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Estudo Metódico do Pentateuco Kardequiano  Inglês  Espanhol

Ano 7 - N° 336 - 3 de Novembro de 2013

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com

Londrina,
Paraná (Brasil)
 

 

O Céu e o Inferno

Allan Kardec

(Parte 5)
 

Continuamos o estudo metódico do livro “O Céu e o Inferno, ou a Justiça Divina segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec, cuja primeira edição foi publicada em 1º de agosto de 1865. A obra integra o chamado Pentateuco Kardequiano. As respostas às questões sugeridas para debate encontram-se no final do texto abaixo.

Questões para debate

A. Quando surgiu o purgatório na teologia católica e o que ele compreende exatamente?

B. Qual é a causa das misérias terrenas, segundo o Espiritismo?

C. A duração da expiação do Espírito culpado é eterna?

D. O Espiritismo nega a existência do purgatório?

Texto para leitura

43. Todo indivíduo que sofre nesta vida pode dizer-se que é porque não se purificou suficientemente em sua existência precedente, devendo, se não o fizer nesta, sofrer ainda na seguinte. Isto é equitativo e lógico. Sendo o sofrimento inerente à imperfeição, tanto mais tempo se sofre quanto mais imperfeito se for, da mesma forma que tanto mais tempo persistirá uma enfermidade quanto maior a demora em tratá-la. (Primeira Parte, cap. V, item 5.)

44. Por causa de suas imperfeições, o Espírito culpado sofre primeiro na vida espiritual, sendo-lhe depois facultada a vida corporal como meio de reparação. É por isso que ele se acha na nova existência com as pessoas a quem ofendeu, ou em meio análogo àquele em que praticou o mal, ou ainda em situação oposta à sua vida precedente, como por exemplo na miséria, se foi mau rico, ou humilhado, se orgulhoso. (Primeira Parte, cap. V, item 6.)

45. A expiação no mundo dos Espíritos e na Terra não constitui duplo castigo, mas um complemento, um desdobramento do trabalho efetivo a facilitar o progresso; do Espírito depende o aproveitamento. Deus quer que o homem tudo deva aos seus esforços e seja o obreiro do seu futuro, e que, infeliz por mais ou menos tempo, não se queixe senão de si próprio, uma vez que a rota do progresso lhe está sempre franqueada. (Primeira Parte, cap. V, item 6.) 

46. Por que não teria Jesus falado do purgatório? É porque, não existindo a ideia, não havia palavra para representá-la. O Cristo serviu-se da palavra inferno, a única usada, como termo genérico, para designar as penas futuras, sem distinção. Colocasse ele, ao lado da palavra inferno, uma equivalente a purgatório e não poderia precisar-lhe o verdadeiro sentido sem ferir uma questão reservada ao futuro; teria enfim de consagrar a existência de dois lugares especiais de castigo. O inferno em sua concepção genérica, revelando a ideia de punição, encerrava implicitamente a do purgatório, que não é senão um modo de penalidade.  (Primeira Parte, cap. V, item 10.) 

47. A crença na eternidade das penas perde terreno dia a dia, de modo que, sem sermos profetas, podemos prever-lhe o próximo fim. Ela foi combatida por argumentos tão poderosos e peremptórios que nos parece quase desnecessário ocupar-nos dessa crença de ora em diante, deixando que por si mesma se extinga. (Primeira Parte, cap. VI, item 1.) 

48. A doutrina das penas eternas, como a do inferno material, teve a sua razão de ser, enquanto o temor podia constituir um freio para os homens pouco adiantados intelectual e moralmente, que não se impressionariam com a ideia tão-somente das penas morais e temporais. (Primeira Parte, cap. VI, item 2.)

Respostas às questões propostas

A. Quando surgiu o purgatório na teologia católica e o que ele compreende exatamente?  

O purgatório foi admitido pela Igreja no ano de 593. Trata-se de um dogma mais racional e mais conforme com a justiça de Deus que o inferno, porque estabelece penas menos rigorosas e resgatáveis para as faltas de gravidade mediana. Na concepção católica, o purgatório seria um inferno menos tenebroso, visto que as almas aí também ardem, embora em fogo mais brando. As almas do purgatório não se livram dele por efeito do seu adiantamento, mas em virtude das preces que se dizem ou que se mandam dizer em sua intenção, do que se originaram muitos abusos, visto que as preces pagas transformaram o purgatório em mina mais rendosa que o inferno. Como sabemos, o purgatório deu origem ao comércio escandaloso das indulgências, por intermédio das quais se vende a entrada no céu. Esse abuso foi a causa primária da Reforma, o que levou Lutero a rejeitá-lo. (O Céu e o Inferno, Primeira Parte, cap. V, itens 1 a 3.)

B. Qual é a causa das misérias terrenas, segundo o Espiritismo?

As misérias terrenas decorrem necessariamente das imperfeições da alma, pois se esta fosse perfeita não cometeria faltas nem teria de sofrer-lhes as consequências. O homem que na Terra fosse em absoluto sóbrio e moderado, por exemplo, não padeceria enfermidades oriundas de excessos. O mais das vezes ele é desgraçado por sua própria culpa; contudo, se é imperfeito, é porque já o era antes de vir à Terra, expiando não somente faltas atuais, mas faltas anteriores não resgatadas. Repara, então, em uma vida de provações o que a outrem fez sofrer em anterior existência. As vicissitudes que experimenta são, por sua vez, uma correção temporária e uma advertência quanto às imperfeições que lhe cumpre eliminar de si, a fim de evitar outros males e progredir para o bem. (Obra citada, Primeira Parte, cap. V, itens 3 e 4.)

C. A duração da expiação do Espírito culpado é eterna?

Não. O prazo da expiação está subordinado ao melhoramento do culpado. O Espiritismo não nega, antes confirma, a penalidade futura. O que ele destrói é o inferno localizado com suas fornalhas e penas irremissíveis. Seja qual for a duração do castigo, na vida espiritual ou na Terra, onde quer que se verifique, ela tem sempre um termo, próximo ou remoto. (Obra citada, Primeira Parte, cap. V, itens 7 e 8.) 

D. O Espiritismo nega a existência do purgatório?

Não o nega, e diz mais: que nele nos achamos, pois é em um planeta como a Terra – de provas e expiações – que expiamos os equívocos, os erros e os males que cometemos. Segundo o Espiritismo, não há para o Espírito mais que duas alternativas, a saber: punição temporária e proporcional à culpa, e recompensa graduada segundo o mérito. Repele o Espiritismo a terceira alternativa: a eterna condenação. A palavra purgatório sugere a ideia de um lugar circunscrito: eis por que mais naturalmente se aplica à Terra do que ao Espaço infinito onde erram os Espíritos sofredores, e tanto mais quanto a natureza da expiação terrena tem os caracteres da verdadeira expiação.  (Obra citada, Primeira Parte, cap. V, itens 8 a 10.)
 



 


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