
condição
de
religião,
seja
negando-lhe
a
condição
de
ciência
– o
autor de
semelhante
ideia
está
totalmente
equivocado.
O
advento
das
chamadas
ciências
sociais
deveria
ser
meditado
por
todos
aqueles
que
gostam
de dizer
primeiro,
para
pensar
depois,
quando o
correto,
em
qualquer
setor de
atividade
humana,
é, em
primeiro
lugar,
pensar –
e pensar
bem –
antes de
emitir a
nossa
opinião.
As
ciências
de
observação,
como seu
próprio
nome
indica,
não
operam
como as
ciências
exatas,
a
exemplo
da
Física,
da
Química
e da
Matemática.
O
laboratório
do
Espiritismo
e sua
metodologia
são
necessariamente
diferentes,
e nem
por isso
perde
ele sua
condição
de
ciência,
que
efetivamente
ele é.
(1)
Se o
leitor
nutre
alguma
dúvida
com
relação
a esse
assunto,
sugerimos
que leia
a
entrevista
publicada
nesta
mesma
edição,
a qual
nos foi
concedida
por
Otaciro
Rangel
Nascimento,
doutor
em
Física
pela PUC
do Rio
de
Janeiro,
atualmente
professor
e
pesquisador
no
Instituto
de
Física
da USP
São
Carlos.
Uma das
perguntas
propostas
ao
ilustre
professor
foi: –
Quais
os
principais
pontos
de
ligação
entre a
ciência
convencional,
com suas
pesquisas
e busca
do
entendimento
dos
fatos na
formulação
de leis
e
princípios,
e o
Espiritismo?
Eis sua
resposta:
“Já o
disse
anteriormente.
Os
pontos
de
ligação
estão
justamente
nos
métodos
de
análises
utilizados
por
ambas. A
Doutrina
Espírita
é uma
ciência
de
observação
e como
tal não
podemos
ter
domínio
sobre os
fatos,
pois que
os
Espíritos
têm
vontade
própria
e não se
submetem
ao mando
do
cientista.
Neste
sentido
ele é
parecido
com a
Astronomia
cujos
fatos
são
observados,
mas não
realizados
em
laboratório,
como
outras
áreas da
Ciência
material.”
Na
resposta
dada à
pergunta
subsequente,
Otaciro
Rangel
afirmou:
“O
estudo
da
Ciência
e da
Doutrina
Espírita
para mim
são
recursos
educadores
de minha
alma. As
estruturas
de
raciocínio
lógico
da
Ciência
e da
Doutrina
Espírita
são
equivalentes,
e o
entendimento
de uma e
outra me
ajudam a
viver
com mais
equilíbrio
e
serenidade.
Saber-se
imortal
e saber
que
aprenderei
sempre é
uma
grande
felicidade.”
(1)
Sobre o
método
adotado
por
Kardec
na
codificação
da
doutrina
espírita,
leia o
editorial
intitulado
“A
insensatez
e seu
antídoto”.
Eis o
link:
http://www.oconsolador.com.br/ano3/122/editorial.html
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